Parece maluquice, mas agora além de toda a demanda da casa, dos filhos ainda tenho que lidar com o cacoete, se preferir, mania ou simplesmente a meia como elo de ligação.
Pois é... sabia que não seria fácil dar conta dos três filhos, que passaria por momentos bem difíceis, com inúmeras crises de
ciúmes disputa e necessidades entre os irmãos. Agora, só não sabia que teriam tantas mudanças no comportamento do filho que, até meados de abril, era o caçula da casa.
Estudei muito sobre o desenvolvimento infantil e realizei muitas leituras sobre as inúmeras fases, sobre a crise
birra dos 2 anos de idade e também sobre a relação entre irmãos, mãe e filho após o nascimento de outro bebê.
Por coincidência venho confirmando nos blogs das amigas (
Laiz,
Dani,
Carol) que tem sim a famosa tão
esperada terrível fase dos 2 anos (que pode variar, começando antes ou encerrando um pouco mais tarde). Ufa, juro que pensei que tudo fosse por conta do nascimento do terceirinho.
Então, que na minha casa vem acontecendo tudo junto e misturado. Cada qual na sua fase exigindo um tipo de atenção diferenciada.
Felipe, o mais velho, mostra-se compreensivo e um super ajudante. Porém, tem hora que deseja toda a atenção do mundo, solicitando nossa presença para as inúmeras atividades presentes na rotina. Nós, pais, entendemos e fazemos também por ele e para ele. Por fim, sabemos que devemos equilibrar o tipo de ajuda, o momento de estar ao lado, momentos únicos com cada um deles até que passe essa fase. A fase, um dia a dia diferente, no qual Lucas requer cuidados específicos e um estar junto, bem juntinho para mamar.
Mas Felipe já está beirando os 5 anos, uma idade no qual há bastante compreensão, mesmo que não haja 100% a aceitação.
Agora, o nosso pequeno Thomas (conhecido aqui também por
Momas) está revelando uma personalidade até então desconhecida.
Ao conversar com ele, pedir que faça isso ou aquilo, a depender da hora costuma gritar conosco. Isso mesmo! Solta a voz para acordar a vizinhança.
Em outros momentos demonstra uma sensibilidade sem tamanho no qual as lágrimas escorrem, escorrem por qualquer motivo: durante a brincadeira com o Felipe, por um pequeno tropeção, para tomar banho, ao pedir água; enfim, tudo é motivo para choro.
Com o irmão pequeno, recém nascido, ora beija, abraça e passa a mão fazendo carinho; ora balança o carrinho com aquela vontade tremenda. Grita chamando pelo irmão, pedindo para deixarmos o Lucas do lado.
Durante a noite agora deu para acordar aos prantos, chorando, chorando... Chamando pela mamãe ou pelo papai. E pra acalmá-lo pensam que está fácil. Que nada! Além de muita paciência, carinho e amor ainda precisamos ora colocar sua meia no pé, ora preparar seu leite (afinal, Lucas mama de tempos em tempos, porque com o Thomas seria diferente, não é mesmo?)
Fora todos esses momentos, ainda temos aqueles no qual a meia toma conta da situação. Você não está entendendo nada. Então, vou contextualizar e contar o que anda acontecendo por aqui.
Abre parênteses
Moramos na Europa e sabemos que a depender da estação o dia está mais fresquinho e principalmente a noite requer uma meia no pé. Algo comum e de costume de todos alemães. Tanto que muitos usam meia até no verão e, detalhe, meia com sandália. Conseguem imaginar? Pois é, sabe-se lá se é para esconder o pé, se é pura questão de costume ou mesmo de frio nas extremidades.
Fecha parênteses
Thomas acostumou! Isso é fato e faz questão da meia para realizar um tanto de tarefas. Mas a mania da vez é tirar a meia o tempo todo e pedir para colocarmos para ele. Já mostramos como pode fazer isso sozinho, mas não basta.
Então, pega a meia joga longe, joga na nossa direção
cara, tira a meia no meio da noite, enquanto toma o leite tira e põe, tira e põe a meia e fica mexendo no pé. E agora, me diz: É cacoete? Apenas uma mania? Mostra uma insegurança? Um jeito de chamar nossa atenção fazendo com que fiquemos mais próximos?
Um período, uma fase... E nós pais ficamos com o coração apertado. Juro que tem hora que bate o desespero, dá uma vontade de chorar. Sofro, sofro junto. E o que será que passa na cabeça dele? Será que está sofrendo? Tããão difícil!
Ao mesmo tempo, tenho certeza que estou fazendo meu melhor, abraçando, beijando, dando a atenção que tanto precisa, compartilhando tudo que anda acontecendo, as necessidades de cada filho, pois meu amor é maior.... só aumenta por cada um deles.
Agora, me diz... diz que essa fase vai passar!