Sistema de Ensino: diferenças e questionamentos

Faz um tempo que estava com vontade de contar sobre o sistema de ensino da Alemanha. Desde que cheguei tive notícias que era bem diferente do sistema de ensino no Brasil. Aos poucos li artigos, tive notícias pelas pessoas que conheci, aprendi um tanto no curso de alemão e hoje resolvi contar para vocês.

Além de compartilhar como tudo funciona por aqui trago as minhas reais inquietações já que tive uma formação completamente diferente. Além disso, sabemos que a nossa referência passa a ser o que é realmente conhecido e próximo. Geralmente é com base nisso que almejamos e sonhamos o futuro da formação dos filhos. Mas permanecendo por aqui tenho que considerar um outro sistema. Tenho que entender e ter clareza a respeito dos pontos positivos e negativos.

Então, segue um pequeno trecho retirado do site Deutsche Welle. Entre os trechos, estabeleço um diálogo com vocês sobre o que se passa em meu pensamento.

Normalmente, as crianças começam a freqüentar o jardim de infância (Kindergarten) a partir dos três anos de idade. A obrigatoriedade escolar existe a partir dos seis anos até a 9ª ou 10ª série, dependendo do Estado, e no máximo até os 18 anos.

Obrigatoriedade mesmo! É uma obrigação de ambos os lados, o governo estadual ou municipal é obrigado a oferecer vagas para 100% das crianças de um bairro e os pais obrigados a levarem as crianças à escola. Caso contrário, a polícia vai até sua casa para saber o motivo pelo qual a criança não está freqüentando a escola. Vocês já imaginaram a polícia batendo na sua porta?

Por outro lado é um incentivo, mostra a real importância dos estudos, uma preocupação futura com o cidadão.

Os jardins de infância são mantidos por igrejas, iniciativas particulares ou pela municipalidade. A mensalidade é calculada conforme os rendimentos da família, independente de o estabelecimento ser público ou privado. Durante seu último ano no jardim de infância, a criança “pré-escolar” (Vorschulkind) toma contato com letras e números, o que no entanto não pode ser considerado alfabetização como o pré-primário que conhecemos do Brasil.

Muitos estados oferecem às crianças esse ano de preparação para o ensino fundamental, através de brincadeiras educativas, para a criança ampliar também o conhecimento sobre a língua alemã. Mas não é só isso, pelo que observei nos corredores do Kindergarten (Jardim de Infância) do Felipe realizam atividades que antecedem o início da escrita, ou seja, atividades de coordenação motora fina. Um trabalho intenso de seqüênciação, formas geométricas, treino repetitivo da escrita de letras isoladas. Que tal? De início, com meu olhar torto, já deixo uma pergunta: Será mesmo necessário tudo isso? De qualquer maneira, mesmo observando muitos contras sobre esses tipos de atividades, esperarei pois a partir de setembro meu filho iniciará essas atividades. Então, prefiro voltar futuramente para argumentar e contar mais.

O ensino público na Alemanha é gratuito a partir da primeira série; paga-se apenas parte dos livros. Um semestre antes de entrar para a escola, a criança é submetida a um teste médico. Se forem verificados problemas no desenvolvimento psicológico, motor ou lingüístico, ela é encaminhada para possíveis correções. O primeiro dia na escola obedece a todo um ritual, do qual participa a família inteira.

Com isso, mostra-se o quanto o Kindergarten (Jardim da Infância) tem um papel importante na preparação das crianças para a entrada no Ensino Fundamental. Tudo começa a fazer sentido, pois realmente há uma “cobrança”.

A forte presença da Igreja na sociedade alemã é sentida nestes momentos. Em muitas escolas, antes da distribuição em classes e o primeiro contato com o professor, realiza-se um culto ecumênico na paróquia mais próxima. Outra peculiaridade é a Schultüte (cone colorido, oferecido às crianças no primeiro dia de aula), cheia de presentes e doces.

De tradição o Schultüte (cone colorido), as crianças preparam antecipadamente para levar no primeiro dia de aula. Acredita-se que o gesto incentiva a ida para a escola e ajuda a tomar o primeiro dia de aula mais prazeroso.

