Um ano se passou...



Vocês acreditam que voltei? Na verdade, acho que não devia ter parado de escrever no blog, talvez com outra freqüência, com algumas pequenas alterações, mas não devia ter abandonado. A verdade é que não é fácil conciliar tantas tarefas de mãe, mulher, esposa, mulher que trabalha e principalmente que tem três filhos. Quem me acompanha há tempos sabe bem tudo que já passei e vivi desde que mudei para a Alemanha.

Além disso, na época que parei de escrever estava trabalhando num Kinderkrippe (berçário). Estava na maior correria e por conta também de muita exposição no blog também decidi parar. Mas aqui estou, um ano se passou... Voltei pois da mesma forma que gosto de escrever, registrar e compartilhar; também gosto de acompanhar muitos blogs. Há muita troca e mesmo que não seja diariamente quero retomar. Sinceramente, mais do que as amizades especiais que fiz através dele, das notícias que dou para todos meus familiares e amigos, esse momento, o ato de escrever, é muito importante para mim.

Então, daqui em diante, retomo meu querido diário, mesmo que não escreva sempre! rs E você que gostava de ler, comentar, pode voltar para cá, ops, não para cá, mas para o endereço abaixo. Pedi novamente para a Evelyn Regly refazer e alterar algumas coisas no layout. Gostei bastante (obrigada Evelyn e equipe), porém também tive algumas perdas entre a transferência dos dados do blogger para o wordpress. Infelizmente todos os comentários amados e enriquecedores não foram transferidos. Sei lá o que aconteceu... De qualquer forma, valeu e ficarão guardados.

As lembranças boas, os pensamentos e dicas ficarão na minha memória. Daqui em diante, olharei para o ano que não escrevi e para o futuro. Pois já imaginaram voltar agora e deixar um ano para trás, sem registro. Nem sei bem por onde começar... O que sei é que vale pequenos registros importantes do que passou. Como por exemplo: 5 anos de Alemanha, aniversário dos meus três filhos, por que parei de trabalhar, Meu filho aprendeu a ler, as mudanças e meus pensamentos sobre ser mãe, a respeito da vida...

Você ficou entusiasmada (o) em voltar a ler o que escrevo? Então, aproveita agora e já começa a me seguir no vidaalemanha.com, pois logo, logo fecharei esse blog para sempre. Ah e não esquece de mudar o endereço na sua lista de blogs.

Vem, vem, vem conhecer o novo layout... o novo post, no novo endereço!



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Quase bateu na minha porta

Tudo começou quando falei que fiz Pedagogia e que trabalhei sempre com crianças. Num certo dia ao deixar o Thomas no Kinderkrippe (Berçário) conversei com a Leitung (coordenadora) e falei do meu interesse futuro de voltar para minha área de trabalho. Mas falei da boca pra fora deixando claro que no futuro, quando meus filhos estivessem maiores, pelo menos o Lucas e, também quando meu alemão estivesse melhor, num nível mais avançado.

Conversa vem e vai e a mesma sugeriu que organizasse todos meus papéis: históricos escolares, diploma, currículo e também sugeriu que trouxesse do Brasil todas as cartas de referência das escolas que trabalhei. Aqui as cartas de referência contam bastante.

Fui para o Brasil, solicitei as cartas de referência, no qual recebi de todas as escolas. Me emocionei, li, chorei e apertou meu coração. Deu uma tristeza pensar que fechei o tempo no Brasil, nas respectivas escolas que recebi as cartas. Talvez não as portas, mas o tempo, o ciclo... 

Voltei e guardei com carinho todas as cartas numa pasta, para uma futura tradução. 

Passou um mês, talvez dois e num belo dia ao buscar o Thomas na escola disseram que a coordenadora gostaria de conversar comigo. Logo pensei que seria a respeito do meu filho, fiquei curiosa e ao mesmo tempo preocupada. 

Encontrei no dia seguinte com a coordenadora, no qual perguntou imediatamente se trouxe do Brasil todos os documentos que precisava para iniciar a equivalência dos estudos na Alemanha. Ao responder positivamente solicitou que pedisse a tradução do histórico escolar da faculdade, do Ensino Médio, o currículo e tudo mais. Falou que tinha interesse em me contratar como professora (Erzieherin). Fiquei feliz da vida e, ao mesmo tempo, preocupada! Feliz pela oportunidade, preocupada com o momento da minha vida.

