Um dia de cão

Você já teve? Sabe que tenho muitos! rs rs rs

Essa semana, por exemplo, não foi fácil. Como estou exausta!!! Tem dia que paro pra pensar, penso, penso e penso sobre a escolha de vida que fiz. Por sinal, você já pensou se estivesse no meu lugar? Você trocaria o Brasil, um apartamento mobiliado, a família e os amigos por perto, uma pessoa que te ajuda com os serviços da casa, um trabalho, um idioma, uma cultura.... para viver na Alemanha, enfrentando as mudanças de estação, começar a mobiliar a casa, ter somente o marido e os filhos por perto, ter que realizar sozinha a limpeza da casa, parar de trabalhar, ter que estudar um outro idioma, se aproximar de outra cultura...???

Foram muitas mudanças!!! Muitas vezes me deparo pensando em todas elas. Fico tentando enxergar o lado bom de tudo, além das perdas. Tenho muitos desafios vivendo aqui. Mas quem não tem? Tenho momentos de tristeza! Outros de saudades! Mas assim como minha amiga Zara (do Brasil) escreveu ao comentar um dos meus posts: "-Vai ainda acontecer um momento ou outro de tristeza? Vai. Mas isso dá em quem está aqui tb, cheio de outros brasileiros em volta rsrsrs"

E é isso aí.... só resta enfrentar cada dia! Deixar o cansaço chegar, dormir e pensar que amanhã será melhor, um novo dia onde estiver. Isso me dá um conforto!

Essa semana não parei um minuto. Como é maravilhoso ter filhos, mas como dão trabalho e como mãe se preocupa. A semana já começou com os filhos resfriados. Felipe que teve febre no final de semana começou a semana em casa. Então, já foi um agito na bela segunda-feira. Felipe e Thomas para lá e para cá.... E nisso, a Mami tendo que olhar aqui, fazer comida ali, arrumar a casa, colocar roupa na máquina, trocar uma fralda, consertar o brinquedo entre outras coisas mais. Lógico que para ajudar um pouco Thomas também ficou rouco e com o nariz escorrendo. Então, era um braço de um lado se esticando para cuidar do Thomas, enquanto Felipe já estava chamando do outro lado...esticando meu braço sabe lá para onde....

Aconteceu isso na segunda-feira. Na terça-feira, para nossa alegria, esfriou um pouco. Acordamos com - 12. Que delícia! Os meninos, apesar do frio, até que acordaram melhor. Felipe foi para a escola e Thomas e eu fomos para o encontro das mães (assim como já contei anteriormente). Voltamos por volta das 11h e começou a correria, dá almoço, troca uma fralda, arruma rapidinho a casa (o básico: guarda os brinquedos, põe roupa para lavar, coloca louça na máquina, tira a sujeira do chão), depois troca outra fralda (agora de cocô), arruma almoço e almoça para logo buscar o Felipe. Na parte da tarde, continua a correria, dá fruta para o Thomas, coloca para dormir, brinca com o Felipe, prepara o jantar, busca roupa na máquina, começa a sessão banhos (pois aqui em casa todo mundo toma banho...rs), dá jantar para o Thomas e para o Felipe, come algo junto com o Boris, coloca os meninos para dormir e.... Pensa que acabou? Que nada! Vamos para a esteira. Lá vai quase 1 hora na esteira, para depois tomar banho e, em seguida, sentar no computador, escrever, planejar aniversário de filho e assistir novela para somente depois dormir. Pouca coisa!

Na quarta-feira, uma rotina muito parecida, mas dessa vez supermercado para fazer. Ah, junto com o Thomas e tendo que conciliar todos os horários (suco, fruta, almoço e tudo mais). Na quinta-feira, foi dia de sair atrás de fantasia para o pequeno Felipe. Vai numa loja, depois na outra, senta num banco para dar fruta para o Thomas, segue novamente para outra loja, volta rápido para casa, passa no mercado, chega em casa, prepara o almoço e, assim vai...

Na sexta-feira, dia de faxina na casa, já que o final de semana será cheio de compromissos. Limpa a casa, coloca roupa na máquina, passa roupa, faz almoço, troca fralda, recebe telefonema da escola do Felipe dizendo para buscá-lo mais cedo, pois caiu e bateu a cabeça na mesa. E lá vamos nós para a escola! Thomas teve que esperar um pouquinho para almoçar. Depois de todos almoçarem, vamos brincar, passar mais um pouco de roupa, começar a sessão banhos, jantar e...

Assim segue a rotina durante a semana. Uma loucura total! Tem momentos deliciosos, mas outros bem cansativos. Tem hora que tenho uma vontade de dormir, dormir, dormir...

Mas quando chega o final de semana dá para recarregar as "baterias". Geralmente o Boris, que trabalhou a semana inteira, diz: "- Aproveite, pois hoje é seu dia de princesa! (referindo-se ao sábado e domingo)". Então, tento ficar mais tranqüila e aproveito para: tomar um banho mais demorado (Que delícia!), dormir até um pouco mais tarde, sentar na mesa para almoçar (pois o mesmo já preparou o almoço), escrever no blog, arrumar álbuns de fotos, sair para fazer a mão e para comprar alguma coisa que esteja querendo. Tento ter um momento só meu!!! Eu preciso!!!

Quando saiu sozinha, como aconteceu hoje no qual fui até uma loja de tecidos (por sinal MARAVILHOSA!) e fui fazer a mão percebi algo estranho, estava com uma sensação de ter esquecido algo. Sabem por que? Porque vivo com minha família e para meus filhos e, numa situação dessa, cadê? Onde estou? O que estou fazendo? É bom! Preciso, assim como já disse... Mas acho melhor ainda quando chego em casa, volto para encontrar com eles e ver cenas como essa: Meus filhos brincando juntos!!! Isso não tem preço!!! Acaba substituindo aquela vontade toda de querer ficar sozinha.

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"Spielgruppe" - Alle Dienstage

Pelo título vocês pensaram que escreveria em alemão...rs rs rs Ainda demora muito para isso acontecer! Mas quem sabe um dia! Por enquanto, vou treinando em pequenas palavras e frases.

Resolvi escrever o título assim para apresentar a vocês como chama o grupo de mães que se encontra todas as terças-feiras levando seus bebês e/ou crianças de 0 a 3 anos. Nessa faixa etária, pois a partir dos 3 anos elas costumam freqüentar os Kindergärten. Agora, vocês devem pensar que aqui não tem berçário. Muito pelo contrário, tem sim! São chamados de Krippen. Felipe foi durante um ano e em outro post compartilharei com vocês todas as minhas impressões. Ok?

Agora, quero contar para vocês desse espaço - Grupo de Brincar - organizado por uma única pessoa tendo contribuições das mães que participam. Esse espaço está aberto aproximadamente 10 anos, aqui em Sinzing, surgiu com a idéia de ser um lugar para as crianças pequenas brincarem, "interagirem" umas com as outras (pelo menos observarem), realizarem algumas atividades (ouvirem histórias, manusearem livros, massinha,  pinturas, circuitos motores, músicas) e também um momento das mães brincarem com seus filhos; além de trocarem experiências (sobre atitude, aprendizado, desenvolvimento, dúvidas e outras). Tem uma rotina organizada para que tudo isso aconteça, mas mostra-se flexível. O adulto disponibiliza alguns materiais, convida para outras situações e possibilita que o bebê / criança vá ao encontro de seus interesses.

Como já havia sido convidada muitas vezes para participar resolvi conhecer nessa última terça-feira. O mais interessante de tudo é que minha decisão teve peso por conta de tantas mães que comentaram e me convidaram. Primeiro foi a vez da vizinha, que por proximidade, me falou do lugar, de como era e tudo mais. Mesmo assim achei que não era hora, mesmo sabendo que ela já tinha participado com seus três filhos... rs

Depois foi a vez de outra mãe da escola do Felipe e depois outra, outra...

