Longevidade no amor

Outro dia fomos para Munique. Uma cidade próxima daqui e que tem muitas atrações. São inúmeros museus, um centro cheio de lojas, restaurantes típicos e famosos, um Zoológico divertido e tudo mais que uma cidade grande pode oferecer.

Quando estávamos indo para o zoológico com as crianças passamos por uma rua com inúmeros postes de luz e uma ponte. Uma ponte bastante chamativa! De longe começamos a ver vários pontinhos coloridos. Fomos nos aproximando e vimos que eram muitos cadeados pendurados no alambrado. Todos localizados bem no centro do rio, nem mais pra direita, nem pra esquerda.

Começamos a olhar um por um, tinha cadeado de todas as cores, cadeados presos um no outro (dos membros da família inteira), nos quais os nomes dos casais e a data do casamento estavam gravados ou escritos com caneta.

Chamou muito a nossa atenção e logo chegamos a conclusão de que essa ponte (Tierparkstr.) podia ser nomeada como ponte do amor, no qual o rio Isar com meados de 300 quilômetros, desembocando no Rio Danúbio, leva os desejos de um amor eterno.

Pesquisando mais tarde descobri que é um costume dos casais na Itália. Depois que colocam o cadeado jogam a chave do cadeado no rio. Já Munique supostamente foi influenciada pela cidade de Colônia (Köln). Adoramos essa idéia! E lógico que aproveitamos para fazer o pedido! Agora, voltaremos para pendurar o nosso cadeado...hahahahaha





4

Nem sempre os dias são cinzentos





 
2

Sem medo de se aventurar

Diariamente há uma série de sentimentos que toma conta de nós. Alguns permanecem por mais tempo, outros aparecem de repente, outros vem e vão mostrando realmente quem somos e o nosso jeito de agir diante das inúmeras situações do dia a dia. Alegria, tristeza, amor, raiva, medo e muitos outros.

Como me surpreeendo quando meus filhos revelam esses sentimentos. Fico admirada pois mostra um tanto da personalidade que está sendo construída. Mostra o quanto estão adquirindo autonomia e maturidade para lidar com as surpresas da vida.

Através da observação constante retomo algumas lembranças da minha infância, da época em que era criança e dos sentimentos que habitavam em mim. Medo, por exemplo, quando sentia medo!

Esse sentimento que entra de repente na cabeça da gente e, rapidamente, proporciona um estado diferente e um receio enorme de fazer alguma coisa. Que pode provocar uma reação estranha, uma tremedeira, uma dor sei lá onde, um frio na barriga, uma angústia, um choro e mãos frias. A gente não vê, mas sente. E como um passo de mágica ele aparece e habita dentro da gente.

Eu sentia medo de ficar sozinha, tinha medo de uma mulher bêbada que vivia na porta da escola, tinha medo do escuro, tinha medo de quando chovia muito, tinha medo de relâmpagos, tinha, tinha muitos medos que moravam dentro de mim. E ainda tenho outros tantos! Hoje me pego pensando nos medos que o Felipe tem. Uma criança! Uma criança com 4 anos! Será que tem medo?

Felipe até pouco tempo atrás tinha medo de dormir sozinho. Hoje dorme melhor, mas não dorme totalmente no escuro. Sempre pede para acendermos uma luz. Já teve medo de um bode, isso mesmo, um bode que arrancou um ticket da sua mão. Talvez agora, por conta desse episódio recente, demonstre medo de alguns bichos maiores. Já medo de bichos pequenos, ah... Não quer nem saber, se aventura rapidamente no jardim e observa rapidamente uma joaninha, uma formiga, uma abelha, uma mosca e, assim vai... Fica bem pertinho! Agora, pergunta se pega na mão? Ah, isso não! Sempre chama pela mamãe ou pelo papai. Será medo?

Muitas vezes o desconhecido pode causar medo. Um medo tremendo! Felipe não demonstra sentir medo quando há algo novo para fazer e que percebe que envolve divertimento. Seu filho também é assim?

Uma aventura, uma situação arriscada, um acontecimento extraordinário como: 

  Descer num tobogã de mil metros de comprimento por uma espécie de trenó com cintos de segurança e freios. Não pensem que foi só uma vez? Desceu várias vezes, ora junto comigo, ora acompanhado do pai, madrinha ou padrinho.  
  Andar por uma ponte que balança, que fica a muitos metros do chão, que fica acima das árvores!
   No parque de diversão – Legoland – ir na montanha-russa, submarino, barco Viking, gira-gira muito, mas muito rápido, barco de pirata que faz bombardeio de água com outros barcos.  
  Descer uma montanha com uma espécie de triciclo. 
 
Foram muitas aventuras vividas nesse último mês. Aventuras que hoje me permito de olhos fechados. Agora, lógico que Felipe participou de todas essas situações acompanhado por um adulto. Mas juro que muitas vezes pensei que não arriscaria e ficaria grudado na minha perna. Com medo! Mas, nada de medo! O máximo foi um aperto mais forte nas nossas mãos ou nas nossas pernas.

Sem dúvida, tudo isso é muito bom! Mostra o quanto está crescendo, o quanto sente-se seguro para nos acompanhar em cada brinquedo. O quanto mostra-se seguro ao nosso lado! Uma experiência vivida, um aprendizado constante e um sentimento vivido.
  

7

Blog: Ilustrações e Sorteio


Para quem acompanha o blog e um pouco a minha história sabe bem quais foram os reais motivos da criação do Nova Vida, Vida Nova.

A princípio tinha como objetivo não socializar o endereço para muitas pessoas. Considerando a distância e os milhões de pedidos para notícias freqüentes pensei que pudesse servir como uma espécie de diário familiar. No qual, pudesse colocar fotos, compartilhar um pouco da cultura alemã, sobre a minha vida e desenvolvimento dos meus filhos.

O tempo passou! Com o apoio dos familiares e amigos mais próximos comecei a ampliar o olhar para o mundo virtual - para a blogosfera materna. Passei a escrever mais no blog e comecei a me interessar por outros. Fiquei surpresa com a quantidade e assuntos em comum: ser mãe, ter filhos, mudar de país, enfim; comecei a me identificar com vários textos de mães blogueiras que moram no Brasil e que estão espalhadas pelo mundo. Tanto que hoje tenho os meus preferidos.

Além de ler também passei a comentar. Adoro fazer parte de muitos blogs, participar e opinar. Entre essas trocas conheci algumas pessoas. Algumas que também se identificaram com meu blog. Sei lá por que? Se foi pela história de vida, se foi pelo jeito de escrever e contar as aventuras vividas na Alemanha, pelos registros sobre o desenvolvimento dos meus filhos, sobre os desabafos ou mesmo pelo layout do blog / postagens – fotos e ilustrações.

Sinceramente gosto muito de imagens. Adoro fotografar meus filhos e todos os momentos vividos nesse país. Sempre achei que colocando fotos no blog pudesse aproximar as pessoas distantes, fazendo com que matassem um pouquinho as saudades de nós. Que pudessem ver um tanto do que estamos vivendo. Apesar que sei que corro o risco de muitas pessoas não gostarem, de acharem que estou exibindo o que fazemos por aqui e os meus filhos. Na verdade, não preciso disso! Sei também que tem a questão de se expor perante inúmeras pessoas, muitas conhecidas e amigas; mas outras desconhecidas.

Independente disso já havia me inspirado em outros blogs. No início tive a ajuda da Evelyn (Webmaster) e assim foi... Hoje continuo postando os textos com fotos e, também, com ilustrações. Na verdade, optei em intercalar já que conheci através do Ká.Entre.Nós a ilustradora Stasia Burrington.

