Balanço da Vida! Por que? Que venha 2012!


Estamos encerrando mais um ano. Daqui há algumas horas estaremos em 2012! Uma alegria, uma preparação, animação para a comemoração de mais um começo, mais um ano! Cada pessoa tem seus hábitos, seus rituais e muitas não deixam que nada saia diferente do planejado.

Vestir-se com roupa branca, brindar a meia noite, comer lentilha, pular as 7 ondas, guardar uma folha de louro na carteira e, assim por diante. Muitos e muitos outros! Cada uma faz de um jeito, acredita nisso ou naquilo. Tradições, superstições...

Quando morava no Brasil fazia um tanto junto com os familiares. O tempo passou, mudei de país e hoje fico me perguntando o quanto tudo isso faz a diferença na vida das pessoas. Lógico, que precisa acreditar! Eu parei de fazer tudo isso, comecei a viver de uma outra maneira, dando importância para outras coisas, não dando tanta atenção para toda a tradição familiar, cultural e social. Já tem alguns anos que tenho uma virada de ano mais calma, curtindo muito minha família. Fazemos o nosso jantar simples, sem cerimônias, tomamos o que temos vontade, sem se preocupar com tudo que está a nossa volta. Vestir roupa branca, não faço mais!

Mas tudo isso vai de cada um, não é mesmo? De cada família, de cada lugar, de cada país...

Outro aspecto que é comum entre as pessoas é fazer o Balanço da Vida. Como foi o ano? Quais foram as conquistas? Tristezas? O que mudou? Permaneceu igual? Enfim, é engraçado, pois mesmo que não queira... o momento, a data faz com que isso passe pela nossa cabeça. E os planos? Planos também começam a surgir. De que no próximo ano queremos isso, faremos tal coisa diferente, melhoraremos e, assim por diante. Pra que? Por que?

Não seria mais simples se pensássemos sempre assim? Se todos os dias fizéssemos algo diferente? Algo melhor? Sempre é tempo e não há necessidade de um próximo ano.

Por isso, nem quero pensar muito no que aconteceu e no que virá acontecer em 2012. Melhor do que dizer Balanço da Vida é dizer se balance a cada dia, faça acontecer sempre para o melhor, para ser feliz! Sempre! Sempre!

Para todos meus familiares, amigos próximos, distantes e virtuais um Feliz 2012! Um brinde para todos nós, seja com água, champagne, refrigerante, suco, vinho, com roupa branca, mil tradições ou nenhuma, enfim; o que importa é cada um fazer o que gosta e o que é melhor pra si. Vale o gosto e tradição de cada um...
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Natal nas Montanhas

Já que esse ano a neve está fraquinha, fraquinha resolvemos ir atrás dela. Na França, onde passamos o Natal, ficávamos rodeados de muitas montanhas. Da casa da minha amiga até a mais próxima era em torno de 10 minutos de carro. E lógico que aproveitamos muito!!!

Foram dois dias intensos de neve, de montanhas e de frio. Fomos muito agasalhados, mas o vento gelado ainda batia em nosso rosto. 

Uma grande aventura, subir, se deparar com pessoas equipadas para esquiar e andar de Snowboard. E lá estávamos com nossos amigos. Detalhe: a grávida e sua barriga, ainda bem que o casaco estava fechando e que estava com uma bota apropriada, pois mesmo assim encontramos camadas e camadas de gelo no chão. Já imaginaram a grávida andando no gelo?

Realmente valeu muito a pena, foi um Natal maravilhoso nas montanhas!

Acompanhem um tanto pelas fotos e depois me digam se não foi bom demais...

1) Conhecemos uma das montanhas, mas dá para notar que estávamos entre muitas... Se quiserem mais detalhes, basta acessarem o site.
 2) Uma emoção tão grande subir na montanha. Uma sensação, um medinho olhar a altura, olhar para baixo.
 3) Uma vista maravilhosa. Tivemos dias de céu azul, azul e tudo branquinho em nossa volta.
 4) Já ouviram falar? Já viram de perto? Impressionante! Lindo demais!!!
5) Para ele não tem tempo ruim... nunca vi gostar tanto de neve. Deitou, rolou, brincou e até subiu sozinho uma delas. Uma total aventura para as crianças.
6) Brincaram juntos muito tempo na neve. Com caminhão, trator, de jogar neve um no outro. Tem algo melhor?
 7) Família reunida! Não podia ter sido melhor...
8) Pensamos que não arriscaria sentar, colocar a mão, mas logo quis brincar. Dava gargalhada quando descia no "Schlitten" com o pai.
 9) Até deitar na neve para fazer anjinho o Felipe fez...
10) Uma caminhada e um passeio. Cada um sentado num Schlitten e o papai puxando, puxando... Adoraram!!!
 11) Os amigos... brincaram juntos dia e noite. Tanto para o Felipe como para o Thomas foi muito bom!
*Valeu Jas, Chris, Jonas e Philipp. Mais um encontro que ficará na história... com ótimas lembranças.
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Natal: Um brinde aos amigos

Já falei um tanto aqui sobre meus sentimentos nessa data tão especial. Contei que nesse Natal faríamos algo diferente, já que decidimos não ir para o Brasil. Algo que traria uma alegria enorme, que de certa maneira sentiria como se estivesse no meu país de origem, vivendo novamente os costumes da minha cultura. 

Dito e feito! Foi desse jeitinho...

Fomos convidados e viajamos para a casa de uma amiga querida que mora atualmente na França. Pra ser sincera, na divisa entre a França e a Suíça (Genebra). Um grande presente de uma só vez passear de um lado para o outro. Ora estávamos em Genebra, ora na França. 

Realmente esse Natal foi mágico e muito alegre. Mais do que conhecer um lugar diferente; presenciar um tanto da minha cultura, já que o cardápio foi em torno de coisas simples e deliciosas, comidas típicas conforme nossos gostos; conversar em português e menos em alemão; abraçamos, brincamos, rimos e tivemos maravilhosos momentos ao lado de amigos.

