Uma situação totalmente inesperada


Estamos na primavera tendo dias de verão, no qual o sol permanece durante o dia todo. E lógico, lógico que as crianças querem brincar ao ar livre, no jardim. Para o Felipe tem sido a maior novidade e alegria vestir camiseta de manga curta. Isso mesmo! Algo pouco usado por aqui. Essa é a conclusão que cheguei, já que a temperatura predominante não colabora muito.

Mas isso é apenas um detalhe para a história que compartilharei com vocês.

Felipe tem adoração para brincar ao ar livre, brincar junto com o irmão dirigindo tratores, brincar de capturar bichos do jardim para colocar na lupa, de futebol e com os colegas.

Então, que entre uma brincadeira e outra, no jardim, em frente ao espaço da garagem, Felipe e o colega sumiram. Geralmente de dentro da casa conseguimos ver o jardim e praticamente quase toda a área, mas fiquei preocupada já que a pouco tempo atrás estavam todos ali. Assim...

Sem mais nem menos, fui até o jardim, ao invés de chamar pela janela falando alto ou gritar por eles. Quando cheguei chamei pelo Felipe que imediatamente correu, vindo de um lugar pouco visível. Praticamente um esconderijo de crianças...

No entanto, faro de mãe é incrível e como conheço o filho que tenho achei que o shorts, a camiseta estavam um pouco tortos, não exatamente do jeito que saiu para brincar. Detalhe: a parte do elástico da cueca estava aparecendo. 

Huuummmmm na hora quando vi pensei na brincadeira de médico, no conhecimento e interesse que as crianças apresentam pelo próprio corpo, pelo do colega. Mas será? Será isso mesmo que imaginei...

Então, um pouco mais tarde conversei somente com o Felipe:

Acompanhem só!

“- Felipe, do que você e seu colega estavam brincando?”
“- Ah, de nada! (com olhar estranho, que deixa dúvida no ar)”
“- Como assim, de nada?”
Não tendo resposta, logo fui mais direta.
“- Agora, porque sua cueca estava aparecendo, sua camiseta estava pra cima, vocês estavam brincando de alguma coisa? Você tirou a roupa?”
“- Ah mamãe foi ideia do... Ele que pediu para eu abaixar o shorts e a cueca”.
“- E ele também fez?”
“- Também fez mamãe!”
“- Então, me conta o que vocês fizeram!”
Com a maior inocência e confiança começou a me contar.
“- Nós abaixamos a cueca, aí ele pediu para eu segurar o pipi dele e ele segurou o meu!”
Lógico que fiquei surpresa, tentei me conter, foi totalmente o inesperado para a mamãe aqui.
“- Ahh, e só isso!”
“- Depois ele pediu para eu sentar no colo dele.”
“- Pelado? E você sentou?”
“- Sim e depois sai”.
“- Mas você acha que é uma boa brincadeira? Que pode fazer isso?”
“- Mamãe foi ideia do... Ele que pediu...”
“- Felipe não é bacana fazer isso. A gente não pode sair tirando a roupa no jardim, na rua. Não é mesmo? E vocês já sabem o que cada um tem, que menino tem pipi. Da próxima vez que ele pedir para você diga que não é uma boa brincadeira, que você não fará mais isso”.
“- Pode deixar mamãe que vou falar isso para ele. Mas se ele pedir muitas vezes?”
“- Bom aí você fala que não vai fazer e vem contar para a mamãe. Tá bom?”
“- Tá mamãe.”

O assunto parou por aí, mesmo porque acredito que não devemos estender além da conta algo que pode parecer tão natural, com ar de brincadeira para eles. Na hora fiquei muito surpresa e chocada.  Preocupada, de boca aberta essa foi minha atitude! Apesar de me conter... me conter muito! Imaginaram a situação? Você ouvindo isso do seu filho de quase 5 anos... Mas mesmo assim, acredito que tenha tido uma boa conduta já que preferi conversar com ele numa boa, sem dar bronca, sem repreender e, muito pelo contrário, somente explicar tentando ao máximo que tivesse confiança, se sentisse a vontade para contar tudo para mim.

E acredito, acredito que fez mesmo! Contou tudo da forma mais natural possível.

Mas, e agora... e o colega? O que vocês fariam nessa situação? Acham que é totalmente algo espontâneo, natural e de interesse de explorar, conhecer o corpo (o próprio e do colega)? Da maneira que relatei, realmente como tudo aconteceu, você vê malícia nessa brincadeira? Acha mesmo que um menino dois anos mais velho sabe o que está fazendo ao incentivar meu filho a tirar a roupa?

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34 comentários:

Ana disse...

Delicado hein Celi!

Cada um tem uma abordagem, e sei que tem gente que acha normal a curiosidade. Mas pessoalmente eu tenho a pulgaa sempre atrás da orelha. Pra mim, a curiosidade de ver um pipi do outro não foi esquisito. O esquisito foi pedir pra sentar no colo.
Se fosse comigo ia proibir as brincadeiras sozinho com o amigo. Quanto a conversar com os pais dele, tem pai e mãe que fica ofendido se falar.
Indo mais além talvez ele quis imitar o que viu em algum lugar, será que viu os pais tendo relação?

Não sei, só sei que ficaria muita atenta, e quanto ao

Ana disse...

seu filho, acho que vc fez certo. Agir natural, mas marcar bem a situação.

Bjs, boa sorte!

Ingrid Gomes disse...

Aiiii Celi, que coisa mais chata!
Mas olha, vc tá de parabéns acho que conduziu tudo de maneira muito cuidadosa, e deu a ele a segurança de poder contar contigo, isso é extremamente importante, seu filho saber que não importa oque aconteça pode falar contigo e tudo vai ficar bem!