Também tive apoio de uma amiga dedicada que adora Arte e faz desenhos lindíssimos. Mas pelas circunstâncias da vida não daria para pedir help toda vez. A minha vontade era de pedir para Leila, Andréa Polo, para Luisa, para Karen; enfim, para professoras de Artes que conheço e que sei que fazem trabalhos maravilhosos. Mas não quis arriscar o pedido. Viu meninas!?

Então, criei uma ótima parceria com a Stasia Burrington. Se conheço pessoalmente? Ah, isso não! Foi através de um blog, de email que tivemos um primeiro contato, depois outro e até hoje combinamos tudo por email. Se mora na Alemanha? No Brasil? Não! Ela mora em Bellevue, uma cidade localizada no estado de Washington – EUA.

Tudo funciona por email. Faço as minhas solicitações, digo tudo que desejo na ilustração (desde cores, estampas, detalhes, temas) e logo ela me encaminha o primeiro esboço. Depois aprovando ela finaliza tudo. Quanto ao pagamento, não considero algo absurdo e impossível. Lógico que não peço tantos assim! 

Bom, por enquanto está dando certo. Até quando não sei... Mas gosto muito do traçado e dos trabalhos que faz. Mesmo porque ela apareceu na hora certa e mostrou muita disponibilidade também. Sabe aquela história de juntar o útil ao agradável. Pois é... Hoje acostumei! Gosto e não quero abrir mão.

Resolvi contar para vocês já que recebi alguns elogios sobre o meu blog, sobre o layout e ilustrações. Chegaram até a me perguntar se era eu que fazia os desenhos, se era design... Infelizmente não! Bem que gostaria de ampliar mais o conhecimento pela Arte para voltar a fazer meus próprios desenhos. Quem sabe futuramente... Não é mesmo?

Enquanto isso, aproveitem para conhecer um pouco sobre o trabalho da Stasia:


www.stasiab.wordpress.com

www.wix.com/stasiab/illo

Gostou? Gostaria de ter uma ilustração feita por ela? Pense que o desenho será escolhido por você. Seja qual for a finalidade (blog, layout, perfil do Facebook, retrato dos filhos, da natureza). A escolha é sua!

E para ganhar essa ilustração é muito simples. Basta participar do sorteio e assim como acontece na maioria das vezes:

1) Seja seguidora do Nova Vida, Vida Nova.

2) Deixe um comentário nesse post: “Eu quero ganhar o desenho!”. Informe o nome completo e blog se tiver.

O sorteio será realizado no dia 06 de agosto.

Boa sorte!
31

Pensamento e Fala


E não é que cada dia que passa o Felipe está falando mais. Impressionante como de uma hora pra outra começou a distinguir quando precisa falar em português ou alemão. Rapidamente ativa todo o conhecimento presente sobre a língua que deseja se comunicar. Uma facilidade incrível para a criança. 

Um exemplo claro foi outro dia quando estava falando em alemão com o pai e, de repente, quis contar em português a mesma coisa para mim. Logo, parou.. respirou e começou tudo outra vez. Momentos nos quais damos risada e ficamos realmente de boca aberta pela rapidez, conhecimento e ampliação sobre o conhecimento da língua.

Mas não está somente ampliando o vocabulário, tentando entender os gêneros das palavras como também estabelece inúmeras relações entre o que já dissemos com o que deseja falar, entre o conhecimento que tem sobre tudo que está a sua volta com o próprio pensamento e fala.

Ontem foi o dia! Foram várias situações pequenas nas quais nos divertimos observando a elaboração e as conexões estabelecidas por ele.

As falas que contarei para você podem parecer um pouco bobas, mas para quem está ao lado acompanhando o desenvolvimento desde o início e o dia a dia com a presença de outro idioma é bastante questionador e surpreendente de ver.

1ª) Felipe junto com o pai foi levar o Thomas para a escola:
Todo dia é sempre igual. Leva um tempo para o Thomas ficar bem no ambiente. É necessário uma passagem cuidadosa por conta dos pais e também das educadoras. Então, geralmente a educadora pega o Thomas no colo, convida-o para brincar de massinha ou mesmo com um brinquedo. Mas ontem foi o dia de convidá-lo para desenhar. Logo, olhem só a atitude da educadora. Pegou ele no colo e disse: “- Thomas, vem... vamos desenhar você!”. Nessa hora, Felipe que ainda estava por perto, correu para ver se realmente ela daria conta de fazer o desenho rs Então, ela começou: desenhou literalmente duas bolinhas (uma na parte superior e outra na parte inferior, fez dois pauzinhos para os braços e dois pauzinhos para as pernas). Daquele jeito que você já sabe e está imaginando. Um esquema bem simples! Logo, adivinha qual foi a fala do Felipe? Ah, Esse não é o Thomas! E aí educadora... gostou!? O que será que passou pela cabeça do Felipe nesse momento? Será que pensou que seria melhor ela nem ter tentado desenhar.

2ª) Dando ordem para os pais:
Estávamos voltando da escola a pé. Felipe com a bicicleta e Thomas no carrinho. De repente, Felipe para em frente a casa do amigo e diz:
“- Mami, quero brincar de novo na casa do Felix!”
Respondi que tudo bem, mas que tínhamos que combinar com a mãe do Felix. Então, continuamos o caminho.
Logo, Felipe parou e falou:
“- Mas quero brincar muito! Muito!”
Nessa hora falei para ele:
“- Tá bom filho. A gente combina do Felix ir na nossa casa ou de você ir na casa dele”.
Depois de mais um pouco de caminhada escuto:
“- Mas olha... (apontando o dedo), não quero nem ver você, nem o papai!”
Fiquei pensando e somente depois me dei conta que geralmente quando vamos buscá-lo na casa dos colegas Felipe está animado brincando, brincando e dessa vez falou realmente o que estava com vontade. Enfim, vou brincar muito, MUITO! Não quero ver nem você, nem o papai por perto!” Pronto, a ordem foi dada!

3ª) Dá pra entender!?
Ainda voltando da escola perguntei:
“- Felipe você comeu todo seu lanche?”
A resposta foi:
“- Você não vai ver! Você não vai aqueditá!”
Lógico que se eu não vou ver, então o lanche não está mais lá... Felipe comeu tudo!

4ª) O que é significativo:
Quando estávamos bem pertinho de casa logo passou um carro na rua. Um carro comum, nada tão chamativo rs Ele era amarelo! Não amarelo ouro, mas aquele amarelo num tom mais pastel.
Nessa hora Felipe olhou e disse:
“- Olha mãe o carro! Olha que bonito!”
Logo concluo que amarelo para ele é uma cor bonita. Já que o grupo que faz parte na escola não chama Jardim I, Infantil I e sim Gelben Gruppe (grupo amarelo). Diz que gosta do amarelo nas flores, nas roupas e, assim vai...

5ª) Última situação do dia: com quem aprendeu a falar desse jeito?
Estávamos em casa e no final da tarde ficou brincando no jardim com seus carros e bicicleta. Ficou um tempo considerável lá fora, não querendo entrar de jeito nenhum. O pai chegou do trabalho e por fim estava na hora de entrar para tomar banho e leite para depois dormir. Então, convencemos o Felipe que já estava tarde e na hora de entrar. Logo, entrou e sentou no sofá. Mas imediatamente falamos para ele que estava na hora de tomar banho. Sabe o que respondeu? 

“- Calma! Calma! Quando entra em casa precisa ter calma!” 

Se você perguntar quem foi que disse isso. Será que falará que foi a mãe que disse?

E esse é o pensamento da criança... Uma fala atrás da outra, tendo responda para tudo! Tudo!

Ah, por falar em mãe que disse... claro que estou participando do sorteio de lançamento do Minha mãe que disse!
6

"- Agora eu brinco igual você!"