Pelas notícias que tenho é a maior curtição entre elas, no qual muitas confeccionam o cone em suas próprias casas, outras compram. Gostam de mostrar para os colegas no primeiro dia e se divertem comendo muitos doces. Um marco de entrada no Ensino Fundamental, assim como o estojo e a mochila.

Escolas secundárias

Ao encerrar o primário, a criança começa a ter definida a sua orientação profissional. Conforme o desempenho dela nos primeiros quatro anos de escola, a professora sugere aos pais o tipo mais apropriado de escola secundária. Há três opções:

─ Hauptschule, em que os alunos recebem uma formação geral básica. Após a conclusão, encaminham-se geralmente para uma formação profissionalizante que os habilita a exercer um ofício ou uma atividade na indústria ou na agricultura. Dura de cinco a seis anos.

─ Realschule, que habilita a freqüentar cursos mais adiantados em escolas profissionalizantes, escolas secundárias vocacionais ou o segundo ciclo do ginásio. Dura seis anos.

─ Gymnasium, que dura nove anos e propicia uma formação básica mais aprofundada. O certificado de conclusão, o cobiçado Abitur (de importância semelhante à do vestibular brasileiro), habilita para o acesso a uma universidade ou escola superior. Até um certo ponto, o sistema é permeável. Conforme o desempenho do aluno nos dois primeiros anos na escola secundária (5ª e 6ª séries), existe a possibilidade de se transferir para uma escola de tipo diferente da escolhida originalmente.

Existe ainda a Gesamtschule, que integra os três tipos numa só, bem como escolas com outros tipos de currículo, dependendo do Estado.


Vocês conseguem imaginar seu filho sendo direcionado para um dos tipos citados acima? Uma influência da equipe de professores, da escola que direcionará os estudos e o futuro profissional de cada aluno.

Por um aspecto é cedo para os alunos tomarem a decisão sozinhos, afinal tem apenas 10 anos de idade. Nesse caso, há uma boa orientação a partir das observações e notas obtidas. Além disso, sabe-se que no Brasil há muitos alunos que chegam no 9º ano sem saberem exatamente para qual área profissional desejam caminhar (biológicas, humanas ou exatas).

Outro fator que deve ser considerado é que a depender da escolha do aluno o mesmo pode “sofrer” para finalizar os estudos, demorando mais anos do que o previsto para a conclusão do curso na Universidade. Por ter escolhido um curso que exige um tanto a mais das próprias capacidades.

Também há outro aspecto que diz respeito ao salário. Independente da área e tipo de escola secundária realizada, todos as pessoas saem com conhecimentos para exercerem uma profissão, no qual há pouca diferença salarial. A grande maioria estão na mesma faixa.

Não tenho uma opinião formada se é melhor ou pior. Apenas é um sistema de ensino diferente no qual a princípio consigo enxergar alguns pontos a serem considerados. Agora, talvez tenha muito mais a escrever, falar a partir do momento que meu filho ingressar no Ensino Fundamental I.

E você, o que pensa a respeito? Já ouviu falar sobre esse Sistema de Ensino?

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42 comentários:

Nadja Kari disse...

Adorei seu post, muito mesmo. Eu já havia lido sobre o Cone! Lembro de ter impresso a matéria e levado na escola onde trabalhei um período para eles talvez implementarem algo assim, um diferencial bem legal!!!

Bom... acabou sem dar em nada, mas eu adorei a iniciativa do cone.

Paloma Varón disse...

Muito interessante. Eu paryicularmente não gostei da história do cone e ainda não tenho opinião formada sobre os três tipos de escola, mas aco interessante, sim, principalmente o fato de as diferenças salariais entre médico, professor e eletricista não serem tão grandes!
Beijos

Cíntia disse...

Oi Celi.... Olha, não tenho muito a falar ainda, porque a Bia só vai prá creche e não me aprofundei no sistema. Mas até onde vejo, por aqui o incentivo é brincar... brincar... e brincar... acho que até 12 anos as crianças brincam a maior parte do tempo e estudam só um pouquinho. Já vi estrangeiros reclamarem que em seus países tem mais cobrança. Particularmente, ainda estou pro fora do assunto! :D

bj

Cíntia disse...

