Na Clínica, assim que o bebê nasce uma das Hebammes dá uma lista de possíveis contatos de enfermeiras que moram perto da família. Elas incentivam que tenhamos alguém pelo menos nas primeiras oito semanas do bebê.
É interessante, pois sabemos que há inúmeras questões quando se trata dos cuidados de um recém nascido e ao invés de querermos uma consulta semanal, quinzenal no pediatra para tirarmos dúvidas simples ou mesmo para termos um acompanhamento do desenvolvimento do bebê, temos uma enfermeira que acompanha com certa freqüência os marcos dos primeiros meses.
Em relação a freqüência é muito particular e depende do interesse e necessidade de cada mãe. É um direito de cada família, já que os planos de saúde cobrem os custos.
A Hebamme ajuda na questão da amamentação, observa se o umbigo está em ordem, tira dúvidas em relação a alimentação, na passagem para alimentos sólidos, ao desmame, em relação as incertezas nessa nova situação vivida pela mãe e desenvolvimento do bebê de modo geral. Também acompanha e orienta a mãe na questão da recuperação pós parto (caso tenha sido uma cesárea), aos movimentos e atividades específicas (aulas) para voltar em forma.
Quando Thomas nasceu logo tivemos a presença de uma Hebamme. Não foram muitos encontros. Lembro de ter solicitado a visita nas primeiras semanas e antes de introduzir os alimentos sólidos.
No início, temos toda a preocupação em relação ao aumento de peso, a amamentação, o umbigo e, muitas vezes, o banho. Lembro de orientar tudo da melhor maneira possível; além do mais outra cultura, outros hábitos até nos cuidados com os recém nascidos.
Agora que o Lucas nasceu novamente fomos incentivados a chamarmos uma Hebamme. Entramos em contato com a antiga, já conhecida e está sendo muito bom. Você pode pensar que é uma besteira, já que estou no terceiro filho. Porém te digo que não, pois além de todas as vantagens em relação a segurança que passa a respeito do desenvolvimento dele, a mesma além de simpática demais, esclarece todas as dúvidas que tenho, mesmo que sejam as mais simples.
Na verdade, é bom ter alguém para conversar, alguém que dá um retorno para você sobre o desenvolvimento do bebê, sobre o jeito de ser e lidar com os inúmeros imprevistos do dia a dia.
Tem aspectos do cuidar de um recém nascido que são muito diferentes da maneira que aprendi no Brasil.
* Umbigo: No Brasil aconselha-se passar o álcool 70 % e limpar com cotonete. Aqui apenas fazemos um curativo com gaze e trocamos diariamente. Falam para não darmos banho no bebê enquanto o umbigo não cair, caso contrário a umidade pode fazer com que haja infecções. Foi uma surpresa, pois banho é fundamental, já falei sobre isso aqui. No entanto, respeitei e segui a sugestão da Clínica e, posteriormente, da Hebamme.
*Para dormir: Aconselham-se a não usarmos cobertas, mantas, apenas os chamados sacos de dormir, no qual o bebê fica dentro e não há perigo de cobrir o rosto.
Também há possibilidade de dormirem enrolados na manta, assim como faziam antigamente com os chamados cueiros.
*Banho: Costumam usar sabonete líquido na água e não diretamente no bebê. Sugerem para darmos o banho após a mamada, uma forma de ficarem mais tranqüilos e não chorarem. Além disso, enquanto recém nascido falam que não há necessidade de virarmos o bebê na banheira deixando-o de costas para nós. Para o rosto e cabelo costuma-se usar uma espécie de luva atoalhada.
A freqüência do banho deve ser de duas a três vezes na semana, já que o bebê permanece boa parte do tempo em casa. Também para a proteção, pois a água resseca muito a pele. Por enquanto até pode ser, mas não sou a favor disso. O banho relaxa, renova, limpa...
Enfim, um lugar com hábitos diferentes.
Está sendo muito bom tê-la por perto do meu bebê. Um acompanhamento que tranqüiliza qualquer mãe ao tirar as dúvidas, já que tem aspectos em comum, que sabemos a partir do primeiro filho e jamais esquecemos. Mas cada bebê é único e os questionamentos são inevitáveis... A vontade de conversar também...
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Acho o máximo essa balança que parece mais o saco da cegonha... |