Escrevi algumas vezes falando sobre o relacionamento entre irmãos e importância dos pais para favorecer a cumplicidade entre eles. Se ainda não leu e tem curiosidade veja no post Um, dois ou três filhos?, Como seu filho dorme?, Sentir-se filho único e no Mami, cadê o Thomas?

Pensar e falar sobre a relação entre irmãos é algo que venho dedicando meu tempo, já que diariamente tenho uma surpresa. Quem tem mais de um filho aposto que sabe o que estou dizendo e para quem ainda não tem saiba que é muito bom ter mais de um filho. Observar a interação e cumplicidade que vai sendo construída devagarinho, no contato diário, entre uma brincadeira e outra não tem igual. Algo totalmente único! 

Observar o olhar do irmão mais novo sobre a ação do mais velho. A adoração que o mais novo passa a ter pelo mais velho. Passa a olhá-lo como alguém mais próximo de idade que faz inúmeras coisas divertidas e que convida para algo que também é possível realizar. 

Thomas tem admirado as situações nas quais Felipe está falando, brincando sozinho ou com os colegas. Mostra-se presente e tenta fazer igual o irmão. Nessas horas, na maioria da vezes, Felipe acha graça que por conseqüência convida o irmão para brincar com ele. Mostra como faz e pega um brinquedo para entregar para ele. Um ciclo de observação, ação e imitação. Thomas brinca igualzinho o irmão empurrando os carrinhos, passando o trem por dentro do túnel, pegando areia com a pazinha para colocar dentro do balde e adora ficar o tempo que puder brincando no jardim com o Bobby Car e com o tão conhecido triciclo. A idéia central acaba sendo: Quer me encontrar, então procure pelo meu irmão!

Nós que nos preocupamos tanto com os exemplos que damos e com os relacionamentos dos nossos filhos com outras crianças precisamos nos preocupar um tanto com o que acontece dentro da própria casa. Precisamos transmitir valores, mas garantir que haja uma relação a favor da construção de afeto, vínculo e atitudes positivas entre os irmãos. Pois da mesma forma que um irmão ensina um tanto de coisas boas, também pode passar a ensinar coisas ruins. Vale uma observação e intervenção constante a fim de garantir uma boa interação entre os irmãos. Uma relação que passa a ter disputas, que se faz necessário o olhar do adulto para garantir a vez de cada um, para pontuar quem estava certo no momento e, acima de tudo, para fortalecer a experiência em um relacionamento entre crianças com jeitos diferentes de ser. Pouco desafio para os pais, não é mesmo?

Da mesma forma que Thomas vem aprendendo coisas boas sobre as possíveis brincadeiras, Felipe ora mostra ações nem tão bacanas assim: como jogar os brinquedos, pular no sofá a fim de desafiar todos os limites possíveis e revidar levantando a mão para bater no irmão quando o mesmo faz algo que ele não gosta. Sendo necessário, de imediato uma intervenção mostrando o que pode-se fazer, mostrando também como algo que não agrada pode ser resolvido.

Por outro lado, que acontece tudo isso, Felipe como irmão mais velho também vem aprendendo com o irmão. Tem vivido situações bastante interessantes, no qual coloca-se no lugar do Thomas. Vive a brincadeira assim como o irmão faz... Como se tivesse a mesma idade que ele.

Imita os sons que o irmão menor faz com a boca. Percebe que muitas das suas ações são motivos de gargalhadas para o irmão (assim como mostra o vídeo), tem feito de conta que é uma tartaruga bebê, para não falar que no momento é o Thomas ou o Felipe bebê, senta no colo da mamãe na mesma hora que o irmão etc. Ao mesmo tempo, mostra-se realmente o irmão mais velho, preocupando-se com o bem estar do irmão, em querer ajudá-lo a realizar algumas ações e a protegê-lo de algumas situações de perigo.

Um querer bem! Em querer a presença do irmão na maior parte do dia. Uma companhia e tanto! Agora, me diz se não é uma delícia ter filhos, ser mãe...


3

O olhar fala mais

Cada dia uma nova conquista. Não é a toa que os pais sempre ficam orgulhosos, bobos, querendo compartilhar tanta alegria com todos familiares e amigos. Uma hora são os dentes que estão nascendo, depois os primeiros passos, a alegria de começar a comer sozinho, depois a corridinha de um lado para o outro, a interação com outras crianças e muitas outras conquistas. Poderia descrever inúmeras desde o nascimento do Thomas, mas tem uma que gostaria de ressaltar nesse momento já que parece ser a conquista mais esperada para as outras pessoas quando se dão conta de que a criança já anda de um lado para o outro, mas não fala. É isso mesmo! Ultimamente muitas pessoas (mães de outras crianças da escola dos meus filhos e familiares) tem perguntado: Ele está falando? Já fala mamãe? Já fala papai? O que ele fala?

Já me acostumei com essas perguntas desde quando Felipe era pequeno. Pois com ele também foi tudo muito parecido. Começou a andar quando tinha praticamente 1 ano e 2 meses. Seu primeiro dente nasceu quando tinha 1 ano e 3 meses. E suas primeiras palavras foram com 1 ano e meio. Tarde! Sei lá se é tarde, o que sei é que não vejo como um problema. Apenas que o desenvolvimento e conquistas das crianças acontecem em tempos diferentes. Que a segunda língua influência, fazendo com que a fala aconteça somente mais tarde.

Agora, você quer saber o que realmente o Thomas já fala? Então, vou contar. Mas se prepara pois a lista é enorme. Brincadeirinha! Thomas fala muito pouco ou se preferir quase nada. Ultimamente anda dizendo Caca e Bagger. Mamãe ou papai, faz uma tentativa quando falamos para ele. Mas nada espontâneo. Apenas está começando a experimentar outras sílabas e o início de outras palavras.

Em compensação com seus olhos que mais parecem uma jabuticaba (como muitas pessoas dizem), arregalados mostra o tempo todo o que deseja. Muito determinado, aponta o que deseja pegar seja um brinquedo ou mesmo alimento. Além disso, através desse olhar mostra uma comunicação intensa entre nós. Que só quem é pai e mãe entende realmente o que o filho está querendo dizer, o que o filho está sentindo. É um olhar de uma criança determinada mostrando realmente o que deseja no momento.

Agora, até quando ficará assim? Isso deve ser uma preocupação?

Tenho consciência do incentivo que damos diariamente, das perguntas que fazemos aos olhares do Thomas e das respostas que damos quando diz caca ou mesmo bagger (escavadora em português).

Passou pela sua cabeça saber o por que de caca ou mesmo bagger? Caca acredito que seja referente a cocô, já que o pai costuma perguntar para o Felipe: Você fará somente pipi (xixi) ou caca (cocô) também? Caca para quando derruba algo que está comendo ou mesmo suco / água, enfim Thomas refere-se a caca para outros contextos. Contextos que não combinam com a palavra. Agora, bagger pois sempre quando saimos da escola há um monte de tratores, escavadoras e caminhões. Uma época de total reforma e construção perto da escola. Então, começou a apontar e dizer Bagger. Talvez porque tenha ouvido o irmão dizer... falar tanto sobre isso.

Respondi a pergunta mais uma vez, mas confesso que sempre que vejo uma criança da mesma idade que o Thomas falando pelos cotovelos ou mesmo quando fazem essa pergunta tenho uma pontinha de preocupação e uma pergunta que fica no ar por alguns instantes: Será que o Thomas já deveria falar mais palavras, talvez pequenas frases?

Mas logo essa preocupação vai embora quando vejo Felipe se comunicando muito bem em português e alemão. E se para ele foi assim, penso... Por que para o Thomas seria mais rápido e fácil?



