"- Mami, cadê o Thomas?"

Já faz algum tempo que estou ensaiando escrever sobre o relacionamento entre irmãos e, especialmente, sobre Felipe e Thomas.

Confesso que já havia feito alguns rascunhos, mas precisava finalizá-lo. Então, aqui estou, animada, pois a cada dia tenho uma nova inspiração. Surpreendo-me com acontecimentos que não podem ficar para trás, precisam ser registrados. Marcados não só para nós que somos pais ou compartilhados com vocês leitores, mas para que futuramente possamos retomar esses momentos tão especiais do início da convivência entre eles.

Desde o início sempre deixamos claro o desejo de ter pelo menos dois filhos. Nunca pensamos na possibilidade de ter somente um. Acredito que essa idéia seja conseqüência da convivência que tivemos com nossos irmãos. Um ótimo relacionamento, que apesar das brigas e desentendimentos, que fazem parte, pois apesar de irmãos somos pessoas diferentes, com características próprias, nunca deixamos de reconhecer o quanto é bom ter um irmão por perto.

Isso é exatamente o que queremos que nossos filhos aprendam: a conviver entre si, ter uma cumplicidade sem tamanho, afinidades, paciência, admiração, respeito, frustrações, um desejo enorme de querer bem e muito amor.

Mas tudo isso leva tempo, exige um convívio diário e uma relação “monitorada” pelos pais. Escrevo monitorada, pois é nosso papel cuidar sempre dessa relação. É desde pequeno, desde bebê, que exercemos a função de passar ou, pelo menos tentar transmitir valores que consideramos importantes para a vida toda. Uma pequena ação em cada minuto juntos acontece um monte de coisas. Cabe a nós estarmos atentos para cuidar disso.

Cada dia fazemos a nossa parte e vemos quanto, espontaneamente, há novas descobertas entre Felipe e Thomas. Há uma cumplicidade e um bem maior em estar um com o outro.

Uma caixinha de surpresas para nós e para eles.

Enquanto Thomas estava na barriga, Felipe parecia não entender o que estava acontecendo. A partir do momento que Thomas nasceu tudo mudou. Felipe começou a ter ciúmes, a fazer do irmão um pequeno boneco, ora ajudar a cuidar e ora o desejo de vê-lo longe. Afinal, até então tinha a mãe só para ele sem compreender o espaço garantido para cada um.

Até pouco tempo foram muitos acontecimentos relacionados ao ciúmes e a querer a mãe ou mesmo o pai só para ele. Sei que ainda viveremos outras situações. Porém, o melhor de tudo é ver que a convivência dia a dia, tem feito que haja uma aproximação na relação. Estão acostumando-se um com o outro e aprendendo nessa companhia.

Como é emocionante vê-los brincando juntos. Felipe, como irmão mais velho, chamar o Thomas pelo nome e solicitar que faça algo durante a brincadeira. Lógico que tem certas coisas que Felipe não dá conta de saber que o irmão não consegue, que ainda é pequeno para tal atividade. Mas isso é uma conquista também para ele. Crescer junto com o irmão e saber que passou por tudo isso.

Encanta ver a felicidade e sorriso do Thomas quando Felipe chega em casa ou mesmo Felipe perguntando pelo irmão no momento que acorda: “- Cadê o Thomas?” E quando digo: “- Ah, o Thomas está dormindo! ou o Thomas está na cozinha!”, logo Felipe responde: “- Ah, táááá...” Isso sempre acontece. O desejo de saber sobre o irmão.

Freqüentemente temos presenciado uma situação nova no qual brincam juntos; ou pelos menos, convivem bem pertinho. Felipe propõe várias brincadeiras e Thomas por observação do irmão entra na dança; seja para correr engatinhando um atrás do outro, para ficar sentado ao lado ou mesmo para dar belas gargalhadas. Pura imitação, grande aprendizado!

Acompanhe de perto algumas situações e diga se não é bom ter um irmão!


  


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2 comentários:

Paula disse...

Que delicia de duplinha...vendo assim ate da vontade hahaha. ainda nao me sinto capaz de ter outro filho e dar atencao pra um sem tirar do outro..... acho o m aximo quem consegue e esse sorrisao dos dois é a prova de vcs estao conseguindo Parabens

Dani Cassar disse...

Ah que delicia de ver isso neh, se dando bem...Eu tenho irma gemea e ela me faz uma falta danada, sempre fomos muita amigas e os filhos dela sao bem amigos tambem, apesar de rolar um estress as vezes um tem 1 ano e 6 meses e o outro 3 anos, mas normal neh...
Quem sabe o dia que eu amadurecer a ideia eu tbm nao de um irmazinho(a) p/ Bella, daqui uns 4 anos so!!..r.s

Bjkas