Thomas e Felipe amaram viajar de avião. Felipe curtiu dormir no quarto dos amigos, brincar com mil e um brinquedos diferentes, sentindo-se praticamente em casa. Thomas também teve várias descobertas e viveu um tanto de coisas pela primeira vez. Lógico que estranhou dormir fora de casa, em outro berço. Mas aproveitava o dia e dava trabalho à noite! 

Nós adultos comemoramos e brindamos essa data tão especial ao lado dos nossos filhos. Praticamente uma só família! 

E sinceramente foi tão bom, mas tão bom ficar ao lado de uma amiga de anos e anos atrás. Uma amiga que o contato nem sempre foi constante, mas que os laços continuaram estreitos. Aquela amiga que, apesar da distância e do tempo sem notícias, quando há um reencontro é como se estivéssemos vivendo bem pertinho uma da outra. 

Juntas lembramos de momentos especiais, do início da nossa amizade, conversamos sobre o caminho que traçamos em nossa vida. Foi uma intensidade de sentimentos e de total alegria. 

Só resta fazer um brinde aos amigos, aqueles que são realmente especiais e que fazem toda a diferença. Pois realmente não importa a quantidade, mas sim a sinceridade e parceria daqueles que mesmo distantes, jamais esquecem de você, do seu jeito e das suas preferências.

Comecei contando da viagem e do Natal pela melhor parte que foi o reencontro com os amigos. Mas não deixarei de contar o que fizemos, o que vivemos nesses dias tão especiais. Volto, volto logo!



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Viagem e um Natal especial


Fui viajar mas volto logo para contar tudo para vocês.

Aproveito para desejar Boas Festas para:

Todos meus familiares: Aqueles que torceram para que fossemos para o Brasil, que estão morrendo de saudades de nós. Não foi esse ano, mas tenho certeza que logo, logo estaremos juntos para comemorarmos todas as datas que passaram. O importante é que estamos todos bem, com saúde, vibrando nesse momento para que a alegria e o amor estejam sempre conosco.

Sabemos que de coração e pensamento estamos pertos um do outro.

Todos meus amigos do Brasil: Os que estiveram presentes desde o dia que mudei para a Alemanha. Que me apoiaram nos momentos mais difíceis da minha adaptação; que não desistiram de escrever e-mails, mesmo não tendo muitas respostas; os que se esforçaram para fazerem uma visita; aqueles que sempre me motivaram com palavras sinceras, ouvindo o que tinha dizer, mesmo que as novidades não fossem tão boas assim; os que vibraram e fizeram um brinde mesmo a distância às nossas conquistas.

E vocês, queridas amigas virtuais, mães, blogueiras: Que mesmo sem me conhecerem estiveram presentes, passando por aqui para lerem minhas ideias, meus desabafos, minhas angústias, alegrias e conquistas. Não sei o quanto foi bom vocês me conhecerem virtualmente, mas digo e agradeço imensamente essa oportunidade que tenho de compartilhar um tanto da minha vida com vocês. Melhor ainda, essa troca, ler o que escreveram, “disseram” para mim. Uma interlocução que só me fez bem durante esse ano. Me animaram para continuar escrevendo, desabafando, não me sentindo tão só de parceiras que pensam, escrevem sobre os mesmos assuntos. Amigas virtuais que passaram a fazer parte do meu cotidiano. Que visito com entusiasmo sempre que posso. Obrigada de coração!

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Alemanha - Feira de Natal no Castelo











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Reação 3 - Treino para o convívio

Haja história para contar até o bebê nascer. Já falei das inúmeras reações e atitudes do Felipe e Thomas desde que fiquei grávida.

Agora que minha barriga está aparecendo e começando a ter um certo destaque no meu corpo, Felipe e Thomas ficam só olhando enquanto me troco ou mesmo quando estou sentada. Acho que a lombada está fazendo a diferença.

Felipe muitas vezes passa a mão, já o Thomas entendendo pouco a situação quer sentar e principalmente quer que o pegue no colo. Um exercício diário para mim. Atualmente tenho colocado ele sentado no meu colo, mas é inevitável as situações nas quais tenha que pegá-lo quando estou em pé.

Outro dia conversando com uma das professoras do Thomas a mesma contou o quanto ele gosta de ficar perto dos bebês, gosta de fazer carinho, dar mamadeira para eles. Além das situações de brincadeira com bonecas. Pega a boneca e leva de um lado para o outro. Muita coincidência, não?

A última e mais divertida da semana foi o Thomas se deparar com um urso todo molengo no quarto e pedir para eu pegá-lo. Logo que entreguei começou a abraçar o urso,  jogá-lo de um lado para o outro, deitar em cima dele e chamá-lo de bebê. Uma cena que me levou a pensar: Será que tem alguma relação? Apenas uma preferência? Conseguem imaginar a cena? Vejam a sequência de fotos.


Mas logo foi dormir e Felipe pediu para ficar com o urso. Nesse momento, só nós dois na sala, abraçado com o urso, olhou para mim e disse: “- Mami, esse é meu Brüder (irmão) Christian!” Depois continuou a brincar e chamá-lo de bebê Christian. O mais engraçado de toda a situação é que ele não tem nenhum colega da escola que tenha esse nome. Será uma escolha e dica para a família?

Por um instante chamou muito minha atenção. Dizem que criança é super sensitiva. Será que estava pressentindo algo? De que realmente terá um irmão?

Bom... janeiro está chegando e logo teremos a confirmação. Enquanto isso, eles brincam que já tem um bebê em casa. Mal posso esperar para ver quando realmente acontecer isso. Com certeza serão diversas as reações.

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"- Mamãe, hoje é dia da professora de brincar?"

Faz exatamente um mês que Felipe tem freqüentado uma clínica de fonoudiólogas. Vocês fazem ideia qual seja o motivo? Imaginam que ele tenha alguma questão em relação a fala. Óbvio, não é mesmo? Na verdade, tudo isso não é tão simples para mim.

