Nossa primeira visita

 ... que já ficou conhecida na cidade inteira nas primeiras horas.

Outro dia Catarina Kim escreveu a seguinte mensagem no meu mural - facebook:
"Celi!!! O Marcos está em Berlim encantado com a cidade e povo alemão!!! Disse que são solícitos, simpáticos e muito organizados.....Ficou impressionado com o metrô, que não tem catraca pq o povo lá é honesto, compra direitinho o quanto vai usar. A Renata hj contou a história da carteira no ônibus e como ela chegou na sua casa, mto engraçado!! Agora fiquei com mais vontade ainda de te visitar....bjs"

Adorei ler essa mensagem, pois ela me fez lembrar a primeira visita que recebi na minha casa. Por sinal, foi uma delícia e muito divertido! Vou contar a história para vocês, mas antes preciso apresentar quem foi essa pessoa tão especial que chegou, sem ao menos a casa estar mobiliada e organizada. Praticamente chegou para ajudar na arrumação...rs rs rs
 
Bom, agora vocês já viram quem é... Para quem conhece sabe que ela é uma das minhas grandes amigas. Também não tenho muitas! Foram poucas amigas que continuaram mantendo contato, se preocupando realmente comigo e com a nossa amizade. A Rê é especial e para sempre, me deu toda força do mundo logo que mudei para cá. Agradeço de coração a ela e todas que me apoiaram no momento difícil de mudança. Mas agora chega de elogios às minhas amigas. Quero contar da vinda dela para cá que trouxe muita alegria e, ao mesmo tempo, confirmou um tanto do quanto é seguro viver nessa cidade, o quanto é confiável!

Na época, agosto de 2009, Renata estava morando em Portugal. Resolveu vir passar uma semana comigo na Alemanha. Estávamos combinando há tempos e deu tudo certo! Chegou no verão para aproveitar um pouco ao nosso lado. Ainda bem, já pensaram se fosse inverno, no qual ficamos muito mais em casa? Ainda mais na época, sem mesa, sem sofá, sem um monte de coisas que nem me lembro mais... Mas tenho certeza que ela lembra bem. Não é mesmo, Rê?! rs rs rs Precisa ser amiga mesmo!

Como ela viria sozinha explicamos tudo direitinho como fazer desde o aeroporto até aqui. Após o aeroporto Renata pegaria um trem para Regensburg e depois "esperaria" pelo Boris na estação. Desde o início, muito determinada disse que não queria incomodar o Boris no trabalho, que daria um jeito para chegar até a porta da minha casa. E, assim foi... pegou o trem de Munique para Regensburg (cerca de 1 hora), depois um ônibus de Regensburg para Sinzing (mais 15 minutos). Estava muito animada e corajosa para enfrentar todos os alemães que aparecessem na sua frente.

Quando chegou em Sinzing Boris foi buscá-la, pois não merecia enfrentar tudo isso e subir a pé e com mala para minha casa (já que moro no alto). Chegou bem, meio cansada!!! No mesmo dia, assim que começou a tirar as coisas da bolsa e da mala.... Ah, acho que o celular para escrever ou falar com o maridão Túlio, se deu conta de uma coisa: Adivinhem? Ela havia perdido a carteira!!!! Carteira com documentos e dinheiro. Um tanto bom de dinheiro! Euros!!!!

Não acreditei!!!!! Procurou e procurou... pensou e pensou... Logo concluiu que na correria dentro do ônibus para pagar, para localizar onde tinha que descer; acabou esquecendo a carteira no banco.

E vocês, o que pensam nesse momento???

 Já era a carteira! Alegria de quem encontrou e pegou todo o dinheiro!

Não, não, não!!! Enganados!!!

Vejam só! Nesse desespero todo comentamos com nossos vizinhos (aqueles que o Felipe adotou como avô e avó). Logo eles comentaram do outro vizinho que trabalha na Polícia Ferroviária e que talvez pudesse ajudar. Dito e feito! Falaram com ele e o mesmo nos informação a Localização da Companhia do ônibus em Regensburg. Lá fomos nós (Felipe, Boris, Renata e eu) e quando chegamos descobrimos que essa linha não era dessa empresa. Na maior tristeza, desancanamos um pouco e fomos fazer compras.

Quando voltamos para casa a vovó (vizinha) quase despencou da varanda para contar a novidade para nós. Haviam localizado o motorista do ônibus e o mesmo estava com a carteira da Renata. Ufa!!! A vovó já tinha combinado com o motorista em entregar a carteira no dia seguinte, no mesmo horário e ponto de ônibus que a Renata havia descido; já que o motorista só fazia essa linha uma vez por dia e sempre no mesmo horário.

No dia seguinte, lá fomos nós para o ponto de ônibus às 14h e tantos minutos. Renata estava com vergonha. Também a maior situação, quem podia imaginar uma coisa dessas acontecendo...rs Logo, vimos o ônibus chegando... Ai, ai meu Deus!!! Bom, mas não tinha jeito. Tinha que ser assim para recuperar a carteira. Então, o motorista parou, abriu a porta da frente, Renata subiu e pegou a carteira. Não me lembro bem, mas acho que tentou agradecer em alemão, em inglês, em português... Estava feliz da vida!

Quando desceu e enquanto caminhávamos de volta para casa Renata conferiu se tudo estava lá dentro e não é que TUDO, mas TUDO ESTAVA LÁ, ASSIM COMO HAVIA DEIXADO. Uma beleza!

Depois disso, tivemos bons momentos de risos, nós conseguimos curtir nossa ilustre visita e Renata:  















Que saudades!!!!

Mas foi muito bom... tanto que retornou novamente em dezembro do mesmo ano. Só que dessa vez para curtir um pouco o inverno e ao lado do marido que também pode vir... Adoramos as visitas!

Quero finalizar deixando um agradecimento a Cata e Renata que me ajudaram a recordar esses bons momentos.  
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1 comentários:

Renata disse...

Oba!!! Um post especial p minha visita! Me senti lisonjeada. Tb tenho que agradecer a Cata e a você pela oportunidade de recordar momentos tão especiais como esses. Deu um aperto maior ainda de saudades após ler as suas impressões daquele nosso reencontro. Não vou escrever mais (quase que comecei) pois farei um diário especial contando td o que me lembro sobre aqueles dias.