
Estávamos preparando o jantar, Felipe, Thomas e eu....
Nunca vi tanta animação para me acompanhar na limpeza da casa, com o aspirador e vassouras. Assim como na cozinha, no qual basta dizer que prepararei o jantar, farei um bolo, para Felipe pedir para sentar na pia, para Thomas arrastar a cadeira dele para perto do fogão. Isso que é companheirismo! Adoro!
Então, que entre uma atividade e outra surge uma conversa, entre picar o tomate, cortar a cebola, surge uma explicação da parte da receita. Uma total interação, um interesse sem tamanho, uma alegria em ajudar a mamãe na cozinha.
1º Episódio:
“- Felipe, por favor pega a colher que caiu no chão”.
“- Ah, mamãe! Por que você falou Felipe? Porque não falou amor pega a colher que caiu....?”
“- Por que você não falou amor igual você fala para o papai?”
“- Ah.... então, tá! AMOR pega por favor a colher que caiu no chão para a mami!”
Na hora juro que não acreditei no que estava ouvindo, como eles prestam atenção, como os meninos disputam o carinho e o amor da mãe. Engraçado, pois com o Thomas acontece a mesma coisa, um abraço entre meu marido e eu, um beijo, para o Thomas olhar e começar a dizer:
“- Não! Não! Não!”
Como se diz, não pode fazer isso. Com minha mamãe não!!! A mamãe é só minha...
2º Episódio:
Enquanto a comida estava no fogo, uma pausa para as brincadeiras e, ao mesmo tempo, para a barriguda aqui.
E do nada, simplesmente no meio da minha espiada no facebook, nos meus emails, Felipe vira para mim e diz:
“- Mamãe, está tudo bem com o bebê?”
“- Sim, filho! Está tudo bem!”
“- O que ele está fazendo agora?”
“- Ah, acho que ele está dormindo! Está quietinho!”
Felipe se aproxima e coloca a mão na minha barriga.
“- Tá!”
“- Mas mamãe, a mão dele está aqui?” (nessa hora vem perto da minha mão e faz que vai dar um beijo)
“- Não, filho! A mão dele está aqui (coloco as mãos na minha barriga). Fe, todo o corpo dele está na minha barriga, pois ele é pequeno”.
“- Ahhhh.... tá bom!”
Nessa hora fiquei pensando sobre a imaginação do pequeno Felipe. Engraçado pensar que o bebê ocuparia todo o meu corpo. Será que pensa que é como no filme Ghost no qual a pessoa entra e ocupa todo o espaço do corpo, cada membro, cada parte em seu lugar? rs
E são essas simples falas, essa imaginação que nos surpreendem a cada dia. Um amor tão grande, uma relação inexplicável entre mãe e filho.
Só fico aguardando o que me espera... três meninos! Já pensaram?! Melhor, quatro....