Foi uma burocracia e tanto. Demorou, demorou muito esse processo entre tradução e análise dos documentos. O sistema de ensino é diferente e por isso foi difícil terem uma posição imediata sobre a minha formação, sobre a experiência que apresentei através do currículo.

Precisei além do currículo, das traduções dos históricos escolares, apresentar uma tabela mostrando o sistema de ensino no Brasil e os respectivos anos (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Universidade). Ainda bem que uma querida amiga (né Bruna?) deu a ideia de apresentar esse documento, caso contrário não seria tão simples, não teria conseguido a equivalência como professora, sem precisar cursar nenhum ano, nenhuma matéria.

Ufa... depois de alguns meses deu certo! Consegui! Estava tudo organizado para começar a trabalhar. No entanto, a princípio havia pensado em algo para o futuro, depois de um, dois anos. O que aconteceu?

A oportunidade chegou... Queriam me contratar, contratar de verdade, com documentação, registro e tudo que tenho direito. Mas para ontem, afinal entrariam mais algumas crianças na escola do Thomas (Kinderkrippe – berçário) e era o momento, a necessidade era maior. 

Difícil decisão! Aceitaria de imediato tendo que fazer a adaptação do Lucas com 1 ano e 1 mês ou perderia essa oportunidade considerando que não falo alemão fluente, que na cidade onde moro além desse berçário há apenas mais um Kindergarten (Jardim da Infãncia). 

Abriram totalmente as portas para mim! De um lado o peso de poder ficar mais um tempo com meu filho Lucas em casa (pelo menos até completar 1 ano e meio), de ter um tempo só para mim, para fazer o que bem quissesse, estudar, cuidar da casa, enfim, dar uma desacelerada após uma gravidez, depois outra. Por outro a oportunidade de voltar para minha área, de começar a trabalhar, ter uma vida social, contato com outras pessoas, conhecer mais sobre o sistema de ensino na Alemanha, falar alemão, sentir-se obrigada a falar e correr atrás das dúvidas.

Pensei, pesei, conversei com o marido, com minha mãe, com algumas amigas que vivem fora do país e tomei a decisão: Comecei a trabalhar na escola dos meus filhos. Já faz um tempo que estou trabalhando no Kinderkrippe (berçário).

Você que me conhece consegue imaginar isso? Eu, com três filhos, casa, marido, vivendo em outro país - apenas 4 anos, sem falar alemão fluente trabalhando com crianças de 1 a 3 anos de idade... Isso está acontecendo! De verdade!!!

Estou num momento de transição, numa outra rotina, no qual trabalho apenas meio período, 3 a 4 dias na semana, um tanto feliz, um tanto inquieta, sonhadora, preocupada, pensativa, ora arrependida, ora agradecendo... 

Mas volto assim que der para contar como tem sido tudo após essa grande oportunidade.
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A festa de 6 anos: um dos motivos do meu sumiço

Hoje faz exatamente uma semana que meu filho Felipe fez 6 anos de idade! Foi uma data especial e uma semana muito importante para todos nós, pois tivemos um compromisso atrás do outro. Isso acontece com maior freqüência no verão, no qual o clima possibilita um tanto de afazeres, passeios e diversões. Então, não tem como não ficar ausente. Aproveitamos mesmo para viver o que há de bom do lado de fora.

Saudades de vocês! Saudades desse espaço tão importante para mim. Um lugar no qual realizo uma troca com cada uma de vocês, no qual minha família e amigos acompanham um tanto dos acontecimentos. Será que vocês ainda gostam de mim? Ainda perdoam que não visitei mais o blog de vocês? Voltarei sim.. em breve... Ando curiosa para me atualizar nos blogs das amigas queridas e mais que queridas (Gabi, Cíntia, Dani, Carol G., Dayane, Alê e Ro, Laiz, Ana G., Ingrid, Myriam, Carolina, Karen, Sandra, Carol D. entre outras).