Paloma, aqui na Suécia também não existem grandes diferenças salariais e isso tem ocasionados certos problemas no sistema. Os jovens, adolescentes já não querem ir pra universidade. Muitos deles preferem fazer um curso técnico ou nada além do obrigatorio e apenas trabalharem, afinal, não se ganha mais se estudarem mais. Sério! Fiquei surpresa quando ouvi, mas já li também a respeito.

bj

Dani Cassar disse...

Adorei o post tbm, eh sempre bom saber sobre a educacao em outros paises, aqui em Malta eu ainda nao sei de muita coisa das escolas, mas ja ando ansiosa antes do tempo p/ saber como eh o ensino...rsrs
Bjs

Gabriela Grossi disse...

Oi Celi! A gente pode conversar muito sobre o sistema de ensino alemao, né! Eu adoraria. Mas adianto que eu sou um pouco außenseiter; eu prefiro a Waldorfschule. Beijo

Lu Iank disse...

Celi
aqui na Austria eh muito parecido. Alguns nomes Sao diferentes Como o do vestibular que aqui se chama Matura. Mas o sistema de ensino funciona da mesma forma, inclusive com as Divisoes da escola secundaria. Aqui o Estado tambem tem a obrigacao de providenciar escolas para todos. Quando chegamos o Sergio foi matriculado numa escola internacional por causa da lingua, ja que ele na epoca ja estava com quase 13 anos e numa fase adiantada do estudo. E nos nao informamos para o Estado que ele estaria matriculado la. Como o estado procurou a matricula dele em escolas publicas e nao localizou, recebemos 3 meses depois uma multa tanto para mim Como para o marido por nao termos colocado ele em escola. Tivemos que providenciar as provas de que ele estava matriculado na escola partikular para recorrermos da taxa.
A Mariana esta em kindergarten privado, mas eu so pago 29 euros ref alimentacao, pois quem paga a mensalidade eh o Estado tb.
Aqui tb tem o costume de dar o cone para as criancas no primeiro Dia de Aula. Eh claro que a Mariana quando foi no primeiro Dia nem sabia disso, mas acho que daqui a algum Tempo ela vai perceber e pedir.
Bjs

Unknown disse...

Eu achei interessante conhecer outro tipo de sistema de ensino. Pelo que li, tem mais pontos fortes do que fracos. Não concordo com tanta interferência da Igreja, mas faz parte da sociedade daí... Aqui eu não gostaria que ocorresse.
Uma coisa que me chamou atenção foi a questão da obrigatoriedade da criança na escola, com polícia na porta e tudo. Eles cobram, mas dão em troca. Eles cobram matrícula e presença escolar, mas fornecem escolas de qualidade a todas as crianças. Essa é a grande diferença daqui. Se um pai brasileiro optar por seu filho estudar em casa, com supervisão, por não ter condições de arcar com escola particular (que é caríssima aqui) e por não ter escolas públicas de qualidade perto de sua casa, é processado pelo Ministério Público, podendo perder a guarda das crianças até... Mas o Governo não faz a sua parte...
Enfim, aqui temos muito que avançar, embora já tenhamos avançado um pouco.

Anônimo disse...

Existe também as Escolas Waldorf...

Fundadas por Rudolph Steiner essas escolas procuram acima de tudo desenvolver o ser humano, levando em conta as diferentes características das crianças e adolescentes segundo sua idade aproximada. O ensino é dado de acordo com essas características: um mesmo assunto nunca é dado da mesma maneira em idades diferentes.

É uma pedagogia holística no mais amplo dos sentidos aplicada ao ser humano e à sua educação do ponto de vista físico, anímico e espiritual. O desabrochar progressivo desses três constituintes é abordado diretamente na pedagogia. Assim, por exemplo, cultiva-se o querer (agir) através da atividade corpórea dos alunos em praticamente quase todas as aulas; o sentir é incentivado por meio de abordagem artística constante em todas as matérias, além de atividades artísticas e artesanais, específicas para cada idade; o pensar vai sendo cultivado paulatinamente desde a imaginação dos contos, lendas e mitos no início da escolaridade, até o pensar abstrato rigorosamente científico no ensino médio.