Bom, mas dessa vez lá estava Thomas e sua mamãe. Fomos acompanhado de outra mãe (já conhecida da escola do Felipe que também insistiu muito, quase me arrastou!). Minhas impressões? Vocês estão querendo saber logo? Caaaaalma contarei tudo! Fomos muito bem recebidos pela Suzy que organiza esses encontros entre as mães. Quanto as mães, nessa terça-feira, não eram muitas. Tinham 6 mães e algumas mais simpáticas, outras nem tanto, mais sérias.

O encontro tem duração de 2 horas e foi muito interessante. Geralmente as mães chegam, vestem o Hausschuhe (estão lembradas?) e sentam no tapete com seu bebê e/ou criança. Logo formam uma roda e começa o momento das músicas. Elas cantam junto e para seus filhos. Uma graça de ver! A Suzy distribui alguns instrumentos de música. Tem toda uma seqüência para as crianças cantarem, tocarem e dançarem (mesmo que seja apenas com gestos). Adorei! Mesmo porque vocês pensam que não tem músicas bonitas? Uma mais fofa do que a outra. Estou gostando muito! Thomas adorou esse momento no Speilgruppe. Acho que de todos esse foi o mais divertido para ele e para mim...kkkkkkk Queria muito ter filmado e fotografado, mas fiquei um pouco envergonhada para fazer isso no primeiro dia. Quem sabe se eu for na próxima terça-feira, aí prometo para vocês.

Essa roda de música me fez lembrar muito da sala de aula. Do meu momento com meus alunos. Que saudades! Olha saudades de tudo (de fazer planejamento, de preparar as atividades no computador, de pesquisar informações, selecionar histórias, cantar, cortar papéis, participar de reuniões, conversar com as mães, trocar com as parceiras de série, enfim; tudo que envolve a sala de aula). Sabem que ocupo meus momentos com meus filhos, principalmente com o Felipe. Tento investir e fazer de tudo um pouco... mas é diferente!!!

Ai como queria saber cantar em alemão. Queria ter cantado cada música para o Thomas. Achei tão divertido as mães fazendo gestos, apontado para seus filhos... Uma situação única!!! Vocês conseguem imaginar? Imaginar o que senti e vivenciei nesse momento? Ser mãe... inteiramente mãe ao lado do meu pequeno. Um cuidar, interagir que vai muito mais além. Participar, fazer e mostrar para ele. Faço isso o tempo todo, mas essa vivência foi uma bela experiência de troca entre meu bebê e eu. Ainda mais que foi tudo em alemão..rs rs rs  O valor e intensidade foram diferentes! Foi um aprender junto!!!

Para aprenderem também deixo uma música para vocês. Uma música que já escutava com o Felipe em casa, mas que foi diferente nesse espaço, já que Thomas ouviu tocando junto comigo um pequeno chocalho.

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Experimente...Uma delícia!


Aqui são muitas as comidas típicas alemãs e derivadas de outras regiões. É muito interessante como as pessoas curtem a tradição culinária. Por exemplo: é curioso ver o cardápio da escola do Felipe. Tem uma freqüência de comidas típicas e comuns para os alemães. Quantas vezes me pergunto e pergunto para o Boris: "- O que é isso? O que é aquilo?" Para as crianças acaba sendo algo tão natural. Felipe chega em casa falando o que comeu e muitas vezes já solicitando para eu fazer.

Olhando o cardápio de uma semana da escola do Felipe, mesmo sem o conhecimento da língua, consigo identificar algumas coisas conhecidas. Agora, tem muitas que antes de vir para cá não havia ouvido falar.
São muito diferentes dos nossos costumes. No cardápio, tem Salada de Cenoura, Sopa de Macarrão, Sopa de Ervilha, "Obst - fruta", Iogurte, Pudim, Compota mas também tem "Leberkäs gebacken mit Pürree", "Kaiserschmarrn mit Apfelmus" e "Schweinebraten mit Knödel". Querem que eu explique tudo isso? Um de cada vez, ok? rs

Tem alguns pratos que são doces e são considerados como pratos principais na hora do almoço, como é o caso de "Strudel mit Vanille Soße" (acredito que vocês conheçam) ou mesmo do "Kaiserschmarrn mit Apfelmus".

Ontem, pela primeira vez, fizemos em casa "Kaiserschmarrn mit Apfelmus". Já tínhamos feito muitas vezes o Apfelmus (mousse de maçã) para comer com panqueca, mas essa massinha que acompanha foi uma experiência nova. Uma delícia por sinal. O mais divertido, na minha opinião, é que sempre tem uma história / uma lenda para contar sobre as comidas, doces e pães. Adoro saber!!!

Segundo Wikipédia, os Kaiserschmarrn (singular "der Kaiserschmarrn" e plural "die Kaiserschmarrn") são um prato típico da doçaria austríaca. Consistem numa massa frita na frigideira (com farinha, ovos, açúcar, leite, manteiga, casca de limão e passas), servida aos bocados pequenos.
Existe uma lenda segundo a qual o imperador Francisco José (Kaiser, em Alemão) andava à caça e de súbito se viu perdido no meio da floresta. Uma camponesa com pena do imperador ofereceu-lhe um schmarrn mal cozido, para que ele não morresse de fome.
Contudo, é mais provável, segundo os especialistas em gastronomia, que se tratasse inicialmente de uma Käserschmarrn (onde Käser significa "queijeira, em Alemão) e que esse nome posteriormente se tenha enobrecido.

Viram só... para esse prato há duas possibilidades do surgimento da história. Boris ainda conhece como se o cozinheiro do Imperador estivesse preparando e, na falta de ingrediente, improvisou com outro colocando, por exemplo, as passas.
Segue a receita para vocês.

"Käserschmarrn"
Ingredientes:
(Para 2-4 porções)
3 ovos
500 ml de leite
1 colher de chá de açúcar
1 pitada de sal
350 g de farinha
uma colher de sopa de passas
1 pitada de água mineral (gasosa)
30 g de manteiga ou margarina
Açúcar de confeiteiro (açúcar em pó) para polvilhar

Modo de fazer:
Separe as gemas das claras. Bata as claras em neve e reserve-as.
Coloque num recipiente as gemas, o açúcar, o leite e o sal e bata vigorosamente com um batedor.
Em seguida, coloque a farinha, mexendo sempre até a mistura ficar ligeiramente espessa.
Mexer suavemente ao colocar as passas.
A pitada de água mineral misture delicadamente.
Depois inclua as claras em neve e misture tudo.
Derreta a manteiga ou margarina em uma frigideira e adicione a massa. Coloque em fogo médio.
Em seguida, faça igual para uma panqueca. Solte as laterais da massa e corte-as em pedaços. Vire-as com cuidado e não aperte até que esteja pronta.
Sirva com açúcar de confeiteiro.
Tradicionalmente, as panquecas são servidas com molho de ameixa. Ele também é composta de uma forma diferente, por exemplo, com mousse de maçã, compota de cereja, doce de amora e outros.

Agora que vocês já possuem a receita que tal experimentarem esse doce austríaco, que nada mais é do que uma espécie de omelete doce de passas, com um pouquinho de baunilha e polvilhado de açúcar.
Logo, logo compartilharei outras receitas deliciosas com vocês! Aguardem! Qualquer dúvida, escrevam...
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Pendurando "as chuteiras"


Vocês estão achando que esse post será destinado para falar de futebol? Para falar sobre o Zico, Pelé... Estão enganados! Será realmente para falar de uma prática que as pessoas tem aqui na Alemanha:  pendurar as chuteiras compreendendo-as como um objeto grosseiro, que carrega sujeira e que dentro das casas não se pode usar. Não somente as chuteiras, mas todos os sapatos!