Já contei em muitos posts (aqui, , ali) sobre o percurso do Felipe em relação a apropriação e fala nas duas línguas (português / alemão). 

Uma breve retrospectiva é que Felipe começou a falar bem mais tarde do que era esperado para a idade. Por volta de quase 2 anos começou com as frases curtas, logo quando mudamos para cá. Aos poucos, foi desenvolvendo a fala. Entrou no berçário, atualmente está no Kindergarten (Jardim da Infância) e cada dia apresenta um repertório maior de vocabulário nas duas línguas.

A príncipio, por um determinado período, Felipe optou apenas em falar alemão. Conversava com ele em português e ele respondia tudo em alemão. Já imaginaram uma criança começando a falar e justamente nessa língua. Uma diversão, não? Pois é, nem tanto para mim que não tenho todo conhecimento sobre a língua, que vivo estudando para ampliar mais meu vocabulário. Ainda bem que na maioria das situações tinha o meu marido por perto para me ajudar. Caso contrário, geralmente Felipe ficava bravo comigo. Afinal, como que pode não entender o que está dizendo.

Foi durante uma das consultas na pediatra, durante a realização de um dos Untersuchung – “U”, que são os exames periódicos que constam no caderno da criança a fim de avaliar o desenvolvimento, que a pediatra indicou que Felipe passasse por um especialista para fazer um avaliação mais minuciosa. Então, marcamos uma consulta num Otorrinolaringologista. A avaliação foi ótima. Tudo em ordem.

Após um certo período voltamos na pediatra e a mesma percebeu que Felipe apresentava dificuldade para pronunciar alguns sons (r, sch, kn). Então, indicou que fizesse uma avaliação numa Logopädie / Fono. Fomos e por lá ficamos... 

O mais surpreendente é que logo nos dois primeiros encontros a mesma avaliou que Felipe não apresenta dificuldade alguma, apenas está no processo de conhecimento e aprendizado da língua. Conhecendo cada dia uma nova palavra, ampliando o vocabulário. Chamou muito a atenção da Fono o fato de o terem encaminhado, mas achou que seria válido Felipe participar de alguns encontros (em torno de 10) e realizar algumas atividades.

A professora da escola também ficou surpresa quando contamos que Felipe havia começado a fazer Fono. Falou sobre o quanto está comunicando-se bem. Que vê um desenvolvimento processual. Avanços a cada dia.

De qualquer forma, lá estamos nós uma vez por semana. Thomas e eu na sala de espera (brinquedos) e Felipe realizando suas atividades. Para ele está sendo uma diversão. Um momento no qual brinca com a Fono, conversa e realiza algumas atividades mais específicas. Realmente faz questão de ir para lá.

Nós já temos questões em relação a avaliação que foi realizada pela pediatra. Talvez uma forma de precaução. Agora, considerando a apropriação das duas línguas: Será que a pronúncia não acaba sendo clara? Talvez uma influência a outra? Tem também toda a história do sotaque, que se sobressai quando fala português. Difícil entender!

Agora, convenhamos que falar alemão não é tão fácil assim. Então, Felipe está se saindo muito bem. Acredito que leve um tempo para pronunciar corretamente as palavras. Além do mais, são raras as palavras em português, no qual há a presença de três ou mais consoantes juntas e que sejam necessárias pronunciá-las em conjunto. 

Talvez seja uma dúvida por parte dos profissionais: Se tem ou não uma dificuldade. Algo que precisa trabalhar com mais intensidade. Vai saber... O que sei é que não está claro qual é a questão específica.

Vale continuar a Fono? Penso que sim, pois há mais ganhos do que perdas. Não!? Talvez apresente uma melhor dicção. Apesar que nós e muitos familiares, professores avaliam que está falando muito bem as duas línguas.

Atividades realizadas: 1) Falar o nome de algumas figuras de acordo com algumas letras e sons.
2) Recortar e colar somente as palavras que apresentam determinado som.
3) Lembrar de alguns sons através de figuras e formatos da boca.
Felipe tem se divertido. As atividades tem um caráter mais lúdico. Mesmo assim, ficam as minhas dúvidas em relação a real necessidade desses encontros.
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Dormir juntos! E agora?


Assim como todos sabem estou grávida e logo, logo teremos mais um bebê em casa. Até agora não fizemos nada, nada. Estou quase de 6 meses e nem comecei a pensar no enxoval e no quarto do bebê.

Mas também com as festas de final de ano, melhor mesmo esperar passar para olhar para tudo isso. Além do mais, é o terceiro filho. Bem que dizem que o terceiro fica com o enxoval feito para o primeiro, segundo filho e tudo acaba sendo mais simples. Na verdade, é a realidade! A mãe não se desespera tanto como na gravidez do primeiro.

Lógico que aproveitarei um tanto de coisas que já tenho, ainda mais se for do mesmo sexo. Mas também quero dar uma atenção especial e fazer uns mimos, assim como fiz no quarto e enxoval do Felipe e Thomas. Afinal, mais um bebê. Considerando nossos planos, será o terceiro e último. Pois atualmente já me preocupo tendo três filhos vivendo na Alemanha, já imaginaram quatro, cinco. Não dá! Mas voltando, ele também merece tanto quanto os irmãos! 

Então, comecei a pensar e listar algumas tarefas que tenho para o mês de janeiro, fevereiro e março. Isso mesmo! Para o próximo ano, já que passa tudo tão rápido. Nem acredito que daqui a pouco já estarei no último trimestre da gestação. 

Uma mudança que teremos que fazer será em relação ao quarto. Sendo assim, esse assunto que gostaria de conversar com você, ouvir sua opinião, sua experiência e seus palpites. Posso contar com sua ajudinha, mesmo a distância?

Atualmente Felipe e Thomas dormem separados, cada um no seu quarto. Mesmo porque Thomas era um bebezinho e as demandas e horários eram bem diferentes do Felipe. Já pensávamos em colocá-los para dormirem juntos, mas agora teremos que fazer isso de qualquer jeito tendo o próximo bebê. 