Não se exigir ou cultivar um pensar abstrato, intelectual, muito cedo é uma das características marcantes da pedagogia Waldorf em relação a outros métodos de ensino. Assim, não é recomendado que as crianças aprendam a ler antes de entrar na 1a série.

As escolas Waldorf são independentes umas das outras e, sua admnistração é feita pelos pais e professores. O objetivo comum que as une, dentro da filosofia de Rudolf Steiner é formar futuros adultos livres, com pensamento individual e criativo, com sensibilidade artística, social e para a natureza, bem como com energia para buscar livremente seus objetivos e cumprir os seus impulsos de realização em sua vida futura. Durante os 8 anos do ensino fundamental cada classe tem um único professor que dá todas as matérias principais, isto é, fora artes, artesanato, educação física e línguas estrangeiras (em geral duas, nos 12 anos de escolaridade). No ensino médio há um professor que, durante os 4 anos, assume o papel de tutor da classe. Não é recomendado que as crianças aprendam a ler antes de entrar na 1a série.

Sobre a necessidade do brincar infantil no jardim-de-infancia, leia o artigo: "Crisis in the Kindergarten: why Children Need to Play in School" editado pela Alliance for Childhood. (download: http://www.allianceforchildhood.org/sites/allianceforchildhood.org/files/file/kindergarten_report.pdf)

Sobre os setênios, base da educação Waldorf:http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/Ruella-Aprender-A-Ser.htm

Beijo

Paulo

Paula disse...

Nossa Celi que interessante né?! Eu tbm nao sei se é melhor ou pior, acho sim q as pessoas tem mais oportunidades. Em relacao a policia, acho bom afinal crianca tem q estudar mesmo. E uma vez nos Estados Unidos de ferias eu fui parada pela policia q me perguntou pq eu nao estava na escola. Tenso pq eu nao sabia explicar direito hahaha. Mas adorei saber mais sobre o ensino por ai1 Beijos

Dani Brito disse...

Sinceramente, não sei o que dizer...mas não seria melhor haver mesmo esse direcionamento dos alunos para aquilo que realmente são aptos? Em contrapartida, será que dá mesmo pra perceber numa criança de 10 anos toda a sua potencialidade?

O melhor de tudo é não haver disparidades salariais.

Adorei o post.
Aprendo sempre um pouco mais com vc.

Beijo

Ana disse...

Acho que esses 10 anos são um pouco cedo. Mas tb devem ser incentivados e observados.
Mas realmente o valor que eles dão pra educação é notável. Com certeza muitos pros e alguns contras!

bjs!

BLOG DA BIA disse...

Muito interessante o que você compartilhou!
Esse "direcionamento" dos educadores não leva em conta a opinião de pais e alunos?
E é obrigatório matricular-se naquele âmbito ou é uma sugestão?
Já sobre a obrigatoriedade de ir à escola, independente do país, não tira o direito de escolha das pessoas? Não o de obter conhecimento, mas o de ser obrigado a frequentar tal espaço?
Como já comentado acima, esses espaços nem sempre são de qualidade, e podem conseguir o inverso do proposto!

Ana Gaspar disse...

Oi Celi,
adorei a abordagem deste post. Li todos os comentários com muita atenção.
Nós que estamos saindo do Brasil, é particularmente estranho tudo isso. A valentina (minha filha) esta com 3 anos e 1/2, ela esta na escola desde os dois anos aqui no Brasil. E desde o ano passado com dois anos e 1/2 elas já possuem contato com letras e números. A Valentina já sabe contar até 20, já sabe várias letras. Se ficassemos aqui este ano no Brasil, já estaria inicinado a alfabetização. Logo, é bem diferente daí!
Eu me simpatiso com as coisas que já li a respeito do sistema Waldorf.
O Ivan (meu marido) esta com dificuldades para encontrar vagas pra Valentina em Dresden neste período. talvez tenha que colocar em uma privada e até conseguir vaga em uma pública.
Celil os seus meninos estão exatamente com quantos anos? Estdam em públicas ou privada? Ás privadas são caras como no Brasil?
Bom, amorê ainda não tenho muito a contribuir com este assunto. Mas, adorei ler e aprender mais...
beijosss

Carol Damasceno disse...