Aqui a grande maioria das pessoas tem o hábito de tirá-los dentro das casas, melhor; assim que chegam. Lógico que há casos de famílias que não ligam para isso, mas eu pelo menos, até agora; só conheço pessoas nas quais o Hall da entrada da casa já possue um lugar específico para os sapatos que aparecem por lá.

Cada família logo ao chegar em casa costuma tirar o sapato e, em seguida, calçar o "Hausschuhe" (Haus = casa / schuhe = sapato /  logo, sapato de ficar em casa). É muito divertido, pois as pessoas acabam tendo "Hausschuhe" de usar no verão e no inverno.

O que vocês acham disso? Na verdade, acho bem bacana já que sou eu que limpo a casa...rs rs rs Brincadeirinha, mas é verdade, facilita muito deixando a sujeira para o lado de fora. Principalmente no outono e inverno, que temos neve, dias mais chuvosos e lamacentos. Além disso, é uma maneira de pensar em casa como sinônimo de lar, doce lar, lugar de descanso e de ficar à vontade.

Sabem que muitas pessoas estendem essa prática para o local de trabalho. Boris comentou que muitos de seus colegas acabam fazendo isso. Na verdade,  fazem considerando os dois aspectos: sujeira e conforto. Já imaginaram! Interessante! Vai de cada um...
E no caso das visitas? O que acham que fazem? Devem tirar o sapato? Vou dizer que geralmente elas acabam tirando. É uma prática tão constante que nem se importam. Lógico que eu não me incomodo se a pessoa esquecer de tirar ou querer entrar com o sapato. Limpo a casa de qualquer jeito! Periodicamente! Lógico que se pudermos evitar sujeira será melhor! rs

Visitas

Aqui até vendem uns kits de chinelos, ou melhor, "Hausschuhe" para deixarmos disponíveis às visitas. São divertidos! Fica a critério de cada família. Nós, por exemplo, ainda não temos... Mesmo porque não recebemos tantas visitas assim. Mas é interessante! Quem sabe no futuro! Quem sabe quando vocês vierem me visitar eu já tenha um disponível. Onde costumo fazer a mão tem alguns... Confesso que quando calçei fiquei pensando se havia chulé e algum risco de pegar frieira. Mas estava de meia e o contato não seria direto. Ufa! Ai ai ai acho que prefiro o meu "Hausschuhe".

"Hausschuhe" do amigo do Felipe

Pensando nisso outro dia aconteceu uma coisa muito legal. Recebi uma visita! Mãe e filho (amigo do Felipe da escola). Eles chegaram e começaram a tirar o sapato. Vi que o amigo do Felipe estava carregando uma sacolinha e logo tirou seu "Hausschuhe" para calçar. Em seguida, a mãe que estava de meia calça, também tirou da bolsa um par de meias. Achei tão bacana, pois eles trouxeram o deles e da própria casa. No caso da mãe, foi uma meia mais grossa. Isso é bem pensado, pois há casas que o piso é mais frio. Além disso, sabe-se lá como é o lugar para ficar andando descalço ou de meia. Aqui não é o caso, mas mostraram uma atitude bastante "alemã ou talvez de japonês".... rs rs rs
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Pausa para um café

Para quem é minha fã (assim como diz minha querida ex-professora e amiga) saiba que não sumi, apenas deixei de escrever esses dois últimos dias por alguns motivos: selecionando fotos, buscando informações e um pouco mais de sono. Além disso, ontem quando estava escrevendo, tive que parar pois fiquei tão emocionada e feliz com um presente que ganhei... Tive que parar tudo!!! Mas depois eu falo sobre isso para vocês.

Hoje quero contar da pausa para um café. Pausa mesmo, não em casa, mas no Jardim da Infância -Kindergarten St. Michael. Não basta o Felipe freqüentar um Kindergarten, eu também preciso fazer parte tomando café com outras mães; além de participar dos encontros, reuniões e eventos relacionados ao pedagógico da escola.

Sabem que uma vez por mês a Escola destina uma data, em especial, para o encontro das mães. Sempre recebemos o comunicado. Desde quando o Felipe entrou na escola (setembro/2010) ainda não havia participado de nenhum encontro. Primeiro porque não falo alemão fluente rs, segundo porque sempre fiquei meio assim por não conhecer as outras mães. Pensava: O que faria nesse encontro? Ficaria olhando a mesa? Tomando café e brincando com o Thomas (meu parceiro de todos os momentos)?

Mas após receber o convite da minha vizinha (umas das pessoas que tenho mais contato e se mostra bastante receptiva) resolvi participar junto com ela. Além disso, há pouco tempo conheci outra mãe por afinidade do meu filho brincar sempre com o filho dela e que também estaria presente no evento de hoje. Então, já seriam duas mães....kkkkkkkkkkkkk

A Escola tem como objetivo que esse seja um momento para as mães se integrarem, conversarem sobre assuntos em comuns além de uma pausa para o descanso, para a diversão (assim penso eu...) Elas organizam no "Turnhalle" (ginásio de esportes) uma mesa com cadeiras, pratinhos, xícaras, café, chá e um gostoso bolo. Tudo bem simpático!

Então hoje, pela primeira vez, Thomas e eu participamos desse encontro. Chegando lá cumprimentei algumas mães que já conhecia de vista (entre idas e vindas). Logo sentei perto das duas mães que conhecia mais. Foi um encontro gostoso! Lógico que mais ouvi do que falei, mas tive a oportunidade de avançar mais um pouquinho no meu alemão. Além disso, consegui me comunicar com as mães mais próximas. Pelo menos foi um contato maior! Meu filho ficou um lindo como sempre... brincando... tomando suco....

Conversei sobre a relação do Felipe com as outras crianças e combinar novos encontros entre elas fora do ambiente escolar. Um momento descontraído para olhar o jeito das outras mães e conhecer os assuntos que permeiam as conversas.

Sabem que outra mãe, muito simpática por sinal, veio falar comigo e fazer um convite. Ela me convidou para participar do encontro entre mães com filhos bem pequenos. É isso mesmo! Todas as terças-feiras algumas mães se encontram para baterem papo, conversarem sobre assuntos em comuns e deixarem seus filhos se divertirem com algumas atividades. Já sabia disso desde que cheguei aqui, desde que o Thomas nasceu, porém por motivos já citados anteriormente preferi não participar. Mas talvez na próxima terça-feira, quem sabe.... depois conto para vocês!

Agora nunca imaginei me ver nessas situações e vivências de mãe. Ser mãe em todos os sentidos!!! Quero falar mais sobre isso, mas em outro momento! O sono e o cansaço chegaram... Só posso adiantar que amo meus filhos e fazer tudo para eles!!! Um prazer sem fim!!!
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Thomas - 11 meses


Mais um mês se passou e agora Thomas está completando 11 meses de vida. Parabéns meu lindo filho!
Filho, mas que filho eu ganhei de presente!

Um bebê...