1

Obrigada Sarah!


Agradeço imensamente a Sarah - Mãe do Bento pelos selinhos. Faz tempo que estava querendo postar e só agora consegui um tempinho para isso, além de outro para organizar uma página com todos os selinhos recebidos pelas "amigas blogueiras". 

Mas como vocês sabem não basta postar os selinhos, tem que realizar uma pequena tarefa rs Então, vamos lá:


1) Falar do blog que mandou o selinho:
Faz pouco tempo que conheço o blog da Sarah. No entanto, sempre que há um post vou correndo dar uma espiada e fazer meus comentários. Posso dizer que é um dos meus blogs preferidos. Costuma contar as aventuras do pequeno Bento. Um menino lindo, com cabelos loiros e cacheados. Fofo demais! 

2) Postar em seu blog o selinho com o link do blog.  Ok!

3) Escrever 5 coisinhas que seu baby faz que você acha mais fofo:
Bom, já que tenho dois filhos escolhi para falar do Thomas (o que era bebê até pouco tempo atrás):
- O sorriso. Sempre está sorrindo!
- Alegria. Irradia alegria, sempre muito feliz.
- Quando anda de costas em minha direção para sentar no meu colo. 
- Quando peço um beijo e ele dá o rosto. 
- Quando ele come sozinho.

4) Dizer por que você se acha uma mãe coruja:
Porque amo de paixão meus filhos. Adoro ficar bem pertinho deles. Porque sinto falta deles quando estão na escola, quando Felipe está na casa do colega brincando. Porque gosto de protegê-los o tempo todo, talvez em excesso. Enfim, assumo que sou uma mãe coruja, ainda mais agora que vivo a maior parte do tempo para eles. 

5) Oferecer a 15 mamys e avisá-las. São muitas, hein!? Mas vamos lá. Oferecerei para as donas dos blogs que acompanho freqüentemente. Sei que algumas não gostam de selinhos, outras talvez não tenham tempo e interesse para postar, mas o que vale realmente é a intenção. 

1. Anne
6. Mari
10. Carol
11. Sandra
13. Dany
15. Lu

Outro selinho:


Esse selinho a Sarah ganhou da Micheli e me indicou para recebê-lo também. Um selinho criado pela Micheli e que vem com uma brincadeira divertida: fazer 10 perguntas para o filhote e anotar as respostas dele, para depois compartilhar no blog. Foi divertido perguntar para o Felipe. Vejam as respostas.

1. Minha mamãe é... você (disse olhando e sorrindo para mim).
2. Minha mamãe gosta de... de mim!
3. Que cheiro a mamãe tem... de flor.
4. Mamãe gosta de comer... Demorou para responder e depois disse o que ele mais gosta de comer: macarrão.
5. Onde gostamos de passear... no parque.
6. Ela trabalha... (não respondeu).
7. O que a mamãe mais gosta de fazer... Nessa hora chamou o papai para ajudar a responder. Aí não vale, né?
8. A mamãe fica brava quando eu... bato no Thomas.
9. O que mais gosto na mamãe... quando brinca comigo.
10. Um presente para a mamãe...um livro.

Agora, devo indicar 10 pessoas para receber o selinho. Indico as mesmas de anteriormente. Pode ser?

Mais um selinho. Oba!

Também ganhei da Sarah.



Dessa vez recebi acompanhado de um questionário:

1) Por que entre tantas atividades você prefere ler?
Porque ler é um divertimento para mim. Através da leitura imagino, sonho, idealizo, aprendo...

2) Por que gosta de ler livros? (ao invés de ler na internet)
Porque nada melhor do que ter um livro nas mãos. De poder voltar e pular páginas.

3) Por que comprar livros?
Porque amo ter livros. Por que adoro reler, folhear sempre que quiser.

4) De onde vem seu incentivo de leitura, blogs literários tem alguma influência nele?
Sempre tive o costumo e depois que passei a ser professora a minha paixão aumentou.

5) Você lê o que está na moda ou segue algum escritor que te agrada?
As duas coisas.

6) Ler um livro atrás do outro faz bem?
Sim. Apesar de não fazer sempre isso.

E agora as regras do desafio:

1) Indicar cinco blogs:

- Super Duper

- Viajando na Maternidade

- Mamãe tá ocupada!

- Mãe de Duas

- Diário de uma mãe Polvo!

2

Manha? Personalidade? O que será?

O tempo está passando rápido demais. Além de ficar mais velha os meus filhos estão cada dia mais crescidos, independentes e sapecas. Será que isso é um bom sinal? Tenho lá minhas dúvidas. Considerando meu aniversário de 30 e poucos anos prefiro nem comentar rs rs rs rs Agora, pensando nos meus filhos vejo como tudo está diferente. Como estão mudando, crescendo e se desenvolvendo. Tanto que já estou naquele momento da vida no qual preciso tomar uma decisão, já que a idade não permitirá adiar muito. Imagina o que seja? Isso mesmo, estou pensando seriamente se teremos outro filho. Pois além da idade, tem o fato de que sempre quis ser mãe “nova” e ter os filhos com idades próximas. Mesmo não conseguindo fazer isso com os meninos. Então, agora que o Felipe está com 4 anos e Thomas com 1 ano.... talvez seja a hora de tomar a decisão. 

Mas não estou aqui para ficar lamentando como o tempo passa rápido ou mesmo se terei outro filho. Pois para isso preciso amadurecer a idéia, considerar onde estou vivendo atualmente e outros fatores.

O que está realmente chamando minha atenção nesse momento é como de uma hora para outra o Thomas vem me surpreendendo com seus avanços no desenvolvimento. Como é bom acompanhar passo a passo!

Mas se por um lado observo as mudanças diárias como o crescimento, no qual a barriga está diminuindo, a presença de dois dentinhos superiores, o incomodo por conta de outros tantos que estão para nascer, percebo também uma mudança repentina na postura. Algumas atitudes que mostram um pouquinho da personalidade, algumas influenciadas pelo irmão mais velho e outras talvez por conta da escola. 

Thomas sempre foi um bebê muito tranqüilo, sorridente e bonzinho demais. Mas não é que de um dia para o outro começou a colocar as manguinhas de fora. O que é natural, não é mesmo? Já que a cada dia uma nova descoberta. 

Descobriu que pode mexer em tudo. Pelo menos acha que pode fazer isso. Abrir todos os armários e gavetas. Pegar tudo que está dentro deles. Não para mais! 

Outra coisa que está gostando muito é provocar o pequeno Felipe. Sempre que o mesmo está brincando com carrinhos ou com a pista de trem Thomas resolve ficar no meio, pegar o carro do irmão e jogar longe. Dá para acreditar?! Dá a impressão que Felipe precisa brincar só com ele e com mais ninguém; independente de qual seja o brinquedo.

Nessas situações, hora de abrir a caixinha de mil e uma estratégias e condutas que consideramos corretas como, por exemplo: colocar limite, explicar ao irmão mais velho que o irmão ainda é pequeno, dizer que não pode, tirar da situação e tantas outras ações. Caso contrário, hora de revidar o que o irmão fez... 

Outra mudança que notamos foi a expressão do rosto. Sempre muito sorridente, mas agora tem experimentando testar os nossos limites; além das expressões faciais. Ora sorrindo, gargalhando, ora fechando a cara e fazendo a melhor expressão de menino bravo. Mas, logo que olhamos seriamente para ele começa a sorrir novamente. Divertido demais! E o que fazer nessa hora? 

Fico questionando se os reais motivos dessas expressões e atitudes estão relacionadas a pura manha, ao desejo de querer mais e mais a presença da mãe. Pois, por exemplo, quando o repreendemos dizendo que não pode mexer em algo, logo a mania da vez aparece, Thomas se joga para trás. Dá uma aflição e um medo de que possa se machucar. A tendência é se estiver sentado se jogar para trás, se estiver em pé andar para trás. E detalhe: só faz isso em casa.