Nossa Celi.. Rígido, né... Ainda estou pesquisando sobre escolas para formar uma opinião e escolher o local onde a Laura vai estudar... muito interessante...
Acho certo eles punirem pessoas que não levam seus filhos na escola. É por isso que é um país desenvolvido...

Beijocas
Carol

Adri Portella disse...

Acho importante e fundamental que TODOS tenham direito a escola.
Adorei o post, claro que tenho algumas restrições com relação ao aprendizado, mas como você mesma disse, não sei se acho bom ou ruim. Quem sabe um dia......algum dia.....o Brasil aprenda que, para ser primeiro mundo, devemos ter EDUCAÇÃO, em primeiro lugar.....
Bjs

Mari disse...

Oi Celi, acho que qualquer sistema que seja publico e gratuito ja começa bem melhor que o sistema elitizado do Brasil. A Sofia vai ingressar na Maternelle (deve ser o equivalente do Kindergarten) aqui em setembro. Pelo programa e pela gratuidade eu ja estou achando muito mais interessante que no Brasil. Ela vai conviver com crianças de varios lugares do mundo, de todas as etnias e de todas as classes sociais. Acho isso fundamental... é aprender na pratica que somos todos iguais e que temos os mesmos direitos. No ensino médio aqui também tem diferentes estruturas, pelo pouco que eu sei, parecidas com as alemãs. Sobre o sistema alemão, fiquei com uma duvida: como é pensada a questão da deficiência na escola? Existe inclusão?
bjus!

Aressa disse...

Olá Celi,
Sobre o sitema Waldorf, que nasceu ai na Alemnha, não é utilizado em todas as escolas né?
Eu achava que era um padrão de escola Alemã, mas li alguma coisa que é visto com um pouco de preconceito pelos proprios alemães, qual é a pedagogia da escola dos seus filhos? Existem várias ai??

abraço

Mãe Viajante disse...

Celi, que post ótimo! Eu já tinha ouvido falar que o sistema educacional alemão é bem diferente do Brasileiro, mas não imaginava que fosse TÃO diferente assim. Super informativo! Adorei o post.
Beijos
Livia
maeviajante.com

Dayane disse...

Celi, interessante o sistema aí. Gostei muito que a mensalidade da pré escola é baseada no salário de cada. Que bom se fosse assim em todo lugar!
Achei muito estranho essa das escolas já terem um direcionamento. Como podem definir tão cedo o futuro profissional das crianças? E se elas quiserem seguir um rumo diferente? Mas o sitema parece funcionar bem aí, então...
Beijos

Celi disse...

Cíntia,
Que bom que o incentivo é só brincar. Não percebo que aqui é só isso... vejo uma preocupação além, principalmente no Kindergarten. Mas a princípio, meu filho é feliz. Gosta muito!
Eu tenho lá minha restrições. Mas é impossível gostarmos de tudo.
Beijos

Celi disse...

Nadja,
Ainda não tenho uma opinião formado sobre o cone. Sei lá se precisa de tudo isso. Acho que terei uma opinião formada quando realmente acompanhar meu filho no Ensino fundamental I. Quando entrar na escola, daqui um ano. Depois volto e dou mais notícias. Um assunto que não encerra tão cedo.
Beijos

Celi disse...

Paloma e Cíntia,
Também acho interessante não existir grande diferença salarial. Quanto aos três tipos, tenho lá minhas dúvidas. A princípio estou aprofundando meus conhecimentos, para quem sabe no futuro, quando o Felipe estiver na escola eu poder questionar, entender tudo melhor.
Beijos

Celi disse...

Pois é Dany... lendo, se informando e assim vamos nós. Afinal, uma cultura e um sistema bem diferente do Brasil.
Beijos

Celi disse...

Sabe Gabriela que eu também gostaria de conhecer uma escola Waldorf aqui na Alemanha. Já procurei onde moro e não é comum. A princípio pensei que tivesse em todas as regiões da Alemanha, mas não é bem assim.... Então, tenho que procurar entender a escola que tem por aqui... rs
Beijos

Celi disse...

Tudo bem parecido Lu. Nossa e que cobrança do Estado, hein!?
Beijos

Celi disse...

