Avôs, Vó, Vovó, Oma...

Quando viemos para cá e, enquanto procurávamos uma casa para morar, logo tivemos a oportunidade de morarmos na mesma casa que os pais do chefe do meu marido. Como assim? Morar junto e na mesma casa? Calma que não é bem assim. Aqui encontramos casas com um único morador, pequenas casas que parecem pequenos prédios tendo até quatro andares e também casas que tem dois andares. Tivemos sorte de encontrar uma casa com jardim e uma tremenda coincidência: morar ao lado do chefe rs Mas sabem que aqui não é nenhum problema, pois os alemães separam muito bem a relação profissional de qualquer outra situação. Impressionante de ver! E se assim pensarmos é muito bom que seja dessa forma! Vizinhos, vizinhos, relação chefe e subordinado à parte.

Mas aqui estou para falar também do presente que tivemos ao chegarmos nessa casa. Presente mais para meus filhos, do que para nós. Mas como dizem por aí e como sentimento de mãe, se meus filhos estão felizes, então também estou...

Além do casal (pais do chefe) alugarem a casa para nós, hoje eles também cumprem um outro papel: são praticamente os avós dos meus filhos.

Felipe e Thomas passaram a “ser netos” desse casal que já tem os netos verdadeiros como vizinhos; além de outros que moram na cidade.

Uma maravilha saber que mesmo distante realmente da família e dos verdadeiros avós, meus filhos também são queridos e considerados netos.

Felipe costuma chamá-los por Oma (avó) e Opa (avô). Essa relação vai além de um simples cumprimento para as mais diversas situações. Adora quando vão buscá-lo na escola, ajuda o Opa (avô) a cuidar do jardim, gosta de brincar com a Oma (avó), juntos vão ao parquinho; enfim, em tão pouco tempo tem um carinho muito grande por eles. Uma relação de proximidade. Quase uma relação de parentesco!

E agora, um acontecimento, chegou a avó verdadeira do Brasil. Felipe está se divertindo muito por ter duas avós por perto. A vizinha avó (oma) e, agora, assim como ele diz: “- Vovó de Brasilian!”

Felipe tem uma relação gostosa com os meus pais, sempre conversando com eles via skype. Porém, a distância impede que haja uma curtição maior. Exercer realmente o papel de ser e ter avós, no qual o neto fica por perto, almoça na casa dos avós, brinca com eles, ganha pequenos mimos e é paparicado atééé...

Mas enquanto isso, o que posso fazer? Acho que possibilitar que aproveite o tempo da visita da avó verdadeira. Curtir o que tem de bom nessa relação, na medida do possível, mesmo considerando que a maior parte do tempo está distante.

Eles são crianças! Aproveitam tudo o que há de bom e as pessoas que estão em volta deles. Agora - é o momento! Porém, fico me perguntando e pensando no futuro. Quais serão as lembranças que terão? Qual o valor e que espaço ocuparão na vida deles?

Lembro que a relação com minha avô paterna foi muito diferente, pois a mesma morava no interior de São Paulo. Já a que morava perto, tenho maravilhosas recordações e não vejo a hora de estar pertinho dela.

Mas a relação e esse sentimento de pertencer / ter uma família. Como será para meus filhos? Quais serão as recordações? Será que é cedo demais para pensar nisso?  
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10 comentários:

Carol Garcia disse...

oi celi!
obrigada pelas visitas lá no blog...
vc vive na alemanha???
deve ser bem curioso.
acabamos de chegar da europa, mas só maridex foi a dusseldorf, a trabalho. eu voltei voando pra perto da cria depois de dez dias longe...
hahahaha
isaac, meu pequeno, faz dois anos agora em agosto.
depois passo aqui com mais tempo pra saber mais sobre vcs.
bjocas

Carol Garcia disse...

ops!
isaac faz 3 anos agora em agosto...
realmente, a mãe nunca quer que o filho cresça...
hahahaha

Mikelli disse...

que gostoso que seus filhos tem opas "emprestados" tb =) hehe coisa boa ne? ate pq quando a gente mora longe da familia, fica faltando "alguem". bjs!

Ingrid Gomes disse...

Eu morei com minha avó mãe da minha mãe até 14 anos, minha mãe vivia em SP e quando eu tinha seis meses ela precisava voltar pro trabalho e a unica pessoa que confiava era minha avó, que morava em Itapetininga, 180km de SP, assim foi, meus pais iam toda sexta e voltavam na segunda pra SP, o tempo passou chegou a idade escolar, até tentei morar em SP, mas nao deu, voltei e aos 14 resolvi ir viver com minha mãe, minha avó entendeu e ai minha me tinha durante semana e a vó no fds, ela foi o grande amor da minha vida, tive a melhor infancia que uma criança pode ter e mesmo crescido distante dos meus pais eu os agradeço pelo presente que me deram, eu jamais teria tido uma vida linda como aquela se tivesse ficado numa creche das 8 as 18:00.