Acredito que seja importante fazer essa passagem um tempo antes do bebê nascer. Primeiro para que o Thomas se adapte bem no outro quarto, ao lado do irmão. Para que sinta-se bem e para que não dê a impressão que mudamos por conta do bebê. Sei lá mas pode ficar mais inciumado com a situação. Segundo porque preciso arrumar o quarto para receber o terceiro. Não é mesmo?

Com isso tenho muitas questões em relação ao como será a parceria dos irmãos no mesmo quarto. Sendo pequenos, parece que tudo é mais fácil. Hoje em dia, passam a maior parte do tempo juntos brincando no quarto. Agora, o que você pensa sobre isso? Tem filhos que dormem no mesmo quarto? Sabemos que há aspectos positivos e negativos, mas a princípio, enquanto a diferença de idade é mínima, parece uma boa escolha. Não?!

O quarto é razoavelmente grande, tem uma cama, um armário grande, uma mesa com duas cadeiras para as atividades de Artes e vários módulos com livros e brinquedos. Mas é fato que teremos que mudar algumas coisas e incluir mais uma cama.

Agora, a maior dúvida? Outro cama? Onde? Qual tipo?

Sabemos que tem cama, bicama e beliche. Mas o que será melhor em termos de espaço? Qual será melhor pensando numa criança de 1 ano e 9 meses e outra de 4 anos e meio? Meu marido acha que devemos colocar um beliche com uma pequena grade na cama de cima. Acha que assim ganharemos espaço. Sei que o espaço é bem vindo para ajeitar todos os brinquedos, livros e para eles brincarem. Mas o que mais me preocupa é a altura do beliche. Será que o Felipe conseguirá dormir no alto? Também já ouvi falar que tem beliches que não são tão altos assim... Será?!

Eu sou da opinião de colocar uma bicama, duas camas ou dois colchões no chão, mesmo que para isso não sobre tanto espaço assim. E agora, será que você consegue me ajudar? O que pensa a respeito disso tudo? Tem uma experiência para me contar? Ou ao menos em que você vota?

Quem sabe trocando ideias com vocês consigo me convencer de que será bom os dois irmãos dormirem juntos e também escolher a cama mais adequada, talvez até um beliche...
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Advento

Agora que moramos na Alemanha seguimos a tradição de fazermos o Advento. O advento nada mais é do que a preparação para o Natal, mais especificamente, para a comemoração do nascimento de Jesus.

Não somos religiosos de freqüentar a igreja, mas acreditamos que esse costume, assim como muitas pessoas fazem, traz um bem enorme para a família. É um momento de celebração, preparação para o Natal. Uma forma das crianças saberem quanto falta para chegar a data tão especial. Além disso, um tempo reservado para muitas famílias conversarem sobre o que realmente simboliza e marca essa data. Para outras, como nós, momento de diversão, no qual preparamos uma mesa com comes e bebes, ouvimos e cantamos músicas natalinas. Um espaço para todos da família ficarem juntinhos, curtindo o mesmo tema.

Esse é o segundo ano que fazemos e cada ano tem sido melhor. Um momento de preparo, carinho, aconchego e muita alegria. Nesses últimos domingos convidamos pessoas próximas e que gostamos bastante para participarem conosco. Algo simples, mas que permeia muito amor!

Para a realização do mesmo faz-se necessário uma coroa que é feita com ramos verdes, geralmente envolvida por uma fita vermelha, no qual são colocadas 4 velas. Essa coroa do advento simboliza e comunica que na casa, escritório ou qualquer espaço em que ela esteja vivem pessoas que se preparam com alegria para celebrar a vinda de Deus ao mundo, o Natal.

O Advento não tem uma data fixa, começa quatro domingos antes do dia do Natal.

No primeiro domingo do advento acende-se uma vela, no segundo duas e assim por diante. Faz-se uma pequena cerimônia familiar em cada domingo, ou então, todos os dias do advento, acendendo a(s) vela(s) correspondente(s) àquela semana. E como hábito de muitas famílias alemãs preparam-se bolachas típicas para essas datas.

Nós, por exemplo, fizemos um tipo de bolacha para cada domingo do Advento envolvendo as crianças. Algo preparado para os domingos de Advento e, também para o Natal. Para as crianças é um momento mágico e delicioso, já que comem bolachinhas nesses domingos, escutam música, cantam...



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Weihnachtsfeier

Festa de Natal!!! Só que nas escolas (berçário e Jardim da Infância) na Alemanha.

Fomos em duas no mesmo dia, mera coincidência não? Mas ainda bem que não foram no mesmo horário. As crianças aproveitaram muito. Encontraram amigos, brincaram juntas até esgotarem toda a energia.

Essa festa consiste no encontro das famílias. Os pais colaboram levando Plätzchen (as famosas bolachinhas natalinas da Alemanha) e a escola providencia as bebidas. Uma festa simples com total clima de Natal.

Anteriormente as professoras ensaiam algumas músicas com as crianças.

No Kinderkrippe (berçário) pelo número pequeno de crianças foi muito bom esse momento da música. Primeiro as crianças / pais ouviram uma música Natalina tocada no violão e cantada pelas professoras, depois as crianças dançaram em dupla e, por último, tocaram instrumentos acompanhando a música.

Ficamos emocionados com o pequeno Thomas. Tão adaptado e feliz no berçário. Trocando sorrisos com as professoras, brincando e sentindo-se praticamente em casa.

Participou do momento da música com grande concentração e entusiasmo. Na hora da dança sorrindo e balançando o corpo para cá e para lá. Um fofo! Quase abrindo um espacate. Nos divertimos. O mais gostoso foi terminar de dançar, olhar pra mim e dar aquele sorriso, como se diz: “- Viu só mamãe! Dancei!” Posso com um menino de apenas 1 ano e 9 meses fazendo isso?