Com cabelos castanhos e bem cabeludo se posso dizer. Lembro que Felipe tinha pouquíssimo cabelo com essa idade.
Com olhos grandes, parecendo jabuticabas. Olhos vivos, expressivos e atentos a tudo que está ao redor.
Pronto para experimentar, saborear... Hoje come que é uma beleza, abre a boca para tudo! Não é de negar que está saudável e uma fofura de se pegar. E que fofura! rs
Sorridente! Menino feliz! Que alegra nosso dia! Irradiante! Contagiante!
Paciente e bem humorado! Espera para comer, espera para mamar, espera para ser pego no berço, para sair do carrinho... Espera, espera pois sabe que logo estarei lá ao seu lado!
Que em tão pouco tempo já adora o irmão. Observa-o pela janela enquanto está brincando lá fora, busca com a mamãe todo dia ele na escola, corre atrás dele, brinca com ele, chama e sorri para ele.
Que ora rasteja pelo chão ora engatinha.
Que está querendo nos alcançar, já ficando de pé e segurando em tudo e todos.
Que bate palminha bate...
Dá tchau. Acena tão bonitinho!
Que quando é noite e já está na hora de dormir, colocado no berço, dorme, dorme... sem chorar...
Que mexe, remexe, mexe, remexe em tudo!
Que adora passear! E diferente dos demais homens me acompanha às compras no shopping sem reclamar.
Que sabe resmungar, balbuciar algumas sílabas para chamar nossa atenção.
Que olha ao ser chamado pelo nome.
Que já sabe quando não pode fazer algo.
Que já ajuda para se vestir.
E que agora já tem a sua nova cadeira no carro, podendo olhar o mundo de frente.

Um bebê que... não, já quase um menino, afinal hoje faz 11 meses!!!




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Valentinstag


Hoje (dia 14 de fevereiro) é a comemoração do “Dia dos Namorados” na Europa e nos EUA. Desculpe postar somente hoje, mas ontem estava namorando...rs rs rs

A origem dessa data para essa celebração é em homenagem a um bispo romano chamado Valentim.
A história, segundo Wikipédia, é assim. Durante o governo do imperador Cláudio II, foi proibida a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens se não tivessem família, se alistariam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimônias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Assíria filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram-se apaixonando e ela milagrosamente recuperou a “Visão”. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “De seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270 d.C.


É tradição na Europa, principalmente na Alemanha, oferecer para quem você ama estas divertidas "bolachas", as Lebkuchenherzen. São bolachas de gengibre, parecidas com pão de mel, cobertas de açúcar ou chocolate com diversos dizeres. Você mesmo escolhe o que quer escrever. Há vários tamanhos e formatos, e é uma mania por aqui. Também são adequados para serem oferecidos em casamentos, aniversários, festas tradicionais, como lembranças (Oktoberfest), dia dos namorados, Páscoa e Natal. Há vários tamanhos e formatos, mas os mais tradicionais são os de coração. Quem adquire uma Lebkuchenherzen, terá a lembrança de uma linda estória para contar!! Para tudo se tem uma história, não é mesmo?

Penso que Dia dos Namorados devia ser todo dia. Todo dia ou pelo menos umas duas, três, cinco vezes na semana devia ser o Dia dos Namorados. Nós mulheres devíamos receber flores, cartões, chocolates e surpresas do namorado e/ou marido (coloquei e/ou pois tem pessoas que ainda estão na fase do namoro e outras que já estão vivendo a fase namora o marido). Sei que muitos fazem tudo isso, mas também conheço aqueles que precisam ser lembrados. E aí cabe a existência dessa data!

Acho que essas datas (Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia dos Mortos, Dia do Natal e outras) servem para lembrarmos de valores e pessoas importantes na nossa vida. Servem para comemorarmos ao lado das pessoas que amamos. É um pretexto e pequeno lembrete para nos tornar mais unidos, por mais que muitos não estejam no momento.

Acredito que as pessoas devam fazer de tudo para ficarem bem dia a dia. Principalmente namorados, marido/mulher e familiares. Mas há outras coisas em jogo! Nem sempre tudo é um mar de rosas! Fazer o que? Por que?

Apesar de uma pedra no caminho e de espinhos que surgem o AMOR sempre fala mais alto. Quando há AMOR de verdade tudo se resolve! A gente discute, perdoa e AMA!

Quando se ama de verdade todo dia é dia de namorar, de curtir e aproveitar cada segundo um ao lado do outro. E presente... presente a gente dá quando tem vontade, quando desejamos fazer uma surpresa, quando vemos algo bacana na loja e lembramos da pessoa. Não precisa ter data marcada!

Ah, agora vou contar: apesar de achar tudo isso comemorei muito ao lado do meu marido. Essa data, nesse ano, no atual momento com filhos pequenos fez com que repensasse algumas atitudes e aspectos importantes do casamento. De uma vida de casal! Por exemplo: que ainda tenho tanto para fazer, pra viver ao lado do meu amor! Tanto, tanto... E que seja uma eternidade enquanto estiver ao lado dele!
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Participe ao menos...


Dando sua opinião!!!

Já que você que é tão especial e não participará do aniversário de 1 ano do Thomas faça o seguinte: participe ao menos opinando sobre a pequena festa que faremos para ele na nossa própria casa. Que tal?

No aniversário de um ano do Felipe fiz tudo planejado e o melhor (aos meus olhos e pelas condições financeiras). Desde o convite até as lembrancinhas. Vocês lembram? Se não recordam, seguem duas fotos:


Pensei nas cores, onde faria a festa (salão), nos enfeites, mandei fazer a lembrancinha (álbum de fotos mês a mês), convidei a família e pessoas mais próximas. Nós, adultos, tenho certeza que curtimos e muito! Aproveitamos, pois estava tudo uma delícia. Agora, e o pequeno Felipe na festa. Aproveitou? Gostou? Divertiu-se?

Já tinha idéia de que festa de 1 ano de idade são para os adultos, para os pais e familiares. Mas pude confirmar quando vi meu filho com olhar estático para todas as pessoas ao redor e assustado com tanta falação. Mas, tudo bem, passou... Hoje posso mostrar as fotos. Podemos recordar! Também acho que é um marco especial da vida. Afinal, o primeiro ano de vida não dá para deixar de comemorar. Será a primeira de muitas comemorações!!!

Estou contando tudo isso para compartilhar minhas impressões e para dizer que agora sim estou vivendo em condições de fazer uma festa em casa e somente para os pais. Não estou desprezando vocês, muito pelo contrário; gostaria que todos estivessem aqui. Nem quero falar em saudades... Mas que agora farei algo pequeno e caseiro para ele. Acho que aproveitará mais, pois estará no ambiente habituado e com os próprios brinquedos.

Vocês acham uma festa sem graça? Ah, não será!!! Quero fazer algo bacana para que também possamos recordar através de fotos e do momento que estamos vivendo. Sabem que lembro com emoção das festas preparadas pela minha mãe, no qual uma amiga preparava os bolos decorados. Para que viver no mundo do Buffet? De ter tudo pronto e sem curtir o fazer, preparar e organizar? Acho que tem idade certa para comemorar de um jeito ou do outro.

Agora, se terá convidados ainda não sei e não decidimos. O que acham?  Às vezes penso que seria bacana algo só para nós, mas às vezes acho que poderia convidar os vizinhos (que o Felipe chama de avós), além disso a Ingrid (que Felipe chama de "oma" - avó) tem se mostrado tão minha parceira e gosta tanto dos meus pequenos. Sei lá! Tem os filhos do chefe do Boris que são nossos vizinhos e brincam muito com o Felipe. Ainda não sei...

Gostaria mesmo é que opinassem sobre a pequena festa e sabem como? Dizendo o que acham mais bacana na decoração para a mesa, nos comes e bebes e se haverá convidados ou não.

Vocês podem pensar que falar sobre a decoração para a festa de aniversário de 1 ano e em casa é muita perda de tempo, mas quero fazer isso pelo meu filho, por seu 1º ano de vida e também por gostar... Para quem me conhece bem sabe o quanto gosto de planejar, preparar todas essas coisas que envolvem decoração em si.

Sendo assim, comecei a pesquisar em sites e estou na maior dúvida quanto aos temas e cores. Quero algo colorido e com bexigas.


