Aulas de Alemão

Thomas está encantado com os livros infantis. Feliz da vida olha o mesmo livro um milhão de vezes, passa a mão nas páginas dos livros interativos, com diferentes texturas. Os livros que só possuem imagens são os seus preferidos, principalmente esse dos meios de transporte. Thomas aponta e fala sozinho o nome. Outras vezes, fica chamando, gritando: “- Papaaiiii!”, “- Mamaaiiiii!” para vermos juntos, falarmos os nomes dos meios de transporte confirmando o que já sabe e está apontando.

E nesse vai e vem vejam só que graça... Uma descoberta e tanto! Agora, agüenta na rua, pois Thomas vê um caminhão, um trem e já começa “- Papaaiiiiii!” ou “- Mamaaaiiii!” “- Bahn! (trem)”, “- Bus! (ônibus)”.




14

St. Martin: Festa da Lanterna



Tenho que registrar aqui que apesar da correria e do cansaço, também fizemos coisas gostosas e divertidas nas últimas semanas.

Dia 11 de novembro é uma data especial na Alemanha. Nesta data e ao longo de toda a semana são realizadas procissões infantis de São Martinho (St. Martin). As professoras contam uma lenda para as crianças no Jardim de Infância e tem a preparação de uma lanterna para o dia do evento – procissão.

A lenda do Manto e as procissões infantis
A vida do santo foi um tanto movimentada. Nascido em Panônia, hoje Hungria, entrou para o exército romano aos 15 anos. Em Amiens, na França, teria acontecido a cena que deu origem a uma das lendas, e que é representada nas procissões. No rigoroso inverno de 334, cruzou o caminho do santo um mendigo.

Martinho, que estava a cavalo, cortou seu manto em dois com a espada, dando a metade ao pobre para que não morresse de frio. À noite, Cristo teria aparecido a Martinho em sonho, trajando a metade do manto. Desde então, São Martinho foi venerado como a personificação da virtude cristã de amor ao próximo.

Já a partir de uma semana antes do 11 de novembro, escolas e jardins-da-infância alemães entram em grande atividade nas aulas de arte, pois é preciso preparar as lanternas que as crianças fazem e portam nas procissões na Alemanha. Como elas ocorrem a partir das 17 horas, quando começa a escurecer, é preciso iluminar o caminho. "Lá em cima brilham as estrelas, cá em baixo brilhamos nós", canta a garotada. Um São Martinho a cavalo e com manto é outro requisito indispensável. 

Festa da Lanterna, assim como falam...
Acaba sendo um grande evento para as crianças e os pais se divertem também. Pra falar a verdade, não sei o quanto as crianças da Educação Infantil (Kindergarten) compreendem a lenda, toda a história contada na escola e, posteriormente, no dia do evento, na igreja. 

Na igreja tem toda uma representação teatral. As crianças ficam atentas, mas o que gostam mesmo é de passearem no escuro (procissão) com a lanterna que prepararam na escola, compraram ou fizeram em casa.

Quanto a lanterna, encontramos inúmeras para vender. Muitos materiais com manuais para fazermos junto com as crianças. Todo ano também tem a possibilidade de fazerem junto com os colegas e com as professoras. Acho que acabam fazendo muito pouco. Já falei bastante sobre o trabalho de Artes na escola. Pra variar, uma preocupação extrema com o acabamento final. Mas as crianças curtem! Aproveitam e acham o máximo o pouco que contribuem para deixá-la pronta.

Fazemos uma caminhada com elas e depois em volta da fogueira as crianças cantam, celebram, comem um pãozinho e os pais tomam um belo vinho quente. Delícia! Confesso, que apesar de grávida, gosto de tomar um copinho de vinho, dois...

As crianças brincam com a lanterna e os amigos. Os pais se encontram, conversam um tanto sobre a vida e sobre a escola.

Gosto bastante desse encontro. Acho que a lenda traz um tanto de significados importantes para as crianças, sobre o amor ao próximo, sobre ajudar o colega, sobre o alimento...

Fonte: www.dw-wordl.de



13

O tempo e as escolhas


Lá vai mais uma escrever sobre a falta de tempo para escrever no blog e comentar nos posts das amigas! rs

Mas é a mais pura verdade. Que vida corrida!

Tive duas semanas bem agitadas... sem tempo para respirar. Tanto que no último final de semana, quando parei, parei de vez e só queria saber de dormir. Foram dois dias praticamente do sofá para a cama, da cama para o sofá. Não passei muito bem. Levei um susto no final de semana e corremos para o hospital. Algumas dores, mais um líquido inesperado, muito cansaço. Enfim, uma junção de várias coisas. Mas hoje está tudo bem. Recuperada, animada e bebê está ótimo! 

Marido viajou duas semanas... Portanto, sozinha! Só com os pequenos!

Fiquei com Felipe e Thomas...

Com todas as tarefas da casa...

Com todos os compromissos que acabamos tendo quando se é dona de casa e mãe...

Ainda tendo que estudar alemão (fácil, fácil essa língua)...