Espero que seja apenas uma fase, que esteja experimentando e testando os limites. Talvez pura manha, querendo chamar atenção do irmão e da mamãe. Ouuuuuu personalidade! Será que está assim... mostrando um pouquinho de como são os pais?  rs rs rs  Ai essa história de tem para quem puxar!



3

Hoje é dia de festa!

6

Brincadeira da vez




7

Você fez a escolha certa?

Ser madrinha de casamento ou de batismo é uma honra para mim. Sempre fiquei encantada a cada convite recebido por familiares ou amigos. Quando você é escolhida ou escolhe alguém para ser madrinha e padrinho do seu filho implicitamente tem uma série de sentimentos e responsabilidades por trás disso. Considero que não é uma escolha fácil, já que não é possível ficar mudando de uma hora pra outra. Deve ser visto como uma escolha para a vida toda.

No entanto que muitas pessoas preferem escolher para essa função pessoas que já fazem parte da família, pois independente de qualquer discussão ou confronto de idéias as mesmas estarão por perto, possuem o mesmo sobrenome e a chance de romperem o vínculo é bem mais difícil.

Os padrinhos são escolhidos por serem pessoas próximas e que possuem proximidade afetiva com o casal. Eles tem funções importantíssimas nessa relação, já que são praticamente os segundos pais da criança e que tem como responsabilidade também zelar pela educação e criação. Vai além de um simples contato ou mesmo presentear as crianças. Deve-se considerar que os padrinhos tenham valores, pensamentos próximos aos dos pais das crianças e que também estejam próximos para participarem dos momentos da vida dela.

Considerando tudo isso, tem dois aspectos que desejo aprofundar. Primeiro é o fato dos padrinhos serem pessoas da família. Bom arrisquei nas minhas escolhas fazendo o convite para outras pessoas. Primeiro porque considero que meus familiares já fazem parte total da minha vida e dos meus filhos, segundo que considero esse convite um belo presente para alguém que gostamos tanto. Sendo assim, para meus dois filhos, escolhi amigos para serem os padrinhos. Saberia que correria o risco para a vida toda, mas de verdade arrisquei. E até agora, acho que acertamos! Ufa! Que bom!

Mas aí que tem outro fator fundamental para a escolha dos padrinhos: serem pessoas próximas. Mas e agora? Na verdade, quando escolhemos os padrinhos do Felipe eles estavam bem pertinhos e tínhamos um contato próximo demais, apesar de algumas discussões que tivemos e de outros contratempos do dia a dia. Mas algo aconteceu na nossa vida e mudamos de país. Esse acontecimento trouxe grande preocupação em deixarmos as pessoas que tanto gostamos longe de nós. Mas é a vida!?!

Com isso, arriscamos e escolhemos novamente amigos para serem os padrinhos do Thomas. Ambos também do Brasil. Também como esquecer e viver sem as pessoas que são tão importantes na nossa vida? Só aproximando mesmo através desse vínculo de serem os segundos pais.

E agora que com tudo isso temos uma grande tarefa. Não deixarmos que esse vínculo entre amigos se perca com o tempo, não deixarmos que a vida corrida faça com que não haja proximidade entre os padrinhos e nossos filhos. Um desafio para os pais! Um desafio para os padrinhos! Um desafio para nós que também temos afilhados no Brasil! 

Considerando essas circunstâncias começamos a cuidar disso. Pra falar a verdade, recebemos a maravilhosa visita dos padrinhos do Felipe. Disseram que viriam e dito e feito. 

Foram alguns dias de muita alegria para todos nós. Pudemos matar as saudades, darmos boas risadas e lembrarmos dos velhos tempos. Mas nessa história, o principal foi ver a relação dos padrinhos com o Felipe e vice-versa. Uma grande alegria para os pais. 

Felipe com apenas 4 anos ainda não sabe o significado de padrinho e madrinha na importância da vida dele. Porém, curtiu muito a presença deles no qual pode brincar, conversar, passear e aprender a chamá-los pelo nome. 

Acredito que meus filhos sempre receberão muito bem as visitas que vierem do Brasil, sejam elas familiares ou amigos. Afinal de contas, é uma novidade e algo diferente na casa. Acordar, conviver diariamente e tudo mais. Agora, independente disso, será algo cuidado pelos pais, cultivado para que jamais seja esquecido. Queremos que tenham uma ótima relação com as pessoas maravilhosas que escolhemos para serem padrinhos. Uma boa relação com as pessoas que são importantes na nossa vida e que estão longe. E sabe-se bem que enquanto são pequenos, cabem aos pais essa tarefa. Não é mesmo?


 
5

Blogagem Coletiva: Pediatria


"- Hoje vou no médico!"

Na saída da escola: "- Papi schneller schneller gehen wir zum Artz". (Papi rápido rápido vamos para o médico).

Chegando no consultório: "- Vamos brincar de Bahn?" Felipe senta no chão e começa a brincar na sala de espera. Brinca com Bahn (trem com pista de madeira), faz desenho e quando chega a hora de ir para a sala da médica diz: "- Ahhhhhhhhhhhh não quero!"

Mas logo pergunta: "- Qual sala? Essa mami? Ou essa? Vamos na sala do trem?" (sala que tem uma cama em formato de trem). 

Na sala brinca, brinca e brinca enquanto espera a médica chegar.

Mas logo chega a auxiliar da médica e convida Felipe para medir a altura e pesar.

Quando a médica chega fica ao lado dela ouvindo com atenção toda a conversa. Conversamos com ela sobre nossas dúvidas, respondemos algumas questões específicas a respeito da personalidade, rotina e alimentação do Felipe.

Em seguida, hora de ser examinado.  Primeiro hora de colocar o estetoscopio. Felipe fica quietinho só aguardando. Depois hora de abrir a boca e colocar um pouquinho a língua para fora. Depois hora de ver os ouvidos. Em seguida, hora da conversa. Sobre a escola, sobre os amigos e brinquedos que mais gosta. Depois hora de avaliar os reflexos. No joelho, no cotovelo, no pé...

"- Ah, me mostra se você sabe fazer isso: Felipe pula comigo, agora anda na pontinha do pé, você sabe pular com um pé só?"

Em seguida, faz as anotações no caderno (Kinder-Untersuchungsheit) e comentários a respeito do Felipe.

Por fim, "- Felipe você quer Gummibärchen?" Logo, come duas balinhas e volta feliz para casa.

Felipe gosta bastante de ir ao médico. Não somente para ganhar as balinhas de ursinho, porém sente-se bem, interage com a médica e brinca em ambientes diferentes dos habituados.

No Brasil, também era assim. Felipe gostava de ir ao médico, porém era pequeno e a interlocução e postura era muito diferente.

Hoje diz que gosta de ir ao médico, algumas vezes pede para levarmos e para tomar remédio, por exemplo: quando está com dor de barriga ou mesmo dor de garganta. É engraçado,  lembra dos remédios e fica na marcação para tomá-los. Nós não estamos acostumados a dar remédios. Procuramos seguir um caminho mais natural possível. Mas quando não há melhora, a depender da gravidade, não tem como e temos que recorrer a eles.

Logo que chegamos aqui na Alemanha tivemos uma ótima indicação de pediatra. Estamos contentes, apesar das pequenas diferenças. Sabemos que há em todo lugar, se compararmos com os médicos do Brasil. Talvez menos acolhedores, talvez mais sérios e somente médicos. Isso mesmo! São médicos pediatras, diferentes de terapeutas e babás. Uma relação mais distante, no qual realizam o trabalho a fim de garantir uma boa consulta e avaliação do desenvolvimento das crianças. Por sinal, percebo que é padronizado o que será cuidado e olhado em cada consulta. Por conta, dos Us que as crianças realizam periodicamente os pediatras já sabem exatamente o que deve ser olhado em relação ao desenvolvimento. Geralmente seguem fielmente.