Gosto muito do berçário, pois além da equipe ser muito atenciosa, tem inúmeras atividades voltadas realmente ao ser criança. Brincam, dançam, tocam instrumentos, pintam, jogam, passeiam ao ar livre, enfim; fazem inúmeras atividades importantes para o desenvolvimento que acabam se perdendo um tanto no Kindergarten (Jardim da Infância). Uma pena!

Deve ser por isso que gosto tanto, tanto do Kinderkrippe (berçário)!





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Família no Natal

Faltam poucos dias para o Natal. O ano passou rápido demais e mais uma vez volto a pensar em algumas datas tão importantes como: aniversário e Natal. Considero importantes e realmente gosto de comemorar ao lado da família e de amigos muito, mas muito queridos.

Desde sempre essas datas trazem muitas recordações e muitos sentimentos pairam no ar. Quando o aniversário está próximo, assim como muitos dizem, começamos a ficar no inferno astral, temos picos de alegrias e tristezas. Algumas coisas acontecem que não encontramos explicações e logo dizemos que é por conta da fase, do momento que está próximo de mais uma comemoração de um ano de vida.

Natal é tempo de recordar da infância, das comemorações e dos encontros em família.

São duas datas que me emociono muito e costumo chorar. No aniversário de alegria por todas as conquistas, por todos os obstáculos ultrapassados, por ficar mais velha, um sentimento que chega e se aloja dentro de mim. No Natal, pois é praticamente o fechamento de mais um ciclo, de mais um ano, momento de comemoração ao lado das pessoas mais próximas. Tempo de recordar, sorrir ao lembrar do tempo que acreditava em Papai Noel, dos amigos secretos divertidos, da família. Família nessas datas e até em alguns almoços de domingo fazem uma falta tremenda para mim.

A gente casa, tem filhos e constrói a nossa própria família. Uma rotina e talvez muitos costumes diferentes, mas é impossível esquecer das pessoas do convívio de anos, de todas as datas especiais.

Quantos encontros em família que tive cheguei a pensar que tudo podia ser diferente. Que muitas vezes a alegria não estava totalmente no ar, que as pessoas apenas estavam juntas para festejar, como de praxe, mais uma data do calendário. Mas distante, penso que só o fato de estar pertinho era tão bom. 

Desde que mudei para cá tinha a ideia de que seria muito fácil visitar a família e os amigos toda hora. Que seria muito simples e, assim como num passe de mágica, pegar o avião e chegar no outro país. Mas o percurso da vida faz com que nem tudo seja como um dia imaginamos e sonhamos. Passar o Natal com a família não tinha conversa, não tinha outra alternativa. Hoje compreeendo e argumento que a situação é diferente, que as escolhas permeiam nosso dia a dia.

Entendo e desde o ano passado aproveitei o meu Natal com minha pequena família. Foi uma delícia, ainda mais por saber que seria possível fazer um tanto para preencher aquele vazio. Realmente foi uma alegria! Decorei minha casa, aproveitei para realmente curtir as decorações de Natal da cidade, as Feiras de Natal e não teve aquela correria para comprar esse presente, aquele, ficar ticando a lista e tudo mais. As lágrimas silenciosas permaneceram junto com as saudades. Algo que sei que fará parte de um tantinho da minha vida, do meu jeito de ser. Mas realmente não dá para ter tudo! 

O tempo é o melhor amigo para superarmos alguns sentimentos e perdas. Posso dizer que a cada ano estou melhor e mais forte. Mas não deixo de me derreter quando um parente me diz: “- Poxa mais um ano você não virá para cá!”, “- E seu pai, sua avó?” (já que não vejo ao vivo e a cores desde que mudei) ou quando um amiga querida te manda vários e-mails perguntando: “- Quando você chega no Brasil? Estou ansiosa para recebê-la! Quero tanto brincar com seus filhos!”

Os sentimentos tomam conta! Mas no mesmo instante penso que logo será possível rever as pessoas que tanto amo e que hoje estão longe. 

Com isso fica a dica para aproveitarem o máximo o Natal em família. Comemorem, dêem boas risadas, troquem conhecimentos, dividam momentos e jamais deixem de explicitar o quanto é bom ficar junto das pessoas próximas, que te conhecem há um bom tempo, que contribuem e muito para o seu jeito de ser. 

Esse ano, também farei isso! Só que será de uma maneira diferente, já que não iremos para o Brasil. Comemoraremos sim! Faremos uma noite de Natal especial... com muitas risadas! Será uma maneira de me sentir próxima do meu país de origem e de fortalecer mais os vínculos da minha família. Da minha família que está crescendo...

Só não vale comentar das minhas bochechas... Um desconto pra gravidez!? rs
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Sorteio: Quem ganhou foi...



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Blog Mãe de Guri: SUPERMÃE


Hoje estou no Mãe de Guri participando do Especial SUPERMÃE.
E você se acha uma SUPERMÃE? O que te faz ser uma super mãe, super heroína e com muitos poderes?
Pois tenho certeza que somos, somos sim uma SUPERMÃE.
Então, aproveita para conhecer o blog da Angi e também ler o meu post sobre os super poderes de uma mãe.

http://maedeguri.blogspot.com/2011/12/supermaes-parte-vii.html

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Vizinhos abelhudos e bisbilhoteiros


Sempre morei em uma cidade grande (em média 11.244.369 habitantes) e, de repente, mudei para uma cidade na Alemanha próxima a Regensburg que tem apenas 7423 habitantes.

O que não fazia ideia era a respeito dos aspectos positivos e negativos de morar numa cidade pequena. Vocês imaginam?

Logo que mudamos para cá um dia conversando com um dos vizinhos o mesmo fez a maior propaganda sobre morar na Alemanha, de morar principalmente numa cidade pequena. Falou tanto, tanto, pelos cotovelos, do quanto é bom que as pessoas se conheçam, que as pessoas são mais solidárias, que ajudam, que qualquer coisa que você precise você pode contar com elas. Enfim, tentou me convencer o quanto era bom! Fiquei com a pulga atrás da orelha, já que vindo de uma cidade grande sempre gostei e prezo a minha privacidade. Não gosto o tempo todo de contar sobre minha vida, sobre meus planos e das pessoas ficarem comentando sobre os acontecimentos da minha família.