      

       

 O que acharam dos temas? A partir da escolha de um deles penso em organizar o restante das coisas. Quanto ao comes e bebes ainda estou pensando. Logo compartilharei tudo com vocês! Aguardem!
Ah, para quem quer opinar e não consegue deixar comentários, que tal mandar um email?
Obrigada!!!
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Você fala alemão?


Eu??? Eu não... Sobrevivo! Comunico-me! Básico! Básico!

Engraçado pensar nisso, pensar o que vocês devem imaginar da minha comunicação aqui na Alemanha. Difícil, bem difícil!!!

Sabem que quando começamos a conversar sobre morar aqui, logo me matriculei no curso de alemão no Goethe Institut São Paulo. Foi bom iniciar o curso, porém achava muito difícil e tinha pouquíssimo tempo para estudar. Mesmo assim, tive que me dedicar um pouco pois precisei do certificado do A1 - Start Deutsch 1 - para conseguir o visto para cá. Ufa! Não foi fácil não, mas consegui que desse tudo certo e no tempo determinado.

Depois de um tempo morando aqui estava na hora de me matricular num curso de alemão, tanto para a sobrevivência vivendo cercada de pessoas falando somente essa língua, como para conseguir finalizar o curso básico e um diploma que é necessário para o visto permanente. No entanto, não finalizei o curso. Não deu tempo, pois engravidei do Thomas. Comecei o curso em setembro e parei em novembro. Foram 3 meses de curso, agora faltam mais 3 ou 4 meses se não me engano. Não tinha forças para continuar, pensando no meu bebê que estava para chegar e, também, na decoração do quarto, enxoval, móveis da casa, Felipe e Boris. Agora, vocês devem estar se perguntando: E o visto? Então, com a gravidez, consegui prorrogar o visto até maio de 2012. Isso quer dizer que até lá preciso ter finalizado o curso e ter conseguido os certificados (curso básico e de conhecimentos da história da Alemanha).

A minha intenção é retomar o curso ainda esse ano, já que meu filhote completará 1 ano e logo, logo poderá freqüentar um berçário. Preciso retomar! Fazer isso para o bem deles e por mim. Para eles pois serei uma mãe melhor ainda, já que conseguirei me comunicar com as outras mães dos colegas do Felipe, com as professoras e com pessoas diversas nos lugares que fazemos os passeios. Por mim, para que me sinta menos excluída. Para começar a ter um pequeno sentimento de pertencer a um lugar tão desconhecido. Para me comunicar, para falar com todos ao meu redor, para fazer amizade sem receios, para perguntar, para elogiar, para reclamar... para FALAR!!! Falar pelos cotovelos!!!

Bom, mas até agora minha comunicação foi assim... (Não vale dar risada!) Acredito que durante o primeiro ano falei pouco, mas muito pouco. As palavras que faziam parte do meu repertório eram: Bitte (por favor), Entschuldigung (Desculpa), Hallo (Olá), Ich bin (Eu sou), Ich komme aus, Gestern, Heute, Morgen, Guten Morgen, Guten Tag, Guten Abend, Gut entre outras. Eram palavras de cumprimento, para saudar e ser educada com as pessoas. E mesmo assim para não ser feia em alguns momentos ou parecer mal educada dizia e ainda falo para todos: "- Entschuldigung, aber ich spreche ein bisschen Deutsch". Logo as pessoas percebem que não falo a língua e de duas uma: me ignoram ou são super boazinhas começando a falar bem devagar, beeeemmmm devvvvvaaaggggarrr com o intuito de que eu possa vir a entender...kkkkkkkkkkkkk

Durante todo esse tempo vivendo aqui posso dizer que minha comunicação tem sido através de palavras que conheço e aprendi no curso. Um pouco mais amplo do que essas que apresentei a vocês. As palavras, na sua maioria, vem acompanhadas de gestos e mímicas, para garantir que haja compreensão. Os verbos também aparecem, mas conjugo somente alguns... É difícil! Ainda precisarei estudar muito!

Quanto a compreensão, posso dizer que melhorou bastante. Quando a pessoa fala vagarosamente entendo o contexto da frase, da situação. Agora, não me apego tanto a todas as palavras, mas tento compreender o sentindo e sobre qual assunto está sendo falado. Diferente de antes, que queria andar grudada com o dicionário, Google translate ou mesmo com um tradutor eletrônico. Talvez ainda comece a andar com todos esses materiais / equipamentos. Quem sabe quando retomar os estudos e estiver voltada para estudar, aprender, saber mais e mais. Acho que tudo tem o momento certo!

E querem saber... quando preciso de algo urgente me comunico sim. Se precisar e puder antecipo perguntando isso ou aquilo para meu marido ou mesmo olhando no Google translate. Sabem que um dia queria fazer uma torta e minha farinha de trigo estava no final. Aí tive a brilhante idéia de pedir emprestado para a vizinha. Mas aí veio a dúvida, como fala pedir emprestado Mehl (farinha)? Lá foi a Celi olhar no Google translate e ouvir também como dizia as palavras (pronúncia correta). Foi divertido! A urgência e necessidade fez com que eu precisasse falar.

Por falar em comunicar-se. Sabem que o pequeno Felipe está começando a falar muito em alemão. Então, também tenho aprendido com ele. Já vivi várias situações nas quais o Boris está me ensinando como fala isso ou aquilo e, de repente, vem o pequeno Felipe dizer: "-Mami, é assim..." e solta com a maior facilidade a palavra desejada por mim. Nunca imaginei que meu filho de 3 anos seria meu professor...rs rs rs

Ah, para finalizar esse post não posso deixar de contar para vocês que tem uma pessoa no qual exercito meu alemão todos os dias. Sabem quem é? É a vizinha, dona da casa onde moro, aquela que o Felipe chama de "oma" (vovó). Ela é paciente e parece entender muito do que digo. Lógico que, às vezes, faz cara de ponto de interrogação. Mas com ela não tenho vergonha, solto a língua para tentar ter o mínimo de papo. Muito do que ela diz... eu entendo! eu sei realmente o que disse! Até que não está tão ruim... melhor pensar por esse lado! Já que tenho uma jornada pela frente!

Cheia de dúvidas... Que língua difícil!!!
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Consumidora? Eu!


Ai como adoro ver meus filhos bem vestidos! Acho que todas as mães, não é mesmo?

Só não gasto mais porque o Boris não abre tanto a carteira assim....kkkkkkkkk  Brincadeirinha! Nós temos alguns combinados e metas mensais em relação aos gastos extras, mobiliar a casa, guardar dinheiro entre outras coisas.

Mas esse post é para falar o quanto tenho prazer e sou feliz comprando roupas para meus filhos. Depois que tive o Felipe e o Thomas, parei de comprar tanta coisa para mim. Agora, vou passear e penso em quem: Nos meus lindos meninos. Entro na loja Zara, no andar de roupa feminina, mas prefiro subir para olhar as roupas infantis. Nem sempre comprar, algumas vezes somente para olhar. Mas o foco são eles,  é a vida, eles são minha vida, acho que é ser mãe... pensa, pensa nos filhos.


Também vou dizer que percebo que a cultura é bem diferente. O alemão em si não sente urgência e necessidade de comprar, comprar, comprar e comprar. Conheço pessoas que só tem um casaco de inverno e serve para todas as ocasiões. Acreditam? Também a estrutura e valores são outros! Aqui muitos não ligam para isso, para ficar combinando o tempo todo. Pensam que roupa é para vestir, se proteger do frio e não importa mais nada. Dure enquanto durar!!! Não se preocupam com o que o outro vai pensar, somente com o próprio bem-estar. Em parte, na minha opinião, estão certos! Mas tenho outra opinião e costume, fazer o que?! rs Deixa eles viverem assim... eu vivo do meu jeito. Nem 8 ou 80! (conhecem essa frase?)