Conheça a tabela dos meses correspondentes para a realização de cada U (encontro com o pediatra para ser examinado). Os pais são obrigados a levarem os filhos, caso contrário correm o risco do filho não ser aceito nas escolas de Educação Infantil.

Há dois planos de seguro saúde: o privado e público. Agora, se vocês me perguntarem qual é a diferença digo que é muito pequena. Tanto tendo um, como o outro as pessoas tem direito aos mesmos hospitais e médicos. Isso é muito bom! Independente do seguro saúde há igualdade no atendimento. Existe a preocupação com o bem estar e saúde do paciente, independente se o mesmo é um operário ou dono de empresa. 

Uma pequena diferença entre eles, assim como no Brasil, é o pagamento. As pessoas que optam pelo plano público realizam um pagamento fixo independente da quantidade de filhos. Ou seja, paga-se por um plano familiar. Enquanto no privado o cálculo é realizado por pessoa. 

Uma curiosidade interessante é que precisamos de receita médica para todos os medicamentos. Um controle e cuidado fora do comum. Não dá para se auto medicar ou sair comprando o que faz bem nos momentos de dores.

Sendo assim, senti falta de algumas coisas que estava acostumada no Brasil. Alguns medicamentos básicos para febre, nariz, dor de cabeça entre outros. A solução no início foi usar os medicamentos de costume no Brasil e, após um tempo, solicitar para o pediatra os principais para possíveis imprevistos e acontecimentos.

De modo geral, tenho uma ótima avaliação dos médicos e pediatras. Apesar da distância com o paciente / pais e de termos médicos específicos para tudo há uma boa avaliação e acompanhamento do desenvolvimento da criança. Assim não tem como gostar, pois o que vale realmente é garantir a saúde dos filhos e ter alguém para recorrer nos momentos de desespero e preocupações da mãe. Isso eles fazem! Garantem um ótimo atendimento!

Conheça também como são as consultas com os pediatras em outros países. Para isso é simples, basta clicar aqui e escolher por onde quer começar.
8

Um, dois ou três filhos?


Como acontece na Alemanha! Qual é a média de filhos por família? Quais são os aspectos que influenciam a escolha dos pais em terem filhos? Os aspectos relevantes de ser mãe de um, dois ou mais filhos? Alguns pensamentos! Hoje estou no Mães Internacionais falando sobre isso.

Dá uma passadinha por lá e depois deixa eu saber o que pensa sobre tudo.




0

Pipoca dente

E não é que tem uma tremenda relação? Meses atrás, enquanto estávamos no inverno, naqueles dias bem frios, fizemos pipoca para comer assistindo DVD. Não é algo que fazemos com frequência, mas estávamos com vontade lembrando das enormes pipocas das portas do cinema em São Paulo. As crianças estavam por perto. Thomas nem sabia o que era e também não apresentamos. Felipe experimentou algumas e desistiu logo. Não foi um atrativo para ele.

Mas esses dias lembrei do dia que fiz pipoca. Então, vamos a retrospectiva. Lembro de ter colocado um pouquinho de manteiga na panela. Esperar a mesma derreter e, em seguida, colocar um pouco de milho. Estava com água na boca, esperando que ficasse pronta rapidamente e crocante, daquele jeito que conhecem bem. Mas não é que demorou muito para estourar. Aquilo que estava imaginando demorou para acontecer. Acho que o milho estava velho. Insisti, comecei a balançar a panela, comecei a cantar a música da Maria Sororoca e nada. Depois de muito tempo, quando estava desistindo começou a estourar. Estourou uma, duas, três e quando vi a panela estava cheia.

E é exatamente isso que está acontecendo com o Thomas. Vejo que está cheio de grãozinhos brancos em sua gengiva. Todos de uma vez, praticamente um ao lado do outro. Estão pipocando de uma hora para outra. Bastou o primeiro, para o segundo começar a apontar.

Aquela história e todo conhecimento sobre a dentição aqui em casa não dá para seguir fielmente. Dizer que o primeiro dente aparece por volta do sexto ao oitavo mês de vida. Que primeiro nascem os dentes do meio na arcada inferior e somente depois os dentes do meio superiores.

Acredito que a velocidade e ordem de nascimento dos dentes varia de criança para criança. Que tudo pode acontecer em tempos diferentes: assim como outros aspectos relacionados ao desenvolvimento da criança.

Uma surpresa para nós! Está acontecendo com o Thomas assim como foi para o Felipe. Felipe comemorou o aniversário de 1 ano sem dente algum na boca. Thomas também e somente agora que está com 1 ano e 4 meses podemos ver os dois dentes do meio superiores apontando. Detalhe: os dentes superiores!

Será que tem haver com os pais? As avós dizem que nossos dentes também demoraram para nascer. Será algo que passa de mãe / pai pra filho? kkkkkkkkkkkk

O fato é que Thomas até então pensava que estava tudo em ordem com a boca. Pensava que era apenas para receber o alimento, para imitir sons, para ter o primeiro contato tão precioso com a mamãe. De uma hora para outra, descobriu que tudo não é tão simples assim.

Está percebendo que algo mudou, trazendo profunda irritação, choro, vontade de coçar e colocar tudo que há pela frente para dentro a fim de aliviar um pouco o estouro das pipocas.

Agora,  como aconteceu com seu filho? Me conte qual foi o maior estouro (acontecimento) até a idade que se encontra.


  
  
4

Até quando?

Essa semana foi dia de comemoração, afinal 8 anos de casada não dá para passar em branco. Não é mesmo? Ainda mais depois de 2 anos vivendo na Alemanha... risos Quem me conhece sabe bem o quanto foi difícil esse processo de mudança e toda a adaptação. E se assim posso dizer, ainda considero que estou me adaptando, pois cada dia é um novo desafio vivendo nesse país, cada dia uma nova tarefa para dar conta. Tem hora que prefiro pensar que estou sonhando. Toda minha adaptação, o período de gestação, o nascimento do Thomas, o pós nascimento, agora com dois filhos, interfere muito no dia a dia e na vida de um casal.

Já tive muitos momentos angustiantes, de tristeza profunda e desanimo. Mas também lembro de coisas boas que aconteceram nesse período, tanto que se você perguntar: Se você tivesse a oportunidade de voltar hoje para o Brasil o que você faria? Confesso que tenho dúvidas e que de imediato a resposta seria NãO! Primeiro porque acho que ainda é cedo para desistir e voltar para o meu país de origem. Penso que não dá para voltar com a sensação de não ter alcançado alguns objetivos que coloquei quando decidi vir para cá. Segundo porque considero que a vida aqui é muito, mas muito diferente da vida que tinha no Brasil. E lógico que não penso somente em mim. Agora, meus filhos tomam conta de quase todos meus pensamentos e decisões. Penso como seria nossa vida no Brasil, como meus filhos seriam crianças vivendo no Brasil, penso na mudança que faríamos novamente; enfim, penso, penso, penso demais em todos os detalhes, em como tudo seria para mim (aqui refiro-me exclusivamente ao meu jeito de ser, a minha própria identidade, sozinha, sozinha e sem influência de ninguém), como seria para meus filhos, meu marido, em todos os fatores externos, em tudo que já vivi no Brasil. Ah, muito complicado! Uma decisão muito difícil!