Mas morando aqui tenho que arcar com isso! E vocês, podem se divertir!

Na verdade, após 2 anos, entendo porque as pessoas agem dessa maneira, melhor, são bisbilhoteiras e abelhudas. Você mora num país muito tranqüilo, no qual as preocupações econômicas, políticas e sociais são mínimas. No qual os acontecimentos da cidade, que dão ibope para tanto assunto são praticamente nulos, o que resta, qual é o assunto que sobra? Falar sobre os vizinhos e, mais especificamente, sobre a vida deles. 

Cada dia tenho uma surpresa! Cada dia fico sabendo também sobre uma novidade do vizinho. Pois não basta perguntar, ficar sabendo, tem que divulgar para o outro, depois para o outro, pelo menos, até boa parte dos vizinhos da rua saberem.

Alguns tipos:

*Vizinho super curioso: Encontra você na rua e tem apenas um tempinho para conversar com você. O que ele faz? Rapidamente começa a perguntar sobre a sua vida, quer saber de todos os detalhes: Como está o curso de alemão? Vocês vão passar o Natal no Brasil? Ah, seu marido viajou! Para onde ele foi? Vocês tem planos de voltar a morar no Brasil? Você está feliz? Já sabe o sexo do bebê? Vocês vão mudar de casa tendo o terceiro filho?

*Vizinho discreto: Tem dias que é simpático demais e outros nem tanto. Encontra você na rua, rapidamente olha para sua barriga, depois fala Oi e pergunta se está tudo bem. Muito sorridente, esperando que você continue a conversa, conte algo que esteja esperando ou melhor, que já sabe!

*Vizinho que confirma a informação com outro vizinho: Um certo dia esse vizinho pergunta para o outro: É verdade que a Celi está grávida de novo?, fiquei sabendo através da fulana. 

*Vizinho binóculo: Aquele que fica em silêncio, que praticamente não conversa com ninguém, mas que fica na janela, que fica passeando na rua, que quase pega o binóculo para espiar você e sua família na garagem ou dentro de casa (já que a janela está aberta e as cortinas também).

Atualmente esses são os tipos de vizinhos que tenho morando numa cidade pequena. Com certeza, numa cidade grande também tem, mas tudo parece mais discreto. Aqui não! Compartilham tudo que sabem com um, depois com outro e, assim por diante! Esses vizinhos, alemães, na minha opinião, são muito controladores, querem saber de tudo, para opinar sobre o jeito de ser do outro. 

O jeito é me acostumar e, assim como meu marido diz, pensar que não fazem tendo más intenções, apenas pois não tem outro assunto, gostam de comentar...

E vocês, o que pensam? Vocês também tem vizinhos abelhudos, bisbilhoteiros?
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Entre bebês

Papai: "- Felipe hoje você vai ficar na escola do Thomas junto com ele. Hoje você vai poder brincar no Kinderkrippe (berçário)".

Felipe: "- Oba. Eu quero! Eu quero! Thomas hoje eu vou na escola junto com você".

Mamãe: "- Então, vamos tomar café e trocar de roupa que está quase na hora".

Felipe: "- Oba! Vamos! Vou trocar de roupa primeiro que você Thomas".

Durante o caminho para a escola: "- Mamãe eu vou cuidar dos bebês. Eles são pequenos e vou tomar cuidado com eles para não cair em cima. Vou ficar bonzinho junto com o Thomas".

Quando Felipe chegou logo foi colocando o sapato de ficar na escola (Hausschuhe) e correu para a sala. Começou a observar o espaço (já conhecido) e também os brinquedos que estavam por perto.

Após 4 horas de atividades na escola do Thomas fomos buscá-los e Felipe pulava de alegria.

Felipe: "- Olha o que eu fiz mostrando o móbile de estrelas. Depois correndo foi pegar o suporte de vela".

"- Eu brinquei com ele. Apontando um dos colegas do Thomas que deve ter no máximo 2 anos". 

"- Nós comemos Nudel (macarrão), Gurken (pepino)".

"- Foi muito bom brincar com os bebês. Eu tomei cuidado com eles. Fiquei junto com o Thomas".

Uma experiência e tanto para o Felipe. Ter a oportunidade de passar algumas horas na escola (berçário) do irmão. Sempre quando vamos buscar o Thomas ele fica de olho nos brinquedos, tanto que já pediu algumas vezes para ir nessa escola e não no Kindergarten (Jardim da Infância).

Cuidar dos bebês! Falar com a boca cheia que ficaria com os bebês foi muito bacana. Mostrou um tanto do quanto já é grande e consegue ajudar os mais novos. Tão pequeno, responsável e carinhoso. 4 horas foram o suficiente para mostrar que era o mais velho do grupo! Se achou o menino grande!

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Partos e sentimentos vividos muito diferentes

Agora que estou na metade da gravidez comecei a pensar como será o meu terceiro parto. Fiquei lembrando como tudo aconteceu na gravidez do Thomas até realmente o seu nascimento na Alemanha. E, se assim posso dizer, foi uma experiência única, marcante e inesquecível.

Apesar dos médicos na Alemanha serem duros e muitas vezes frios com o paciente, mantendo a relação totalmente profissional, com muito distanciamento, eles realmente agem corretamente e sabem da importância do parto normal para a mulher. 

Quando engravidei do Thomas logo me veio a sensação de que seria muito difícil ter um parto normal, já que o Felipe havia nascido de uma cesárea no Brasil. Fiquei com certo ressentimento e medo. Uma situação totalmente nova para mim. Por outro lado, sabia que no fundo queria viver esse momento, já que não foi possível no Brasil.

Hoje, sem dúvida, por ter vivido os dois tipos sou super a favor do parto normal. Realmente consigo enxergar as vantagens para a mulher e a relação mãe e filho. De maneira alguma quero desmerecer quem pense ao contrário, mesmo porque cada pessoa tem sua história de vida e uma gestação. 