Minha mãe sempre dizia que abria mão disso ou daquilo para ver a nossa felicidade. Hoje entendo o que é isso... Querer ver o bem estar do outro! Mas sabem que meus filhos ainda não pedem nada. Eu que vou lá, que fico xeretando no site e compro. Lógico, que são necessidades que eles ainda não enxergam.

Adoro planejar, ficar vendo as roupas do Felipe para pensar nas possíveis combinações. É muito gostoso! Gosto muito de vê-lo indo para a escola e cada dia com uma roupa. Tenho satisfação em ver meu filho arrumado, cabelo penteado, cheiroso... Assim como ele mesmo diz: "Mami, tomar banho para ficar gotoso, cheroso!" Lindo, não é mesmo!

Ele não costuma pedir as coisas, mesmo porque não queremos criar e educar nossos filhos para serem consumistas ao extremo. Queremos vê-los felizes!!! Bem!!! Queremos que curtam e aproveitem as surpresas, os presentes de aniversário e de Natal. Isso que é gostoso! Saberem que tudo tem a sua hora e que nada cai do céu. Começam a dar valor, não é mesmo!?

Felipe é apaixonado por alguns brinquedos (como ele mesmo diz: "- Felipe liebt zug - trem, auto -carro) como carros, caminhões, ônibus e trem. Temos situações no qual vendo os mesmos em catálogos ou nos livros, diz: "- Mami,  kaufen!" "Mami, compra!" "Papa, kaufen!". Nesse momento, temos falado para ele que se quer esse ou outro brinquedo, que deve pedir sim, mas de aniversário ou no Natal.

Não dá para ter sempre essa frase em mente! Não dá para entrar sempre numa loja, agarrar um brinquedo para largar somente quando o pai for passar no caixa. Complicado!? Como é difícil educar!

Sabem que enquanto professora e atuando na sala de aula não tinha idéia de tantos aspectos / preocupações assim. Bem que dizem que quando somos mãe, nos tornamos uma melhor professora. Que baita desafio! Transmitir valores, desejar certas atitudes só que dessa vez... para os próprios filhos.

Voltando ao assunto das compras, sabem que melhorei um pouco...rs rs rs Agora, até freqüento bazar! Sabem que aqui sempre tem Bazar de roupas infantis. Se fuçar nos jornais, encontro todo mês. Estou falando assim, mas é uma ótima opção. As mães daqui de Sinzing (da escola do Felipe) costumam participar e comprar. Desde que chegamos já fui em alguns e encontrei coisas boas, num preço melhor ainda. Agora, tenho "aquele olhar" para cada detalhe da peça e chego a ser chata. Não compro qualquer coisa... só porque o preço está acessível. Aprendi a andar limpa, sem roupa rasgada e quero passar isso para meus filhos. Então tem que cuidar do que compra, né!?

Gosto de roupa com qualidade. Não ligo para a marca, mas precisa ser boa. O que adianta pagar barato e depois da primeira lavada a gente já ver tudo esgarçado?

Quando estava grávida do Thomas fazendo enxoval comprei bodys aqui na Alemanha (em lojas baratas e boas) e também comprei diretamente na GAP. Lembro o mesmo para o Felipe no Brasil. Posso dizer que a malha da GAP não tem igual. Veste muito bem, um corte pensado e feito para bebê e criança. Sinto muito se gosto dessa loja, se às vezes gosto das coisas mais caras... Mas muitas lojas caras são boas demais! Simplesmente adoro!

E para minha alegria e dos meus filhos sabem que agora tem aqui na Europa? Dá para comprar online? Tem o site da GAP Europa. Ainda não comprei, mas logo... logo... Ainda mais que vi que tem um bom preço. Para finalizar deixo uma foto dos meus filhos para vocês, com roupa bonita ou não, são lindos demais!!!



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Sobrenome


Sabiam que aqui na Alemanha o sobrenome tem um destaque maior? Para tudo somos os Oberding! É a  referência. Quando casei acabei optando em deixar somente o sobrenome do Boris, pois achava que meu nome ficaria muito grande. No entanto, aqui se faz e muito uso do meu sobrenome.

 OBERDING 

Alguns de vocês podem pensar que abandonei o sobrenome da minha família; mas foi de comum acordo e acredito que isso não faz com que deixemos de fazer parte da família ou mesmo que percamos nossa individualidade / identidade.

Aqui na Alemanha até um tempo atrás a mudança do estado civil tinha conseqüências não só para o imposto de renda, mas para a situação familiar. Com o casamento e surgimento de uma nova família, a mesma deveria ter um sobrenome comum prevalecendo o do marido. Isso passou por um longo processo de análise e de mudanças:

"A adoção do sobrenome do marido como nome familiar conjunto tornou-se comum entre a população durante o século 19 e foi incluído então no Código Civil de 1900, praticamente como direito consuetudinário. O parágrafo 1355 fixava, então, de forma incisiva e sucinta: "A mulher adota o sobrenome do marido." Um comentário jurídico procurava justificar a regulamentação legal: "É a posição do marido que faz com que a esposa adote o seu sobrenome. Ela não apenas tem o direito, mas também a obrigação de adotar o sobrenome do marido."
Durante muito tempo, a situação permaneceu assim. Na época da República de Weimar (1918-1933), foi permitido que a esposa mantivesse o seu nome de solteira junto com o sobrenome do casal, mas somente com a concordância explícita do marido. Em 1957, como conseqüência da lei de equiparação de direitos entre a mulher e o homem, tal possibilidade tornou-se então um direito da mulher, deixando de ser exigida a concordância do marido.
Somente com a reforma do direito matrimonial, em 1976, é que se tornou possível a adoção do sobrenome da mulher, como sobrenome comum da família. Contudo, os cônjuges tinham de estar de pleno acordo com isto. Não havendo um consenso entre os dois, o sobrenome do marido tinha de ser adotado como sobrenome familiar. Foram dois casos deste tipo, nos anos 1980, que levaram à sentença do Tribunal Constitucional Federal em 1991".1

Atualmente no dia a dia ainda podemos notar que se sobressai muito mais o sobrenome do marido. São raros os casos que aparecem os dois sobrenomes ou o da mulher como sobrenome comum da família. Um exemplo: no trabalho do Boris tem uma colega que casou e manteve o sobrenome. No email da empresa aparece o sobrenome do marido dela, porém no endereço do email aparece o de solteira.

"Com a sua decisão, o Tribunal Constitucional Federal abriu caminho para uma regulamentação legal coerente com a "realidade social reinante" (no qual há elevadas taxas de divórcio e novos casamentos). Contudo, o costume secular não foi inteiramente abandonado, de um momento para o outro: em todas as partes da Alemanha, apenas um quarto dos casais abre mão da tradicional adoção do sobrenome do marido como sobrenome familiar".2


Mesmo com a realidade social vigente, podemos dizer que a tradição mantém a importância do Sobrenome. Primeiramente por uma questão de respeito ao se dirigir a outra pessoa, incluindo senhor ou senhora. No nosso caso, "Herr ou Frau". Em segundo lugar, em empresa, entre diferentes níveis hierárquicos. Agora, se tratando de pessoas jovens (abaixo de 18 anos) nos referimos por "Du" (você) e não por "Sie" (senhor / senhora).

A forma como nos referimos as pessoas mostram a relação que desejamos ter com elas, além do respeito. Normalmente sou chamada por Frau Oberding... por "Sie" e somente depois a depender da proximidade por Celi... por "Du".