Por um lado, pesa o quanto ficaria bem no Brasil ao lado dos familiares e amigos. Poderia voltar a trabalhar. Algo que gostava muito. Mas hoje não consigo me imaginar trabalhando, tendo menos tempo para meus filhos. Uma decisão difícil que tive que tomar, mas que valeu muito a pena e não tem salário que compense estar ao lado deles, acompanhando cada conquista.

Então, já que a princípio estou em cima do muro o que me resta fazer é continuar dando conta dos inúmeros objetivos que lancei para minha vida na Alemanha. Dar conta de cuidar de mim, ser mãe, ser mulher com inúmeros sonhos, esposa, dona de casa, estudante, filha e amiga. Enfim, para cada item tem várias metas. Não é mesmo? Agora, a pergunta que não quer calar. Será que estou dando conta?

Tem dia que a impressão que tenho é que tudo está escorregando pelas minhas mãos e que estou deixando a desejar. Como é difícil conseguir fazer tudo que faz parte da rotina. Será que estou sendo muito exigente? Será que é muita cobrança? Ou apenas muita coisa para fazer em apenas um dia? Muita coisa para uma pessoa dar conta sozinha?

Há pouco tempo retomei o curso de alemão e percebi que o dia não passa, simplesmente voa. Um cansaço fora do comum que não sei de onde tiro força e coragem para acordar no dia seguinte pensando que tudo será parecido ou talvez pior, ou até quem sabe melhor. Pensamento positivo é tudo na vida...

Então, quando tenho um dia parecido como esse no qual acordo às 6h30, tomo banho, coloco roupa nos meninos, tomo café, arrumo o material do curso, deixo o Felipe na escola, enquanto o Boris deixa o Thomas (as escolas são próximas), deixo o Boris no trabalho, vou para o curso de alemão (quase chegando atrasada), saiu do curso, passo rápido no supermercado para comprar algumas coisinhas que estão faltando, volto para casa, engulo algo enquanto descanso meia hora, leio alguns blogs que adoro, ops paro para separar algumas frutas, em seguida busco os meninos na escola, dou fruta e suco no caminho ou mesmo no consultório médico, volto para casa, corro para colocar roupa na máquina, fazer o jantar, dar banho nos meninos, dar o jantar, jantar também, conversar com o marido, ajudar a colocar os meninos na cama, ler história, tomar banho, fazer "599" páginas de lição do alemão, escrever no blog, comentar os meus favoritos, dormir, dormir pouco pois já é quase hora de levantar; tenho a seguinte questão: Até quando? Será que aguentarei tudo isso por muito tempo?

Na verdade, acho que já tenho a resposta. Acho sim que dou conta de tudo e que conseguirei viver dessa maneira com a organização que tenho feito. Porém, o que anda incomodando mais é não ter tempo para estudar alemão como deveria. Imaginem só, vou para o curso todo dia, no período das 8h45 até às 12h45. Além disso, tenho inúmeras lições para fazer em casa. Mas pensam que é o bastante? Não o suficiente para sair falando alemão. Tenho que estudar muito mais. E agora, cadê o tempo? Olha, que língua difícil de aprender! Fora que é uma confusão só. A depender do tempo verbal o verbo vai no final da frase, são inúmeras preposições que combinam com o artigo das palavras. Poderia descrever muito mais o funcionamento dessa língua. Mas, não é o caso ou você também quer aprender alemão? rs

Bom mas foi apenas um pensamento que passou por aqui e uma vontade imensa de saber Até quando? Até quando será assim? Quando darei conta das inúmeras tarefas que tenho diariamente? Quando estarei adaptada vivendo nesse lugar? Quando estarei realmente falando alemão?
2

Jamais esquecerei...



 
7

Soltando a língua


Para quem acompanha freqüentemente a leitura dos meus posts sabe que vira e mexe eu conto sobre as descobertas e histórias do Felipe falando alemão e português. Se você ainda não teve a oportunidade de conhecer algumas histórias divertidas é simples. Clique aqui e conheça algumas situações nas quais vivenciamos a confusão do Felipe quando e como falar em alemão ou português. Depois clique também aqui e conheça como foi quando a vovó do Brasil chegou falando e entendendo somente português. Afinal, alemão não é fácil. A vovó tentou, mas viveu momentos angustiantes no qual Felipe insistia em falar somente alemão com ela. 

Foram 40 dias e durante esse tempo houve um grande progresso. Primeiro Felipe falava somente alemão com a vovó, depois passou a falar algumas palavras em português parecendo que havia compreendido que a mamãe (no caso EU) não era a única que falava somente português com ele. E no final conversou numa boa falando somente em português com a vovó. 

Isso não quer dizer que antes Felipe não falava português. Ele falava palavras soltas, apresentando um pequeno vocabulário e organizando pequenas frases. 

Mas agora deu um grande salto. Começou a falar mais em português. Mesmo porque sabe-se que o alemão predomina na escola, no convívio com as pessoas, na televisão, enfim; no lugar onde mora. 

Como é importante que haja contato e incentivo com o idioma que desejamos que aprenda. Felipe tem uma série de livros, Cds de música e DVDs em português, porém confesso que nada mais eficiente do que o contato direto com pessoas que falam a mesma língua.

Posso dizer que Felipe está tendo um “curso intensivo”. Primeiro a presença da avó do Brasil e, agora, os padrinhos. 

Está sendo divertido vê-lo conversando com os padrinhos. Com essa situação diferente acabo prestando mais atenção na maneira como conversa e conta as coisas que acontecem. A impressão que tenho é que quando estamos conversando tudo torna-se automático a minha percepção. Além é claro, do pequeno sotaque. Filmarei para verem o Felipe falando português. Praticamente um alemãozinho.

Para terem uma idéia de como está organizando o pensamento e as falas conheçam algumas palavras e pequenas frases. Uma mistura entre alemão e português, no qual está conhecendo a língua portuguesa e experimentando a pronúncia das palavras. 

“- Meu bariga!”

“- Padinha!”

“- Meu cabeça”.

“- Eu sabe desce sozinha”.

“- Mami como faz pinguim em alemão”. (Quer dizer, como fala)

“- Eu vai te bate você”.

“- Siiiiiiiiiiiimmmmm!” (grande entonação reforçando o que quer dizer. Sempre diz nos momentos  que é contrariado).

“- Ohhh menino”.

"- Moleca!"

“- Fica segurando meu mão”.

“- Olha meu flor eu fez no meu escola”.

“- Acho que o mamãe sabe...”.

“- Mami, mami!!!" (ai a mamãe não responde. Não porque não quer, mas porque não ouviu. Logo pensa que terá que falar em português, então berra) Mamãe! Mamãe!” 
7

Segunda visita


Esse é o motivo número 594537890 pelo meu sumiço e do blog ter parado no tempo...risos 

Na semana passada os queridos padrinhos do Felipe chegaram do Brasil. Vieram matar as saudades dos amigos e também curtir o afilhado. E dá pra ver como o pequeno Felipe está curtindo, não é mesmo?

Está adorando brincar, conversar em português e principalmente passear ao lado e no mesmo carro. Como é gostoso ver a alegria do filho com tanta novidade. Uma grande aproximação com pessoas tão queridas como essas... amigos, amigos que viraram padrinhos e que agora fazem parte da nossa família.

Então, vamos aproveitar!!!

Mas essa semana tem novidades. Voltarei a contar sobre as aventuras da nossa família vivendo na Alemanha.
 
   
4

Um dia de Rei


Você já teve um dia de rainha? Já deu um dia de rei para seu marido? E as crianças, você acha que elas são ou devem ser consideradas rainhas / reis? rs

Pois bem aqui na Alemanha e, que eu saiba até então na cidade onde moro, tem um dia especial para as crianças, nas quais são consideradas rainhas ou reis. Acredite! Sabe quando é essa data? No aniversário! Sabe onde elas são nomeadas reis e rainhas? Na escola!