Estive muito, mas muito ocupada. Tenho vários motivos que justificam minha ausência, mas o mais divertido e que me envolvi demais foi a festa de 6 anos para o Felipe. Uma festa de Pirata, no qual planejei com bastante antecedência. No entanto, por mais que haja antecedência, rascunhos dos desejos e tarefas sempre ficam várias coisas para a última hora. Foi corrido, na véspera fui dormir super tarde, mas valeu, valeu muito pelo resultado e principalmente por ver a felicidade do Felipe quando viu a mesa, quando fizemos as brincadeiras e tudo mais.



 Antes de contar sobre a festa quero registrar algo breve para o Felipe, porém que transborda de sentimentos. Felipe querido, meu filho, menino pirata, você completou 6 anos de idade. Agora, é um menino pra lá de crescido, que mostra-se tão independente, que em breve estará no 1º ano, na escola. Estou muito feliz por você! Por todas as suas conquistas aqui na Alemanha, ao lado da sua família.
Preparei essa festa de coração e fiz tudo especialmente para você! Talvez tenha feito um tanto a mais, pois esse é o meu jeito de ser. Algumas vezes exagerada e perfeccionista demais! Não somos tão perfeitos assim, não é mesmo? Um dia entenderá tudo isso. O importante é que te amo e desejo que seja muito, mas muito feliz. Isso é o que mais desejo... o que mais quero na minha vida... que meus filhos sintam-se realizados, amados e queridos. Muitos beijos!



Adorei a mesa e a decoração! Dessa vez calculei bem o tempo e terminei tudo assim que tocou a campainha, quando o primeiro colega do Felipe chegou... Isso mesmo, incrível, pois não parei até o último minuto. Também quem mandou me empolgar, inventar moda e pedir tantas coisas lindas para as queridíssimas Carol e Érika do Ideias e Afins.

Assim como na festa do ano passado, contei com a ajuda de uma costureira para finalizar minhas ideias. Além disso, lógico que o papai Boris ajudou muito e também a nossa visita, a sogra, a avó que veio diretamente do Brasil para passar duas semanas conosco. Agradeço imensamente vocês e também a queridíssima amiga e comadre Leila que criou a história e desenhos do livro para a lembrancinha.



As ideias para a festa, mesa, decoração e brincadeiras foram pesquisadas na internet. Além disso, contei com a ajuda e troquei muito com as meninas do Ideias e Afins. Caso não conheça o trabalho delas, vale muito a pena. Não estou patrocinando, mas indico de olhos fechados.

Logo na entrada as crianças receberam uma bandana. A ideia era mesmo que entrassem no clima do tema da festa. Todas toparam e ficou tudo muito bom.



Decoração: Fantasias de pirata, apetrechos e barcos de papel com moedas de chocolates, passas...



Logo que todos chegaram fizemos uma roda para o Felipe abrir os presentes, agradecer e matar a curiosidade dos colegas. Como não tinha muitas crianças deu certo, não foi algo chato, ainda mais que Felipe girava uma garrafa para ver quem seria o escolhido para dar o presente. Também contou com a ajuda do colega mais velho que leu os cartões.



Alguns apetrechos (Ideias e Afins) para um momento de diversão. As crianças brincaram, fizeram caras e bocas e tiramos muitas fotos de todos juntos!



Entraram no clima... Não acham?



Em seguida, tivemos os momentos das brincadeiras! Entre elas: cabo de guerra, com tecidos e bolas, com o tecido: gato e rato, acerte o alvo, Bola na Lata, caixa de areia, entre outras.



 As crianças brincaram bastante, mas também desejaram com animação sentarem na mesa que preparei para elas.



Foi uma delícia, pois curtiram esse momento! Não estavam interessadas em terminarem logo para brincarem. Ficaram sentadas por um bom tempo comendo, conversando... pareciam até gente grande! 



Também digo com a boca cheia d'água, pois os muffins ficaram divinos. Experimentei receitas novas e foram aprovadas!



Bretzel - um pão conhecido e querido pelas crianças na Alemanha

Lógico que toda a decoração deu um toque especial.



Falei no último post que me despedi do brigadeiro, porém o beijinho foi pedido do marido. Beijinho de colher e nem tão querido assim pelas crianças.



O que será que tinha nessas caixinhas simpáticas? Um mimo! Bolachinhas caseiras nos formatos de papagaio, âncora, enfim, relacionadas ao tema da festa.