Tive uma prova no último sábado... portanto, todos os meus horários “livres” acabaram sendo dedicados ao estudo. 

A minha sorte foi que tive apoio nessas duas últimas semanas. Das pessoas que realmente gostam de mim e estão longe, ao mesmo tempo, bem pertinho. 

Lógico que dei uma espiadinha nos blogs das amigas. Comentei alguns... E a saudade como fica?

Foram férias do blog. Desanimei por uns instantes, não tive mais vontade de voltar, mas sempre pensava que seria uma fase. Que no fundo, não conseguiria abandoná-lo. E aqui estou de volta...

Feliz! Feliz! Feliz!

Esse espaço é tão único! Tão único de trocas e reflexões. E vocês, nem imaginam como me fazem bem! 

Um comentário, uma palavra amiga, a preocupação... Obrigada pelo carinho! 
   
13

Consulta e ultrassom

Felipe acordou, trocou de roupa muito rápido e tranqüilo, tomou café para levarmos o Thomas para a escola e seguirmos para o consultório. Estava feliz não só porque iria ver o bebê na "televisão", mas porque passaria a manhã com a mamãe. Criança se diverte com pouco e qualquer passeio é uma festa.

No consultório ficou na sala de espera brincando de lego com o pai enquanto fui fazer exame de urina, sangue, pesar e tudo mais. Quando voltei, logo disse:

" - Mami, você demoro!"

Bom, seguimos para a sala da médica no qual Felipe observou atentamente cada objeto que continha na sala, em cima da mesa.

Quando fomos fazer o ultrassom Felipe ficou do lado super concentrado e sorrindo para mim. Deitei, ele ficou só observando todos os movimentos da médica.

Quando começou a aparecer o bebê na "televisão" logo falamos para ele e começou a olhar. Acredito que tenha entendido pouco de tudo que viu, mesmo porque naquela tela preto e branco pouco se dá para uma criança identificar. Mas ficou do meu lado, feliz por fazer parte desse momento junto com os pais.

Quando terminou a consulta logo ele falou que estava feliz, pois tinha visto o bebê na "televisão".

Do nosso ponto de vista, foi bacana pois Felipe matou a curiosidade de ir ao consultório e ver o bebê. Consideramos importante que possa acompanhar desde sempre tudo que se passa entre nós. Agora, a consulta em si e o sexo do bebê, foram…

Nem daria notícias para vocês, pela correria que tem sido o dia e porque geralmente escrevo a noite ou no final de semana, mas imagino que muitas que assistiram o vídeo de ontem ficaram com vontade de saber, de ter notícias.

A realidade é que não vimos o sexo do bebê, não descobrimos nada. Além disso, a consulta foi muito rápida. Tudo muito diferente de uma consulta no Brasil.

E nesse ponto fiquei decepcionada com a consulta e lógico que um pouco por não descobrir o sexo do bebê.

A verdade é que cheguei contando de umas dores que tive na semana passada. Logo a médica quis fazer o ultrassom para ver se estava tudo bem com o bebê. Ótimo! Estava tudo bem, apenas falou que se acontecer de novo precisarei tomar magnésio por conta da musculatura toda, que vai mexendo com o próprio corpo, dilatando… Fiquei sossegada!

O bebê estava de costas tanto que deu para ver toda a coluna vertebral. De jeito nenhum estava com vontade de mostrar. Lógico que na hora fiquei decepcionada, pois esperava que fossemos descobrir. Mas agora, pensando bem, não tem o porque, pois o que tiver que ser será. Tenho que aguardar e guardar minha ansiedade.

Pelo que percebo os médicos daqui também não fazem questão de mostrar, de ajudarem nessa observação e descoberta. Olham muito mais pela insistência e vontade dos pais. Totalmente muito natural, quando tiver que ser.... ver.... Lembro que do Thomas descobri quando estava com 19 semanas. 

Ah, tudo bem! Esperaremos mais um mês e o que tiver que ser… será… Realmente o que importa é que esteja tudo bem com o bebê. 

Agora, quanto a consulta realmente fiquei decepcionada. Sei que a terceira gravidez tudo é muito diferente. A gente acaba tendo menos dúvidas. Mas a relação do médico com o paciente também é muito distante, informal demais. Apesar de gostar dessa médica, por ter acompanhado toda a gestação do Thomas, tem hora que sinto falta de poder conversar, fazer uma consulta mais descontraída, assim como era com a médica do Felipe no Brasil. Tem dias que sinto falta! Ainda mais que o Felipe estava junto! Ela simplesmente foi indiferente! Não consigo entender esse jeito das pessoas alemãs.

Logo, lembrei que outro dia estava no mercado com o Felipe. Ele estava com um carrinho pequeno e no meio do corredor. Uma moça queria passar, enquanto falei para o Felipe encostar, logo a mesma estava fazendo uma cara tão feia. Pouca paciência, tem hora que há um olhar pouco receptivo com as crianças. Isso me incomoda, sabe!? Mas deixa pra lá…

Apenas um desabafo. E foi isso! Bom final de semana para vocês.
26

Agora é pra valer! Façam suas apostas...