Você pode pensar que já falei demais sobre o aniversário do Felipe, mas esse acontecimento não poderia deixar de contar. Uma curiosidade! Talvez você ache interessante. Outra ache estranho demais. Talvez dê risada e ache bonitinho isso acontecer para a criança. Mas confesso que tenho lá minhas questões.

No ano passado, quando vivi esse acontecimento pela primeira vez, juro que fiquei de boca aberta. Sei lá, não gostei. Achei muito estranha a postura da escola nomeando e destacando o aniversariante. E se pensarmos bem, para que? Por que fazer isso? Será que contando não seria melhor? Marcando no calendário? Será que os colegas nesse dia são os serviçais do meu filho? Fazem tudo para ele?

Quando trabalhava no Brasil tive uma experiência diferente, no qual tinha uma pequena comemoração. Ponto. Mais nada. E olha lá se havia permissão para presentes.

Na escola (Kinderkrippe) que Felipe freqüentou ano passado funcionava da seguinte maneira: no dia do aniversário o mesmo poderia levar alguns comes e bebes. Nada de incentivo as outras crianças para darem presentes. O que acho muito bom! Mas, veja só que furo. Felipe voltou para casa com um presente dado pela escola. Algo pequeno e significativo, mas que não tinha necessidade alguma.

Agora, quanto a coroa (Krone) as crianças ganham da escola (para que participar do momento de fazer, não é mesmo? O importante é ficar tudo bonitinho e isso aos olhos da escola, pois tenho certeza que as crianças pensam diferente). Então, as crianças ganham e usam no momento do Parabéns e durante a pequena comemoração. O que acham disso?

No ano passado tinha até uma cadeira especial, tipo cadeira de rei. Não acreditei no que vi! Tudo muito diferente e esquisito para mim.

Não é que esse ano tudo se repetiu. Estava esperando o Felipe sair da sala quando de repente olho e vejo uma coroa em sua cabeça. Dei risada!

Acho mesmo que elas incentivam a posição de destaque, que querem diferenciar de alguma forma uma criança da outra nessa data especial. Mas será que precisa de tudo isso?

O engraçado de tudo é que as crianças assumem uma postura diferente. Vejam aqui o vídeo do aniversário do Felipe. Não parece mesmo um Reizinho. Olhando para as pessoas, esperando todas prestigiarem esse momento cantando a música dos Parabéns. Isso aconteceu em casa, sem coroa. Agora, imagina na escola com todo ambiente organizado e "fantasiado" rs Queria ser uma mosca para ver como realmente acontece.

Se pensarmos bem é somente um detalhe. Apenas uma forma de mostrar aos outros quem realmente é o aniversariante (que na minha opinião não é necessário). E as crianças? As crianças gostam, viu!? Elas se acham... ficam felizes, curtem colocar a coroa na cabeça e mostram para todo mundo. Fazer o que... Que vivam esse mundo da fantasia. Vou pensar que tudo não se passa de um jogo simbólico.

E você, o que pensa sobre essa história? Já imaginou isso acontecendo na escola do seu filho? Como reagiria?
10

Despedida

Como é difícil uma despedida. Depois de 40 dias juntas hoje minha mãe voltou para o Brasil. Que tristeza a hora que vi entrando no carro para ir para o aeroporto. Não me contive e foi muito difícil. Por um instante olhei para o carro, olhei para ela, falei novamente tchau e depois novamente muito rápido comecei a ver o carro sair do lugar. Não queria mais olhar, não queria deixá-la me ver com expressão de tristeza e choro. Logo com o Thomas no colo entrei em casa e comecei a chorar. Chorar, chorar muito! Que aperto! Que difícil! Uma situação incontrolável.

Durante o convívio diário tivemos muitos momentos de alegria, mas também muitos momentos de discussões. Afinal, assim como dizem, por sermos muito parecidas, acabamos tendo um jeito nada fácil de lidar e falar certas coisas. Tudo que faz parte de uma relação entre pessoas. Mas como mãe, muitas vezes dói demais ouvir certas coisas do filho e vice-versa. Idéias, pensamentos que devem ser guardados. Que devem ser colocados distantes da relação entre mãe e filho, porém muitas vezes escapa, muitas vezes quando pensamos, já falamos... Um aprendizado constante! Um aprendizado diário ser mãe e também filha.

Agora que sou mãe e tenho dois filhos fico pensando em tudo que minha mãe falou, tento entender um pouco de tudo, pois sei que mãe só quer o bem do filho, um bem maior no qual o amor fala mais alto em todas as circunstâncias da vida.

Agradeço imensamente a minha mãe! Agradeço imensamente a visita e o tempo que esteve conosco. Sem dúvida alguma, foi muito bom para meus filhos ficarem ao lado da avó. Eles curtiram e tenho certeza que também sentirão muita falta. Falta dos momentos em que estiveram ao lado dela, no qual brincaram de fazer uma pista de carros no sofá, ficaram no colo, receberam um carinho tão imenso e foram ao balanço com ela. Não tem alegria maior do que ver nossos filhos felizes e sorrindo.

Infelizmente sempre fico com a sensação de algo ter faltado, um sentimento de não ter feito tudo que queria, de não ter conversado o suficiente, de não ter curtido tanto como poderia. Como o ser humano é difícil. Como os sentimentos tomam conta, como as falas pesam entre nós. Mas sei, sei que devo olhar para tudo que vivemos e ficar feliz por tudo que fizemos juntas. E, assim como meu marido falou, foi bom, foi muito bom, mas agora tudo continua; por isso é importante não dar tanta importância as mínimas coisas que acontecem na vida. O importante é viver e ser feliz! Viver muito bem um dia de cada vez! Tudo a mais pura verdade.

Por isso, guardarei essa fala e também essa frase:

“Não chore nas despedidas, pois elas constituem formalidades obrigatórias para que se possa viver uma das mais singulares emoções da vida: O reencontro” (Richard Bach)

E é justamente isso que deixarei em minha memória. Pensarei que logo terei um reencontro e que, por enquanto, guardarei com carinho as boas lembranças: como o momento em que tomávamos café juntas, em que esquentávamos uma o leite da outra, em que conversávamos sobre a nossa vida e da família, em que trocávamos idéia do que seria feito de almoço para as crianças, em que combinávamos os passeios que faríamos e quando conversávamos sobre os planos da minha visita ao Brasil. Tudo muito gostoso!

Agora, ainda muito recente, está faltando alguém em casa. Está faltando minha mãe. Minha mãe sentada ao meu lado, enquanto escrevo no blog. Minha mãe deitada ao lado do Felipe para dormir, minha mãe tomando chá de maçã conosco, minha mãe, minha mãe... 

Mas que bom que pude viver isso. Esse vazio aos poucos será preenchido com tantos afazeres que tenho vivendo aqui na Alemanha e as lembranças ficarão na memória, aumentando ainda mais as saudades. Um amor entre mãe e filha, um amor que sabemos que só as mães tem pelos filhos.

6

Hora de escovar os dentes, fazer xixi e ler um livro



Hoje foi dia de postar no Mães Internacionais. Decidi falar sobre a Hora da História para meus filhos e, especialmente, para o Felipe.

Folhear livros, ler histórias, olhar as ilustrações fazem parte do dia a dia. Sendo assim nada melhor do que falar sobre a importância da Leitura e de como podemos despertar o gosto para tal atividade mesmo tendo que conciliar duas línguas. No meu caso alemão e português.

Para conhecer um pouquinho da minha experiência clique aqui e aproveite para compartilhar como acontece na sua casa. Adorarei saber!



 
0