Algo que as crianças adoram e estão acostumadas a comerem... pimentão de várias cores e pepino.



O tão querido cachorro quente! Würst, salsicha, lingüiça, chamem como preferir, é o que os pequenos alemães adoram!



Espetinhos divertidos (tomate cereja, mussarela de búfala e gelbwurst - uma espécie de salame, algo parecido). Também é muito apreciado pelas crianças.



Tubetes que alegram qualquer criança. Tubetes com os tão conhecidos Gummibärchen (ursinhos).



A hora tão esperada... cantar em alemão e depois em português. Pudemos ainda contar e ter uma surpresa com a música cantada e desejos realizados pela vovó Ingrid. Foi um momento emocionante para mim! Marcou, pois foram votos vindos do coração, tão singelos...



Logo depois da comilança aconteceu o que é esperado por todos numa festa de pirata.



Um dos grandes tesouros: saquinho com uma bolacha especial com embalagem de pirata.



Um outro tesouro: balas gelatinosas (tipo Gummibärchen) em formato de moedas.



Para finalizar a lembrancinha! Uma sacola especial e feita também pelas meninas do Ideias e Afins. Contendo.....



Um livro criado por uma amiga: um presente para o Felipe, no qual a história tinha o personagem com o nome dele. Adesivos do tema e um pequeno bloco de desenho.



Por fim não poderia deixar de registrar a família... todos juntos! Algo que quando temos crianças pequenas é muito difícil de conciliar, fazer, pois cada hora um deseja fazer uma coisa. Uma pose, um click não é tão simples assim, mas aqui está uma foto tirada no final da festa.

Até breve! Assim espero...
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Agradar, compensar ou mimar

Falta 1 semana para Felipe completar 6 anos de idade. O tempo passou rápido demais e já já meu filho estará no primeiro ano. Isso significa tanto para uma mãe que sempre viu seu filho tão pequeno e dependente. Não é mesmo?

Considerando essa data tão especial e marcante lógico que não deixaremos passar em branco, assim como preparei com muito carinho uma festa para o Thomas e, posteriormente para o Lucas, farei também para o Felipe. Uma festa de pirata, com os amigos da escola, comes e bebes, brincadeiras, presentes e muita diversão.



Com isso tenho pensado muito, muito! Faço uma crítica para mim mesma, pois ao mesmo tempo que acredito que o dia requer uma comemoração, acho que desejo sempre fazer demais! Desejo dar tudo para meu filho! Quero vê-lo feliz! Muito feliz! Coração de mãe, coruja e que muitas vezes - sempre -só pensa nos filhos.

A festa será pequena, mas com uma bela mesa decorada. Isso me dá prazer, já falei muitas vezes aqui no blog o quanto gosto de pensar em tudo, decorar, pesquisar, me acabar :). Pois se por um lado faço tudo, por outro fico esgotada. Considerando a fase que estou vivendo, somente com minha família, sem parentes por perto, com três filhos pequenos talvez seja demais. Mas logo quando olho e vejo a felicidade deles não me arrependo nenhum pouco.

Mas pergunto para mim mesma: Será que ele não ficaria feliz com menos, sem muita decoração, sem toda essa preparação que faço sempre? Talvez um bolo bastaria para a ocasião. Confesso que me empolgo, que resolvo fazer isso, isso e mais aquilo. Enfim, sempre arrumo para minha cabeça. Marido vive dizendo que exagero, que gasto demais. Acho que tem razão...

Será uma característica de mãe coruja? Será característica de uma mãe sem noção? De uma mãe que que deseja compensar algo de alguma maneira? Sei lá! O que sei é que dá para manerar em todos os gastos, em todo o exagero. Não digo isso somente por desejar uma bela mesa de aniversário, mas em relação ao presente também.

Você sempre compra presente para seu filho? Compra tudo que ele deseja hoje e sempre? Nós temos o combinado de comprar presentes para as crianças no aniversário e também no Natal. Algo maior, desejável e querido por eles. Esse ano, por exemplo, não compramos para o Lucas. Afinal, tem um tanto de coisas herdadas dos irmãos. Mas juro que nem sempre consigo cumprir com nosso combinado. Ora vejo uma liquidação, ora quando estamos ao mercado acabo cedendo ora para o Thomas ou para o Felipe. E nesse caso sozinha com um dos filhos não tem quem me segure. Diz que não sou só eu que sou assim...