O Sobrenome realmente marca quem você é / mostra sua identidade. Nas caixas de correio geralmente podemos ver os Sobrenomes e dificilmente os nomes / sobrenomes. Por isso, vale a dica para quem quer escrever para nós: Não esqueçam de colocar o nome e sobrenome. Além disso, fica visível somente o sobrenome na campainha, na lata de lixo (quando há mais de um morador na mesma casa) e nos comunicados da escola do Felipe.




Outra coisa engraçada e estranha ao mesmo tempo é quando realizamos um telefonema para alguém. A pessoa sempre atende falando o sobrenome e dificilmente, raramente o nome. Agora, até parece... atendo logo dizendo "-Hallo!" "-Alô!"

Esse é mais um ponto diferente na cultura alemã e que precisei me acostumar: Ser chamada de Frau Oberding!!! Seja nos consultórios médicos, na escola do Felipe, por pessoas até então desconhecidas...

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Bela ou Fera


Não vou contar uma história para criança, é uma história real e às vezes assustadora...

Quando cheguei na Alemanha tinha uma grande preocupação: Encontrar alguém bacana e um lugar bom para fazer a unha e cortar o cabelo. Minhas inquietações giravam em torno de:  Será que terei tempo para cuidar de mim? Todos diziam que aqui seria difícil, pois não tem empregada, aqui todo mundo faz tudo em sua própria casa (desde limpar, cozinhar, montar móveis, consertar, pintar...). Além do mais, diziam que tudo era muito caro. Mas com a escolha feita, não tinha outro jeito a não ser esperar e deixar o tempo correr.

Sendo assim, antes de sair do Brasil, verifiquei todos meus pertences de beleza...rs Precisava garantir algumas coisas para os primeiros meses vivendo num país e cidade totalmente desconhecida.

Comprei mais esmalte, pinça, alicate afiado, cortei o cabelo, fiz depilação de cera quente; enfim, preocupações que acredito que toda mulher deveria ter. Hoje, morando aqui há algum tempo, pude confirmar que nem todas alemãs ligam para isso. Por exemplo fazer a unha. Não estou criticando, mesmo porque tem muitas que se cuidam e, às vezes, até chegam a exagerar na maquiagem, no perfume e nas roupas extravagantes. Mas quero dizer que a cultura é diferente! Que elas pensam diferente! Sei lá... parece que muitas depois que tiveram filhos deixaram de se cuidar. Parece que fazer a unha, usar maquiagem é para gente jovem. Digo gente jovem dos 15 aos 30 anos no máximo.

Aposto que vocês estão rindo... mas é verdade! Será que estou errada? Será que estou rodeada de mães que não se cuidam? Vou compartilhar um segredo! Sabem que às vezes não me sinto bem ao lado de outras mães. Sei lá se é por não falar alemão fluente, se é porque elas são muito diferentes, se é porque elas não usam maquiagem. Quando busco o Felipe na escola costumo não abrir a mão, não é pelo fato de ser muquirana, mas para que as mães não fiquem reparando nas minhas unhas feitas.

Não vou dizer que sou uma mãe impecável, mesmo porque não tenho tanto tempo com dois filhos pequenos e que vivem atrás de mim. Mas me esforço para fazer o mínimo. Vocês entendem ao que estou me referindo, né?

Continuando posso dizer que foi bem difícil, pois tive que me adaptar com tanta coisa. Ainda estou em processo para superar tudo. Não encontrei todas as soluções de beleza no molde brasileiro. Vejam só!

Depilação: Para quem tinha preferência em fazer no salão e com cera quente aqui acabei perdendo. Atualmente eu mesma que faço e tenho gilete, cera fria, cera quente e também aquela máquina elétrica da Philips. Acabo variando a depender da minha disposição, mas o importante é fazer.

Vocês já ouviram falar que as alemãs são suvaquentas? Até agora sabem que vi poucas, eram pessoas mais velhas. As mais novas acredito que já conheceram todos os apetrechos possíveis.

Cabelo: Sabem que é muito caro para cortar o cabelo? Na maioria dos lugares é acima de 40 euros. E olhem que é só para cortar o cabelo, pois lavar é um valor a parte! Façam as contas pensando em reais. Precisei vasculhar para encontrar um bom lugar e num preço acessível. No começo, pedi indicação para a vizinha mais velha do lado esquerdo e acabei não gostando do lugar. Depois cortei algumas vezes em lugares aleatórios. Olhava para ver se estava cheio, se tinha um bom movimento e entrava. Após um certo tempo, a vizinha novinha do lado direito me indicou um ótimo lugar. Adorei!

Se eu já precisava cuidar do meu cabelo no Brasil, aqui então acho que o cuidado deve ser  dobrado. Querem saber por que? Porque aqui a água deixa o cabelo seco e sem vida. Acreditam? A água! Na água tem cal e por mais que haja uma filtração e substância química para fazer com que haja decantação não tem jeito. O valor do Ph é diferente!

Então, se vocês virem me visitar se preparem com bons shampoos e cremes.

Por sinal, na minha opinião, acho que é possível comprar bons produtos para o cabelo. Por exemplo: os produtos da linha Kérastase são mais acessíveis pensando na nossa moeda. No Brasil achava muito caro e aqui consigo me realizar comprando os shampoos, máscaras e tudo mais. Não só dessa linha, mas da Vichy, La Roche Posay e outras.

Rosto / Corpo / Pele: Aqui é preciso cuidar e, a depender da estação, cuidar em excesso.  Não adianta dizer que não usa creme para o corpo e para o rosto. Vai ter que usar! A pele fica extremamente seca no inverno. É preciso até deixar um creme de mão na bolsa, outro no carro e outro na cabiceira da cama. Ah, e precisa ser um creme de uma marca boa, senão não adianta nada.

Unha: Ai como foi difícil arrumar um lugar para fazer a mão e o pé. Passei um bom tempo com o alicate na mão e não gostei nem um pouco. Não nasci para isso! Mas bem cara de pau acabei perguntando para a vizinha novinha do lado direito, pois tinha visto a mão dela tão impecável. E não é que ela me indicou o lugar. Na primeira vez achei tudo muito estranho, rs rs rs Têm muitas diferenças entre fazer a unha no Brasil com a manicure e aqui num "Nagelstudio". Elas não são consideradas manicures, apresentam vários diplomas de cursos, usam produtos e ferramentas bem diferentes. Ainda não tinha visto nenhum deles. Além do mais, a mão dura que é uma beleza. Fico com a unha intacta por pelo menos 3 semanas e olhem que lavo, passo, cozinho, limpo a casa praticamente todos os dias. Agora, tem a parte reveladora que é em relação ao preço, já que os produtos também são muito caros. No lugar mais barato (onde eu faço, é lógico) custa em torno de 43 euros. Tem lugares que cobram em torno de 70 a 80 euros. Dá para acreditar?

E vou dizer para vocês que a pessoa precisa ser muito habilidosa. Não só porque faz a unha com esses equipamentos diferentes, mas porque elas fazem praticamente uma "obra de arte" na unha. Desenham, decoram, enfeitam... É raro a mulher que não deixa colocar um detalhe na unha, nem que seja um simples brilho - "Steine".

Até comecei a gostar, mas tem que ser algo bem discreto! Muito discreto!!!

Tem várias linhas de produtos. A princípio estou conhecendo os da abc nailstore. Para quem é curiosa, dê  uma olhadinha no site: http://www.abc-nailstore.de/
Agora, vou inserir algumas fotos para vocês conhecerem a "mega produção". Todas foram feitas no Nagelstudio onde faço a mão. Se quiserem, também podem acessar o site. Lá tem uma bela galeria de imagens - http://www.nail.dealer.com/ -  Divirtam-se!