 
28

Revista Ser Mãe: Desafio de ser mãe em outro país

Você já conhece essa revista? Se ainda não, é o momento de conhecer, pois foi lançada há poucos meses. Uma revista pensada para quem está grávida e para quem tem filhos pequenos. A partir desta edição, a revista contará com a participação de especialistas e relatos pessoais de mães e grávidas.

Ser Mãe é uma revista bimestral, distribuída nas bancas de todo o Brasil. Nesta edição de outubro, a revista terá como tema principal os Desafios de Ser Mãe. Escrevi em uma coluna que chama-se: “Mãe de longe”.


10

Grávidas juntas, expectativas diferentes

Parece tudo muita coincidência. Fiquei grávida do Felipe (no Brasil), tive uma amiga que acompanhou passo a passo tudo o que fiz para a chegada dele. Mesmo não tendo filho, estando em outra fase, sendo mais nova do que eu, preparando tudo para o casamento sempre quis me ajudar, me ouvir e me socorrer nos momentos de preocupações e acontecimentos durante a gestação. 

Felipe sempre foi muito querido por ela, depois mesmo a distância, acompanhou toda a gravidez do Thomas. Mesmo estando longe, sentia que estava perto, que podia contar a hora que fosse. E no período de toda minha adaptação, de ser mãe, de ter outro filho, lá estava ela dando notícias através do skype, por e-mails. É uma parceira e amiga que jamais esquecerei...

E amigas assim falam sobre tudo, conversam, fazem as mais íntimas confidências e planos. Sempre comentávamos sobre o momento que ficaria grávida. Até cogitamos de ficarmos grávidas juntas. Mas sabe quando você fala algo sem dar tanta importância. Pois bem, aconteceu. Ela havia começado as tentativas. 

Nesse meio tempo, uma surpresa, fiquei grávida. Logo, por coincidência, após duas semanas, fiquei sabendo que estava grávida também. Comemoramos! Brindamos mesmo que a distância. 

Imaginou você grávida na mesma época que sua amiga, podendo vivenciar e falar durante 9 meses sobre o mesmo assunto? Estamos adorando, apesar da distância e da correria do dia a dia.

Agora, o mais interessante é pensar que estamos grávidas juntas, porém vivendo momentos diferentes, já que está grávida do primeiro filho e eu do terceiro.

Só de pensar que passei por tudo que ela está vivendo agora, no qual há um pensar maior para todas as ações. Percebo que minha amiga tem um excesso de cuidados consigo própria, com qualquer coisa diferente que possa acontecer com o próprio corpo, com a alimentação, com as dores, com a relação sexual. Tudo diferente!

A empolgação também tem uma proporção bastante diferente em relação a que tenho na terceira gravidez. Tudo é novidade, as sensações e os sentimentos. 

Vivenciar os benditos enjôos nos primeiros meses, algo que parece que não passará jamais. A primeira gravidez, um jeito de lidar, do corpo reagir perante a transformação. Enquanto eu já sabia como lidar, apesar da frequência e intensidade serem maiores.

A admiração pela barriga, pelo próprio corpo. Um cuidado ao extremo, ao ponto de se matricular rapidamente na aula de hidroginástica. Também fiz isso quando estava grávida do Felipe. Mas depois as circunstâncias foram outras. Um olhar cauteloso para o corpo, para identificar as possíveis transformações (estrias, pele, cabelo, barriga crescendo).

Gastos maiores com as revistas de decoração de quartos de bebês e livros sobre o desenvolvimento. Uma vontade imensa de conhecer mais, tudo que possa auxiliar na preparação do quarto, do enxoval, dos primeiros dias ao lado do bebê.

Pesquisar, pesquisar sobre os utensílios básicos e as melhores marcas. 

Na primeira gravidez há tempo e vontade para registrar passo a passo, semana por semana tudo que acontece. Na gravidez do Thomas tentei, porém não fiz com tanta perfeição como na primeira e, agora, me esforço muito para dar conta de fazer isso. 

Em cada consulta há pelo menos de duas a cinco perguntas para serem feitas. Uma curiosidade e um milhão de dúvidas. Na terceira gravidez, apenas vontade de saber se está tudo bem com o bebê, fazer os controles de exames.

Tudo uma delícia vivenciar. E isso que é o mais gostoso nesse momento. Ouvir sobre a gravidez dela e lembrar da minha primeira. Poder responder algumas perguntas, saber que é natural de mãe de primeira viagem uma porção de coisas. Respeito e curto cada pergunta, cada acontecimento. Somos amigas de verdade! Mesmo que nesse momento, a minha expectativa esteja um tanto além, pensando no parto, no dia do nascimento, se terei minha mãe por perto para me apoiar com os meninos durante o tempo que estarei na maternidade e na relação dos meus filhos com o bebê. 

Uma gravidez é muito diferente da outra! Fases! Momentos que precisamos viver intensamente!

P.S: Desenho feito por uma querida amiga - Andréa Polo. Elaborado para as amigas grávidas praticamente no mesmo tempo de gestação.
19