Por me preocupar com essa questão, no Natal passado encontramos uma boa liquidação de um Lego que Felipe estava paquerando. O que fizemos? Compramos o Lego e guardamos para dar no aniversário. Juro que me segurei e aqui está para presenteá-lo. Mas lógico que agora Felipe pediu, melhor, educado, disse que gostaria de ganhar, de ter um conjunto do Playmobil. O que acha que fiz?

a) Ignorei o pedido, a fala tão educada e carinhosa. Afinal de contas, já tinha comprado um presente.
b) Comprei e pronto. Nem pensei muito, afinal é aniversário. Considerei que não é sempre que ganha algo assim tão desejado e especial.
c) Comprei e fiquei com a consciência pesada por todos os gastos, pensando muito o que achará quando ganhar mais de um brinquedo desejável. Será que sempre terá tudo que deseja? Será que se tornará uma criança mimada demais?

O que sei é que tenho olhado mais para essa questão, apesar de me empolgar algumas vezes, de saber que meu filho não fica o tempo todo querendo isso e mais aquilo. Acredito que tenha consciência, que não seja uma criança que não valoriza o que tem, o que ganha... Mas é uma questão séria pra pensar... considerar...

Olhar para a formação de valores e princípios dos filhos, para o valor das coisas e a questão do consumismo. Ora dou um breque, ora me empolgo pois desejo dar o mundo para meus filhos, mesmo que não seja realmente o que querem. Engraçada essa postura de mãe: Amor, desejo de vê-los felizes, talvez de dar o que não teve.

O bom de tudo é que os três aproveitam, aproveitarão.

Mas foi bom fazer tudo isso, pois sempre pensamos em relação as nossas atitudes. Agora, convites entregues e presente comprado. Juro que continuarei cuidando dos valores, conduta e valor as coisas, a vida que desejo que meu filho tenha. Sempre fui assim, mas morar fora, na Alemanha, fez com que olhasse de maneira diferente para o valor que as coisas tem, ocupam na vida das pessoas. Um ponto positivo. Um outro estilo de vida. Tanto que quando fui para o Brasil no ano passado, lógico que revi lojas que adoro, comprei algumas - muitas - coisas para mim. Sabem que quando voltei logo me arrependi e pensei: Por que mesmo precisava disso? Por que fiz isso?

Um mudança vagarosa... passos de tarturuga! Aos pouquinhos espero me segurar mais ainda, mas não ao ponto também de ser igual muitos alemães. Quero um equilíbrio e espero encontrá-lo!



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Conseguirei amar TANTO, TANTO outro filho?

Você que acompanha minha história, meu blog sabe que estou com três filhos totalmente numa escadinha de idade. Felipe prestes a fazer 6 anos, Thomas com 3 e Lucas com 1 ano e 2 meses. Todos pequenos! Uma fase tão gostosa, que apesar de muito trabalhosa, que exige grande dedicação é totalmente maravilhosa.

Divertido aqui na Alemanha é andar com todos pelas ruas, logo as pessoas param, comentam, perguntam e dizem “- Olham só! Uma escadinha!” Olho com orgulho, pois realmente jamais pensei em ter três filhos, o que sabia de verdade é que se tivesse filhos, mais de um, ambos seriam próximos de idade. No entanto, nem acho eles tão próximos assim... O que sei é que são pequenos e exigem muito de mim. Exigem tanto que no final do dia, ainda mais nesse calor que estamos tendo (melhor não espalharem e falarem alto, pois sei lá se o verão permanecerá assim) estou acabada, louca para me jogar no sofá.

Mas vale, sou muito realizada. Quando paro pra pensar nas fases que se encontram, no jeito especial de cada um, não só eu, mas marido também. Logo sorrimos e bobos falamos sobre o amor intenso que temos por cada um deles. Um amor tão especial e diferente! Nem mais, nem menos, apenas diferente de acordo com a fase, o jeito que estão, cada particularidade. 

Tem como não compartilhar? Tem como não registrar as fases de cada um deles? Talvez esse post seja mais para os pais, do que para aszamigas. Mas como adoro trocar figurinhas com vocês, aqui estou...