Bom, todas são possibilidades e depende muito do gosto de cada uma. Posso dizer que nenhuma me encanta. Prefiro ser mais discreta. No máximo pintar com uma cor mais chamativa como vermelho, vinho, chocolate ou ameixa a depender do dia e da inspiração.


Tem gosto para tudo, não é mesmo? E aí vocês acham que aqui tem mais Bela ou Fera? Acham que eu me encaixo em qual categoria...kkkkkkkkkkkkkkk
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Nossa primeira visita

 ... que já ficou conhecida na cidade inteira nas primeiras horas.

Outro dia Catarina Kim escreveu a seguinte mensagem no meu mural - facebook:
"Celi!!! O Marcos está em Berlim encantado com a cidade e povo alemão!!! Disse que são solícitos, simpáticos e muito organizados.....Ficou impressionado com o metrô, que não tem catraca pq o povo lá é honesto, compra direitinho o quanto vai usar. A Renata hj contou a história da carteira no ônibus e como ela chegou na sua casa, mto engraçado!! Agora fiquei com mais vontade ainda de te visitar....bjs"

Adorei ler essa mensagem, pois ela me fez lembrar a primeira visita que recebi na minha casa. Por sinal, foi uma delícia e muito divertido! Vou contar a história para vocês, mas antes preciso apresentar quem foi essa pessoa tão especial que chegou, sem ao menos a casa estar mobiliada e organizada. Praticamente chegou para ajudar na arrumação...rs rs rs
 
Bom, agora vocês já viram quem é... Para quem conhece sabe que ela é uma das minhas grandes amigas. Também não tenho muitas! Foram poucas amigas que continuaram mantendo contato, se preocupando realmente comigo e com a nossa amizade. A Rê é especial e para sempre, me deu toda força do mundo logo que mudei para cá. Agradeço de coração a ela e todas que me apoiaram no momento difícil de mudança. Mas agora chega de elogios às minhas amigas. Quero contar da vinda dela para cá que trouxe muita alegria e, ao mesmo tempo, confirmou um tanto do quanto é seguro viver nessa cidade, o quanto é confiável!

Na época, agosto de 2009, Renata estava morando em Portugal. Resolveu vir passar uma semana comigo na Alemanha. Estávamos combinando há tempos e deu tudo certo! Chegou no verão para aproveitar um pouco ao nosso lado. Ainda bem, já pensaram se fosse inverno, no qual ficamos muito mais em casa? Ainda mais na época, sem mesa, sem sofá, sem um monte de coisas que nem me lembro mais... Mas tenho certeza que ela lembra bem. Não é mesmo, Rê?! rs rs rs Precisa ser amiga mesmo!

Como ela viria sozinha explicamos tudo direitinho como fazer desde o aeroporto até aqui. Após o aeroporto Renata pegaria um trem para Regensburg e depois "esperaria" pelo Boris na estação. Desde o início, muito determinada disse que não queria incomodar o Boris no trabalho, que daria um jeito para chegar até a porta da minha casa. E, assim foi... pegou o trem de Munique para Regensburg (cerca de 1 hora), depois um ônibus de Regensburg para Sinzing (mais 15 minutos). Estava muito animada e corajosa para enfrentar todos os alemães que aparecessem na sua frente.

Quando chegou em Sinzing Boris foi buscá-la, pois não merecia enfrentar tudo isso e subir a pé e com mala para minha casa (já que moro no alto). Chegou bem, meio cansada!!! No mesmo dia, assim que começou a tirar as coisas da bolsa e da mala.... Ah, acho que o celular para escrever ou falar com o maridão Túlio, se deu conta de uma coisa: Adivinhem? Ela havia perdido a carteira!!!! Carteira com documentos e dinheiro. Um tanto bom de dinheiro! Euros!!!!

Não acreditei!!!!! Procurou e procurou... pensou e pensou... Logo concluiu que na correria dentro do ônibus para pagar, para localizar onde tinha que descer; acabou esquecendo a carteira no banco.

E vocês, o que pensam nesse momento???

 Já era a carteira! Alegria de quem encontrou e pegou todo o dinheiro!

Não, não, não!!! Enganados!!!

Vejam só! Nesse desespero todo comentamos com nossos vizinhos (aqueles que o Felipe adotou como avô e avó). Logo eles comentaram do outro vizinho que trabalha na Polícia Ferroviária e que talvez pudesse ajudar. Dito e feito! Falaram com ele e o mesmo nos informação a Localização da Companhia do ônibus em Regensburg. Lá fomos nós (Felipe, Boris, Renata e eu) e quando chegamos descobrimos que essa linha não era dessa empresa. Na maior tristeza, desancanamos um pouco e fomos fazer compras.

Quando voltamos para casa a vovó (vizinha) quase despencou da varanda para contar a novidade para nós. Haviam localizado o motorista do ônibus e o mesmo estava com a carteira da Renata. Ufa!!! A vovó já tinha combinado com o motorista em entregar a carteira no dia seguinte, no mesmo horário e ponto de ônibus que a Renata havia descido; já que o motorista só fazia essa linha uma vez por dia e sempre no mesmo horário.

No dia seguinte, lá fomos nós para o ponto de ônibus às 14h e tantos minutos. Renata estava com vergonha. Também a maior situação, quem podia imaginar uma coisa dessas acontecendo...rs Logo, vimos o ônibus chegando... Ai, ai meu Deus!!! Bom, mas não tinha jeito. Tinha que ser assim para recuperar a carteira. Então, o motorista parou, abriu a porta da frente, Renata subiu e pegou a carteira. Não me lembro bem, mas acho que tentou agradecer em alemão, em inglês, em português... Estava feliz da vida!

Quando desceu e enquanto caminhávamos de volta para casa Renata conferiu se tudo estava lá dentro e não é que TUDO, mas TUDO ESTAVA LÁ, ASSIM COMO HAVIA DEIXADO. Uma beleza!

Depois disso, tivemos bons momentos de risos, nós conseguimos curtir nossa ilustre visita e Renata:  















Que saudades!!!!

Mas foi muito bom... tanto que retornou novamente em dezembro do mesmo ano. Só que dessa vez para curtir um pouco o inverno e ao lado do marido que também pode vir... Adoramos as visitas!

Quero finalizar deixando um agradecimento a Cata e Renata que me ajudaram a recordar esses bons momentos.  
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Mudanças no Blog



Sabem que estou adorando escrever no Blog? Além de ser um meio para desabafar, está sendo interessante postar fotos, contar sobre o que acontece no meu dia a dia e sobre a cultura alemã.

Quero escrever sobre tantos temas. Acho que deveria ter começado bem antes, desde que cheguei na Alemanha. Mas não foi possível, pois tive um longo período de adaptação e também um pré-natal. Tinha que dar a merecida atenção a tudo isso.

Mas agora vou dedicar um pouco do meu tempo para dar notícias e contar sobre as maravilhas e angústias de morar do "outro lado".

Até agora são poucas as pessoas que tem acesso a esse Blog. Acabei mandando o endereço somente para os familiares. Mais como uma forma de teste! Não foi tão fácil escolher o nome e layout desse blog, demorou um tantão. Ainda assim, posso dizer que não gostei 100%. Com isso, "xeretando" em outros sites e blogs, percebi que podia ter um layout bacana e investir um pouco onde estarei postando diversos assuntos, criando um diálogo com vocês.

Algumas pessoas já disseram que está difícil registrar os comentários. Então, peço um pouquinho de paciência pois, em breve, acredito que tudo ficará mais fácil. Não abandonem.... continuem sendo meus seguidores... rs rs rs

Logo vocês terão uma SURPRESA! Aguardem!!!
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