É verdade Cris. Concordo com você que já avançou bastante no Brasil. Aqui posso dizer que tudo funciona, mas não sei se sou adepta a tudo, se gosto de tudo que é proposto. Por isso, sempre busco informações e busco um diálogo com vocês.
Obrigada pelo visita. Em breve, irei conhecer eu blog também. Beijos

Celi disse...

Obrigada Paulo pelas dicas. Já li bastante sobre a Escola Waldorf, porém não é todo lugar que tem aqui na Alemanha.
Beijos

Celi disse...

Ahhhhhh Paula.... é pra rir. Fiquei imaginando você nessa situação. Mas é bacana quando o Estado dá um suporte. Aí sim tem direito de cobrar, não é mesmo?
Beijos

Celi disse...

Dani,
Também tenho as mesmas perguntas que você...rs rs rs
Esse o motivo da minha leitura, da minha busca constante. Mas acho que compreenderei melhor somente quando o Felipe for para a escola.
Continuarei dando notícias.
Um grande beijo.

Celi disse...

Pois é Ana... Todo lugar tem os prós e contras. O que vale é ficarmos atentas para entendermos a educação que é dada aos nossos filhos.
Beijos

Celi disse...

Oi Bia,
Respondendo suas perguntinhas....
Consideram sim a opinião dos pais. Agora, não sei realmente se aceitam ou não as sugestões dadas por eles.
Acho que ampliarei meus conhecimentos a partir do próximo ano, quando o meu filho ingressar na Escola. Esse post foi só o início dos meus pensamentos, da minha busca de informações. Voltarei mais vezes para falar sobre esse assunto.
Concordo com sua colocação, mas cada país tem uma forma de funcionar e impor o sistema. Se é o melhor, também não sei... mas é uma forma de garantir estudo para toda a população.
Beijos

Celi disse...

Ana,
Meus filhos estudam em escola particular. É paga.. Lógico que o Kindergarten o valor é pequeno, mas o Kinderkrippe (Berçário) é bem mais caro.
Temos direito e é gratuito a partir do ingresso na Escola (6 anos).
Em Dresden tem escolas Waldorf? Acho que vale a pena conhecerem a proposta.
Caso contrário, acho que sua filha se adaptará bem em qualquer escola. Mesmo porque já traz um bom conhecimento. Agora, a preocupação maior que tenho é que as crianças precisam viver intensamente esse tempo de ser criança. Precisam brincar, se divertir, curtir atividades motoras e de Artes. Então, considere isso!
O Felipe fará 5 anos em junho e o Thomas fará 2 anos no próximo mês.
Um grande beijo... vamos trocando...

Celi disse...

Então Carol.... não sei se é tão rígido assim.... Talvez seja a primeira impressão, mas acho que há uma real preocupação e atendimento. Mas quanto a essa divisão toda só terei uma ideia formada mais pra frente.
Beijos

Celi disse...

Pois é minha amiga... vamos ver! Acho que nada é perfeito aos nossos olhos. Requer adaptação, conhecimento e discernimento....rs
Beijos

Bruna Müller - Alemanha disse...

Oi Celi!!

É uma loucura esse sistema de escola aqui!! Demorei pacas pra entender...
Aqui no norte da Alemanha o sistema é o mesmo, só q em Niedersachsen por nao ser um estado católico, a igreja nao tem influência (a nao ser q se estude numa escola católica). Interessante eu acho, q algumas pequenas coisas variam de Bundesland pra Bundesland, mas a essência é a mesma.
Eu particularmente acho um pouco cedo, logo depois da Grundschule, decidir pra qual escola a crianca vai. Com essa idade ainda é td festa e brincadeira... Nao estao preocupados com a profissao q seguir no futuro. Porém depende muito de qual das escolas a crianca vai, qual a profissao q ela vai poder seguir. Pelo q vi com filhos dos nossos conhecidos alemaes, nao é tao simples assim mudar de uma escola pra outra.
Na teoria é tudo lindo e tals, mas no final das contas, uma crianca q tem um Hauptschulabschluss vai conseguir um Ausbildung do q? Bäckereifachverkäufer(vendedor de padaria) ou Kassier (Caixa)? Nao desmerecendo nenhuma das 2 profissoes, mas nao se pode comparar o salário de alguém q só tem Hauptschulabschluss com alguém q fez Gymnasium. Acho complicado meio q decidir o destino das criancas já tao cedo. Mas pronto. Aqui é assim e eu nao posso mudar.
Já andei quebrando a cabeca com isso... E olha q o Lucas ainda nem comecou a ir na Kinderkrippe!
Eu tb gosto do sistema Waldorf, mas por aqui a maioria dos alemaes acham o sistema esquisito (!!!) e falam q as criancas nao aprendem nada, pq só fazem o q querem. Meu marido tb é do contra... por isso o Lucas está inscrito em 2 KiTas católicas, sem qq influência Waldorf.
Bjs!!
Bruna
Vamos ver o q vai dar...