Temos um vínculo tão grande com cada um deles. Temos afinidades e nos identificamos com os gostos e preferências. O interessante também é o inverso, no qual nos conhecem bem. Sabem exatamente o que a mãe faz melhor, o que agrada ou quando deve pedir algo para o pai. Isso só mostra que pai e mãe por mais que tenham princípios e condutas iguais, lidam de maneiras diversas, encantando mais ou menos. Nesse aspecto, dá-lhe conversa entre o casal para que haja um senso comum. Nem sempre é tão fácil assim...

Felipe praticamente um menino, um menino que irá para a escola - primeiro ano - a partir de setembro. Ao mesmo tempo que é criança, que gosta de brincar muitas vezes de faz de conta, hora mostra para nós o quanto é crescido e capaz de compreender as necessidades dos irmãos, apresenta um vocabulário que muitas vezes nos surpreende. Atualmente muito mais interessado pelas atividades de desenho, pintura e escrita. Ama, ama de paixão assistir filmes, brincar ou passear de trem. Incrível essa preferência que continua por um longo tempo.

O que nos encanta realmente nesse menino é sua sensibilidade. É um menino tão presente e preocupado com todos os irmãos (característica de irmão mais velho). Sério, organizado e que precisa de uma rotina estabelecida por um adulto. Seu grande companheiro é o pai (ainda mais quando juntos jogam no Ipad), apesar de ter os momentos especiais ao meu lado. Ouvir histórias comigo tem sido o melhor momento do dia para nós, no qual há um aconchego e um carinho sem fim.

Total transição de brincadeira de criança e de menino crescido que irá para a escola, que passará a ter mais e mais responsabilidades. Que deixará mais ainda a ajuda do adulto de lado... Isso tem seu lado positivo, mas hora aperta o coração!



Thomas... o Momás para muitas de vocês, o Tomate, Tomatinho para algumas... esse menino é feliz! Sempre de bom humor, com o sorriso estampado no rosto. Como gosta dos irmãos, hoje eles são sua maior referência para as brincadeiras. Parece lhe dar mais e mais segurança nessa fase que se encontra. Se por um lado adora os irmãos, outra ama de paixão ser filho único. Aqui está nosso jogo de cintura... conciliar três, mas perceber que esse, do meio, requer muita, muita atenção.

Também está na transição, numa mudança no qual o desfralde o acompanha e que em breve estará no Kindergarten (Jardim da Infância). Uma fase difícil para ele, pois embora está cada vez mais independente para realizar certas coisas, também reforça que ora precisa de ajuda e muita ajuda. Quando na verdade quer apenas carinho, ficar junto, enfim, todas as disputas que já contei aqui para vocês.

O melhor e marco para nós nos dias de hoje é seu sorriso, o jeito sapeca de ser. Menino descolado, muito moleque, adora brincar no jardim descalço nos dias de calor. E o assunto preferido e marcante atualmente é construção, todos os tipos de tratores. Diversão para ele é assistir e passear para ver tratores.



Lucas, o pequeno, o caçula... total fase de descoberta, de experimentar, aventurar-se na escola e no jardim de casa. Moleque sapeca, que aprende um tanto com os irmãos, que seguro de si, dá tchau tchau ou manda beijo com a mão. Uma delícia!

Sobe escada, anda para lá e para cá, sobe na cadeira, quer brincar com a água da privada, que pega os brinquedos dos irmãos, que dorme com os pais, que adora fruta e uma das suas preferidas uva, que já diz: Mama, Papa e Auau.



Agora me diz... tem como não amar, se encantar por cada uma dessas fases? Uma adoração pelo gesto de um, pela fala do outro, pela descoberta intensa e diária. Quem disse que coração de mãe não cabe mais um? Hein?

Um grande amor, um amor diferente por cada um deles!

Um post patrocinado por uma mãe de três que acha possível sim dividir todo o amor, todo o carinho e dedicação, pois quando temos só um filho sempre há essa dúvida: Será, será que conseguirei amar tanto, tanto o meu segundo filho? Uma mãe que incentiva (sem lucros) quem quer ter mais e mais um filho. Ao mesmo tempo, que respeita e compreende todos os motivos do mundo daquela mãe, amiga, que está feliz da vida com um único filho, pois sabemos também o quanto somos realizadas :)

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