Mas no meu caso tudo foi muito marcante e diferente. No Brasil acabei realizando uma cesárea por pouca insistência por parte do hospital e da minha médica, se bem que sabemos a postura de muitos médicos e também como as coisas acontecem no país. Lembro de cada detalhe vivido como se fosse o dia de hoje. Acordei e percebi que minha bolsa havia rompido, fui até a consulta semanal que tinha na semana e logo a bolsa rompeu de vez. Minha médica pediu para ir pra casa, pegar minhas coisas e ir para o hospital. Chegando no hospital não estava com praticamente nada de dilatação. Então, induziram as contrações e me deixaram no quarto. A orientação por parte das enfermeiras foi mínima. Comecei a sentir as dores da contração. No entanto, o nervoso era tanto que nem me dei conta que também estava com vontade de fazer xixi. Nesse meio tempo, as dores foram aumentando, foram ficando insuportáveis e a dilatação continuava mínima. Quando realmente uma enfermeira veio conversar comigo e me orientar, me ajudar a ir até o banheiro, já que estava conectada com um monte de aparelhos. Mas isso aconteceu um pouco tarde, pois nesse momento, já estava no meu limite de dor. Afinal, sem experiência alguma e após uma tarde inteira assim já estava querendo a minha médica para realizar a cesárea. 

Pouca orientação, pouco conhecimento fizeram com que solicitasse a médica e realizasse a cesárea. Foi uma cirurgia tranquila e um pouco assustadora, já que os médicos estavam ali abrindo minha barriga, depois costurando no maior bate papo, falando sobre milhões de assuntos. Eu estava ali com mil pensamentos, prestando atenção em cada movimento dos médicos e eles realizando a cirurgia. Minha maior emoção foi quando vi o meu filho. Não participei do processo e demorei para tê-lo em meus braços. Consequentemente, uma relação mais tardia de mãe e filho. Todo sentimento só veio depois quando tive Felipe nos meus braços no quarto da maternidade. Era uma emoção tremenda, mas diferente demais do dia em que realizei o parto normal no nascimento do Thomas.


Ter participado realmente de cada minuto para o nascimento do Thomas fez com houvesse um grande aprendizado, uma experiência inesquecível e uma relação construída de mãe pra filho desde a primeira respiração e força que tive que fazer. O seu nascimento realmente dependeu dos meus esforços, no qual as médicas estavam ali ajudando e auxiliando no que fosse necessário. Elas me ensinaram, me ajudaram e mostraram a beleza de um parto normal.

Além disso, dessa relação incomparável teve algo que chamou muito minha atenção. A preocupação dos médicos com o nascimento, com a relação mãe e filho. Assim que Felipe nasceu, logo já se preocuparam em levá-lo para fazer todas as medições, para limpá-lo e vestir uma roupa. O máximo foi um beijinho e a possibilidade de vê-lo de pertinho. 

Aqui na Alemanha foi muito diferente! Logo que o Thomas nasceu a primeira coisa que fizeram foi dá-lo para mim. Em meus braços, do jeitinho que nasceu, com um tanto de sangue pelo corpo, veio para o meu peito, ficou juntinho e pode sentir o calor dos pais, ter sua primeira experiência de mamar. Ficou ali por um bom tempo, enquanto as médicas estavam organizando o espaço na mesma sala para os próximos procedimentos com ele. Não saiu de perto de mim até irmos para o quarto.

Foi um sentimento difícil de explicar, muito mais fácil sentir! Um momento de abraçar o filho, de perceber desde o parto o papel e a importância de ser mãe. A “ficha” caiu imediatamente com todo o amor, carinho e relação que podia surgir. Jamais esquecerei! 

Partos e sentimentos vividos muito diferentes, porém um amor imenso por cada filho. Independente do parto, o amor de mãe é o amor de mãe. Mas confesso que nada que um pouquinho de experiência sobre o assunto nesse acontecimento todo. 

Agora, torço e espero que o parto do terceiro seja assim... Uma felicidade inigualável, uma relação imediata e um fazer em parceria.

Curiosidade: Enquanto no Brasil levamos uma mala de roupa para o bebê, na Alemanha só precisamos se preocupar com a roupa da saída da maternidade. Eles tem um tanto de roupa. Um jeito de ser muito mais simples e prático. Confesso que ficava surpresa cada dia que o Thomas vinha para o quarto. Mas jeitos diferentes de lidar com o nascimento do bebê.
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Revezamento: Parece um complô?

Fico imaginando como deve ser mãe de gêmeos. Momentos de fofurices em dobro, porém uma exigência e dedicação sem igual, já que estão com a mesma idade, estabelecendo uma relação afetiva com a mãe. Tudo praticamente ao mesmo tempo! Acho mesmo que só vivendo a situação.

Tem pessoas que dizem que é bom ter filhos com idades próximas, sem muito distanciamento, pois já cria tudo de uma vez, podem brincar juntos, a mãe ainda está no pique de trocar fralda, de ficar noites e noites sem dormir bem, as roupas e todos os apetrechos necessários do bebê ainda estão por perto, nos armários, nos depósitos. Além disso, também tem pessoas que complementam dizendo que é bom enquanto for nova. Dizem que se esperarmos muito tempo as coisas podem complicar, as ocupações e os objetivos podem ser outros.

Pode ser que tenham razão em alguns aspectos. Mas a verdade é que nada melhor que o casal para saber o melhor momento para essa decisão. Muitas vezes nem sempre as coisas acontecem conforme o planejado. Minha irmã, por exemplo, tem uma filha com 10 anos e outra com 1 ano e 7 meses. 

Toda mãe passará pelas mesmas fases, viverão um tanto praticamente igual. Já perceberam que sempre tem alguém para contar uma experiência, para dar um conselho sobre o momento que estamos vivendo. Às vezes parece que só nós estamos vivendo tal situação, não conseguimos olhar adiante. E que bom saber que há fases, que algumas são mais intensas que outras, mas que passam. Isso me anima, me faz viver intensamente, abraçando da melhor maneira todos os acontecimentos com os meus filhos. 