Já os avós paternos eu não tenho NENHUMA afinidade, minha avó sempre foi mesquinha, nunca gostou da minha mãe por ela ser mais velha que meu pai, só começou a nos dar atenção quando meus pais melhoraram de vida, pra mim eles são completos estranhos, considero mais a senhorinha que era amiga da minha avó e nossa vizinha, doque os pais do meu pai, pra mim isso não chega nem ser triste por que é como se eles não fizessem parta da minha historia, triste deve ser pro meu pai me ver tão apaixonada pelos meus avós maternos (que ja morreram) doque pelos pais dele que são vivos, mas mesmo assim, no fundo ele me entende, porque ele mesmo até depois de separado da minha mãe preferia passar as festas de final de ano em Itapetininga com a familia da minha mãe doque com a familia dele.

O filhote tem os avós longe, na Hungria e no Brasil, os da Hungria ele tem mais contato estivemos lá algumas vezes ele os adora, os do brasil é via skype e durante as féias, o futuro a Deus pertence, eu so espero que mesmo distante ele possa sempre sentir o quanto todos o amam e que sempre as portas sempre estarão abertas pra ele. =)

Ah sim, eu ganhei um nova avó também, uma "nagymama", a avó hungara do namorido, sou APAIXONADA por ela, foi amor a primeira vista, com ela me sinto neta novamente e é uma sensação deliciosa! =)

Beijocas e não se preocupe, as lembranças de seus meninos serão as melhores possiveis, se lembraram do tanto de pessoas maravilhosas que os cercaram de amor, longe e perto.

Carol Szabadkai disse...

Oi Celi!

Nós, aqui na Hungria, moramos numa casa assim de dois andares, mas separadas e no andar de cima mora a avó dos meninos, mãe do meu marido. As crianças vivem fugindo e correndo lá para cima, as vezes dormem lá e eu só tenho que mandá-los com uma mochilinha para a escada. acho uma oportunidade ótima pra eles, eles curtem muito. Meus pais vem daqui uma semana tb e eles ficarão com a casa cheia de avós... :) com meus pais tb é na base de skype, mas sinto que a relação com eles é maior do que a minha foi com meus avós por parte de pai, que a gente visitava só as vezes. Talvez porque quando nos vemos é por um tempo longo de convivencia na mesma casa. Meu filho se põe a perguntar-me todos os dias: Quantas noites tem que dormir pra vovó e pro vovô chegarem? Creio que são crianças de sorte, como os seus... :) Beijinhos!

Paula disse...

Familia emprestada também é familia oras, mas eu entendo o seu sentimento de saber q eles perdem esses momentos com a familia de verdade né. Eu sempre que falo com o meu no skype fico com essa sensacao de querer q ele possa curtir o neto. O Samuel tem as avós aqui...mas o avos nao...familia de divorciados hehehe. Mas o mais importante é o amor que eles recebem e sentir que tem familia mesmo q for emprestada. Q delicia!

Anne disse...

o lado bom é ter muitos vínculos com gente querida!
aqui ficamos no beabá das avós e avôs tradicionais mesmo... mas joaquim andou se apaixonando pela mãe de uma amiga - já batizei de terceira avó...
que as originais não saibam...
ciumeessss
bjo estou adorando o blog! não é sempre que consigo comentar mas leio tudo, viu?

helena disse...

oi Celi, estou adorando seu blog! eu vivi longe de todos meus avós (dois viviam na argentina, os outros dois em gibraltar, europa). Mesmo assim, tenho lindíssimas recordações, os momentos passados juntos eram realmente ricos e ficaram na memória. Quando eles morreram foi esquisito, pois eu não vivi isso de perto, de certa forma sentia como se eles ainda estivessem lá. Não se preocupe demais, os sentimentos verdadeiros superam distâncias, mesmo se falta a rotina, que eu concordo, é muito importante. QUe fofinhos devem ser os avós emprestados...eles devem amar de verdade seus filhos , não é um sentimento por obrigação! um abraço a vcs!

Lu Iank disse...

Oi Celi
que legal que vc me achou, hehe. Estou adorando o seu blog, já li quase inteiro. Eu tb estou morando a pouco mais de 2 anos em Viena. No geral gosto muito, mas as vezes passo uns momentos meio deprê. Especialmente no inverno que eu acho a pior época para se viver por aqui. Ainda que existem muitos brasileiros aqui e tenho uma rede bem grande de amigas. Pra falar a verdade mais do que tinha no Brasil. Mas inegavelmente a saudade dos parentes bate muito forte. Vou te passar o meu email quando puder me escreva: lu_iank@uol.com.br
Acho que temos muito para falar.
Bjs
Lu

Sarah disse...

Que bacana esse post.
Bento tem apenas avós, os avôs já faleceram. Por outro lado, conheceu 4 bisavós! Um biso já faleceu, o outro ainda é vivo mas mora longe. E as duas bisas seguem firmes e fortes. Ou seja, as velhinhas perduram aqui na família, hahahha!!
Mesmo assim, só uma bisa mora aqui em SP. A outra e as duas avós moram no interior, a quase 600 km de distância. Tudo bem que não é outro país, mas mesmo assim impossibilita o convívio diário que vc mencionou, tomar um lanche na vó, almoçar aos domingos... e sinto muito por isso, queria muito que estivessem mais próximos.
Achei muito fofo o Felipe ter "adotado" os avôs postiços. E o casal alemão ter aceitado o carinho também foi demais!
beijos
Sarah
http://maedobento.blogspot.com/