Celi disse...

Mari,
Que bacana que sua pequena Sofia começará a frequentar o equivalente ao Kindergarten. Acho que a maior riqueza é o contato com outras crianças, de diferentes culturas. Será muito bom para ela....Depois quero saber como é a proposta de trabalho. Ok?
Quanto a inclusão, tenho muito a dizer, acho que dará um bom post...rs
Mas a princípio, só para adiantar um pouquinho, estão fazendo um tanto para integrar cada vez mais as crianças com necessidades especiais. Semana que vem escreverei sobre isso. Beijos querida

Celi disse...

Isso mesmo Aressa... As escolas Waldorf não estão em todas as regiões da Alemanha.
Ando "investigando" e querendo aprofundar cada vez mais meus conhecimentos sobre esse assunto. No entanto, não tenho certeza nem da escola do meu filho. Já questionei, mas parece que não há um dizer sobre é essa ou aquela proposta. Parece muito uma Escola com princípios montessorianos. Afinal, tem muitas por aqui.
Tenho muitos questionamentos, porém nem sempre conseguimos respostas para todos.
Beijos

Celi disse...

Viu só Lívia.... tantas diferenças, tantos questionamentos. Tantos prós e contras.... mas vamos levando, aprendendo e nos informando...rs
Beijos

Celi disse...

Pois é Dayane.... o sistema funciona bem!
Mas tenho muitos prós e contras. Deu para perceber, né? rs rs rs
Vamos ver o que vai dar! Quero ver quando meu filho entrar na escola.
Um assunto que se longo....
Beijos

Celi disse...

Oi Bruna,
Adorei seu email. Responderei ainda hoje. Agora, procurei você no face e não achei. Qual é o seu nome? Tente colocar o meu Celi Cristina Oberding.
Concordo com você! Tudo parece muito esquisito. Sou igualzinha, pois meus filhos nem entraram na escola e já estou mega preocupada, pensando se quero que eles continuem o estudo aqui na Alemanha....rs
Meu marido também é contra o sistema Waldorf, pois tem referência de amigos que estudaram no Brasil e mesmo aqui. Disse que todos são meio avoados, que foram para um caminho nada bom (drogas, etc).
Acho que tem casos e casos, mas temos que cuidar disso! Sei lá, penso que se tivesse encontrado uma escola Waldorf perto de casa, teria ido conhecê-la. Tenho interesse, mas as condições não foram favoráveis.
Bom, trocamos mais por email. Escreverei para vc.
Beijos, beijos

Aressa disse...

é interessante ouvir isso de vocês ai da Alemanha, meu filho estuda numa escola Waldorf aqui no Brasil, e acho que algumas ações são tão fora da nossa realidade, que as vezes parece ser inquestionavel, só pq veio da Alemanha, e saber que ai mesmo não é tão bem visto, afinal agora já são 3 mães que moram ai que escutei a mesma coisa.
Eu não conhecia muito o método, ainda não conheço tudo, mas vou apreendendo no dia a dia junto com meu pequeno, e cada coisa que apreendo acabo gostando mais.
Costumo dizer que acredito que o método não é para todo criança, nem todas sabem lidar com essa falta de "cobrança" o tempo todo, e isso pode acabar desvirtuando... Acho que cabe a nós pais identificar se esse ou aquele metodo tá tirando o que há de melhor em cada um deles.