A verdade é que tendo filhos ainda nova de idade, de experiência, com pouca diferença de idade, com muita diferença de idade, sempre viveremos situações iguais ou pelo menos similares. Um pouco mais de trabalho para algumas, para outras nem tanto. Tudo é muito relativo!

Comecei a pensar em tudo isso, pois Felipe e Thomas decidiram fazer um revezamento. Felipe desde bebê até os 4 anos de idade sempre acordou à noite. Sempre tivemos noites tumultuadas, no qual acordava solicitando nossa presença, acordava chorando, parecendo que estava sonhando. Foram inúmeras tentativas para começar a dormir bem. Dormiu conosco um grande período, dormimos com ele, dormimos do lado dele no mesmo quarto (a ponto de arrastar o colchão todos os dias), intensificamos as conversas antes do momento de dormir, começamos a rezar, colocamos um abajur; enfim, seguimos nossa intuição e também muitas dicas interessantes.

Foi um grande período e agora faz pouco tempo que está dormindo a noite toda, que mostra-se seguro, bem e feliz. Uma fase! Talvez tenha sido um momento de transição, de insegurança, de grande apego com os pais – momento chiclete intenso, de medo, enfim; pode ter sido uma série de questões. 

Pois bem, mas falei em revezamento. É isso mesmo! Thomas que esteve doente a pouco tempo atrás, começou a acordar todas as noites. Desde que teve uma virose começou a querer constantemente a presença dos pais e, mais especificamente, a minha.

Muitas noites apenas por alguns minutos. Pego ele no colo, coloco ele sentado ou deitado juntinho comigo e pronto volta a dormir. Ele que sempre dormiu bem desde os primeiros meses.

Acontecimentos que propiciam mudanças. Crescimento... Gravidez... Fases... Agora só quero ver quando o bebê nascer.  Um, dois ou três de madrugada? Como será?

Será que estavam combinando? Um complô!
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Sorteio: Mega Kit de Artes

Não só porque é o mês do Natal, mas faz tempo que estou com uma vontade imensa de fazer um sorteio. Então, chegou a hora. Fiquei pensando em um milhão de possibilidades para o sorteio. Achei que essa foi uma boa escolha, já que é sempre bem vindo materiais novos de Artes para as crianças. Seja para se divertir durante as férias ou mesmo na volta às aulas, pois se a sorteada morar no Brasil, a mesma terá que ter paciência pois pode demorar de 3 a 4 semanas... Demora um pouco, mas chega!

Pensei nesses materiais, pois Felipe tem alguns e gosta muito! Quanto a ser Faber Castell, Stabilo ou Eberharder Faber foi mera coincidência por conhecer os materiais. Não há nenhum patrocínio. Sei que podem encontrar esse material por todo os lugares, mas presente é presente. Não é mesmo?

Não deixem de participar. Você pode ganhar esse material para uso próprio, para presentear alguém, para dar para seu filho, para fazer uma doação enfim, são inúmeras possibilidades. Fiquem tranqüilas, pois mandarei para o lugar que for.... Boa Sorte!

Para participar do sorteio você precisa:

1) Ser seguidor do Nova Vida, Vida Nova

2) Deixar um comentário nesse post dizendo EU QUERO GANHAR O MEGA KIT DE ARTES

3) Deixar seu e-mail.

Pronto! Agora, você está participando. O sorteio acontecerá na próxima quarta-feira dia 14/12/11, via random.org





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Alemanha - Regensburg - Weihnachtsmarkt

Dezembro é o mês da correria e dos inúmeros compromissos. Natal é nesse mês e posso dizer que apesar das diversas festas de encerramento, da lista enorme de tarefas (nem tanta assim, já que desde que mudamos pra cá diminuiu um tanto considerável) adoro o clima natalino. Essa foi uma data que sempre gostei e que aproveitei o máximo desde criança. Tenho ótimas recordações!

Talvez seja por isso que adoro o Natal. Agora então mais ainda já que aqui na Alemanha o clima natalino é muito diferente do Brasil. A ênfase maior dada no Brasil é a questão comercial e o encantamento se encontra apenas nas lojas e shoppings com o bom velhinho vestido de Papai Noel. As crianças adoram, mas pra você entrar no clima natalino é necessário visitar algumas ruas famosas, nas quais tem enfeites maravilhosos, passear no Parque Ibirapuera ou mesmo na Avenida Paulista. 

Não quero desmerecer o lugar que vivi por muito tempo. O país que morro de saudades. Mas quero dizer que aqui na Alemanha tudo é muito diferente. O clima natalino está em todo lugar.

Assim como nas outras estações do ano, as pessoas se preocupam e gostam de enfeitar a casa, janelas nesse mês. Um capricho e delicadeza sem igual. As ruas também são enfeitadas e tem uma Feira de Natal muito especial, sendo impossível não fazer parte desse momento. Uma delícia passear pelas Feiras de Natal que podem acontecer nas ruas ou em alguns castelos. Feiras de Natal são muito conhecidas nos estados da Alemanha e são chamadas de Weihnachtsmarkt.

Lembro que a primeira vez que viemos para cá foi nessa época. Viemos com a intenção de resolvermos se mudaríamos e para ver todas as condições. Fiquei encantada com o clima natalino e com a beleza da cidade.

A Feira de Natal começa no final de novembro e segue até a véspera de Natal. Nessa feirinha além dos famosos pães com Wurst (salsicha alemã), também é famosa pelo vinho Glühwein e os maravilhosos enfeites e decorações natalinas. Um mais lindo que o outro! Adoro!

Para as crianças a maior diversão é toda a iluminação, os enfeites e também a possibilidade de brincar um pouco nos famosos carrosséis. 

Vale a pena o passeio. Então, planeje uma viagem nessa época e vem pra cá passar frio, tomar um bom vinho quente!









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