Agora quanto ao outro menino, complicado hein!
Ele não me pareceu muito inocente, vai saber que tipo de criação tem, como são as coisas em casa, não sei, não gostei, eu deixaria brincar só se eu pudesse ficar de olho, ir brincar na casa dele nem pensar...
Quanto a falar com os pais, mais complicado ainda, se vc tiver intimidade e tals, pode até tentar um diálogo, mas se ver que não vale a pena, melhor mesmo dar uma limitada no garoto.

Boa sorte minha amiga.

Beijocas

Juliana Tassi Borges Zenaide- Contos de Mãe disse...

Celi, minha mãe sempre nos alertou quanto a isso, pois tenho mais um irmão e uma irmã e eu me lembro bem do meu pai conversando com meu irmão sobre isto quando ainda éramos crianças. Inclusive, uma alerta que meus pais sempre fizeram foi em relação aos vestiários e banheiros masculinos, pois segundo o nosso pediatra, isto é algo bem comum entre meninos, eles gostam de medir o tamanho, ver e muitas vezes pegar.
Eu também fico de olho, pois um amigo suíço dos meus filhos também já pediu pra ver a cueca deles. O bom é que Gabriel me contou e eu orientei, sem ficar brava, como você fez.
Acredito que sua conduta foi super correta, Agora, sempre que possível converse com ele ou deixe este papel para o pai também.
Acho seu texto de utilidade pública para as mães de meninos, posso compartilhar? Beijos, Ju

Lorena disse...

Oi Celi,

desculpa eu responder, não sou mãe nem nada, mas sempre leio seu blog e gosto demais de você e da sua família (ainda que no anonimato, rs). Mas dessa vez eu me senti compelida a responder, apesar de não ter filhos.
Acho que a curiosidade é normal, mas realmente, pedir pra sentar no colo, não acho. Mas acho que crianças imitam adultos e talvez esse menino mais velho tenha visto algo, ou passado por algo, e esteja imitando com o Felipe... Não sei se você entende, mas esse "alarme" soou na minha cabeça assim que li a história! Não seria interessante você conversar com a mãe do menino? Até mesmo para alertá-la, caso ela não saiba desse comportamento, pra ficar de olho nele e nas pessoas que convivem com ele... Não sei, eu sou um pouco neurótica com esses assuntos, a gente sabe que crianças, por si só, não têm maldade, mas muitas vezes elas imitam o que os adultos fazem com os outros e com elas! Sei que o assunto é delicado até para vc conversar com a outra mãe (ainda mais levando em conta o que você sempre fala sobre os alemães serem mais fechados, reservados), mas acho que pelo bem do garotinho mesmo, seria bom falar.

Um beijo de alguém que fica quietinha aqui, mas sempre acompanha e torce por sua família.

Bruna Müller disse...

Ai q situacao Celi... já fiquei de cabelo em pé lendo isso...
Eu nao sei... Eu sou meio encanada com isso, entendo até a curiosidade, mas nao sei.
Achei q vc conversou super bem com ele e ele contou tudo direitinho pra vc, o q é ótimo. Vc comentou isso com a mae do menino?
Sempre ouvir dizer que meninos sao mais curiosos e tudo mais, mas eu acho q eu iria surtar se acontecesse isso com o Lucas. ai meu pai celeste... muita forca e paciência pra vc Celi!

Lu disse...

Celi, parabéns pela sua presença de espírito e calma pra lidar com esse assunto!!! Eu, do jeito q sou ansiosa, ja chegaria gritando com o menino, ja ligaria pra mãe dele, enfim, já faria um escândalo e dps me arrpenderia com ctza. Você foi mto mais sensata do q eu seria.

Como disse a Ingrid, eu afastaria meu filho desse menino, sei lá, Celi, ou no máximo deixaria brincar na minha sala, comigo sentada no sofá olhando. E tentaria falar com a mãe tbem, se eu tivesse o minimo de relação com ela...

Beijos!

Débora disse...

Oi Celi,

Tenho acompanhado seu blog e adoro! O post de hoje também fez piscar um alerta na minha cabeça, como a Lorena disse. Acho que você agiu super bem em relação ao seu filho, afinal, curiosidade com o próprio corpo é normal nesta fase. Quanto ao outro menino, também não acredito que ele tenha agido com maldade, mas não deixaria meu filho sozinho na casa dele (aliás, na casa de ninguém que não fosse da família ou de minha mais completa confiança). As crianças muitas vezes reproduzem em brincadeiras situações que estão vivenciando e não compreendem muito bem. Mas, você é uma super mãe e sabe proteger a sua cria, a preocupação maior é mesmo em relação ao outro menino...Depois conta como você lidou com isso, tá?
bjos e parabéns

Dani Rabelo disse...

Celi, como todas já disseram, acho que vc tirou de letra a situação (apesar de estar com o coração palpitando, eu aposto), e, à princípio, ficaria tranquila, já que o Felipe contou para vc e sabe que pode te contar, caso aconteça de novo.
Em relação ao amiguinho, acho que pode ser só curiosidade, sim. De verdade. Acho que pode querer fazer o que vê em casa (se os pais sentam no colo, ou se o pai coloca o irmão no colo para jogar, ...), nem tudo é tão malicioso assim, tão ruim como nós, adultos vemos. Eu não bobearia, claro... ficaria bem atenta e reduziria as possibilidades de ficarem sozinhos, sabe? Mas ao mesmo tempo, manteria a calma, sabendo que é brincadeira de criança, curiosidade, imitação do adulto. Se acontecer de novo, aí sim, eu pensaria em tomar alguma atitude, mas, à princípio, está tudo sob controle.

Carol Garcia disse...

opa!
papo brabo...
eu acho que vc fez certo. dialogar e usar da naturalidade são ferramentas poderosíssimas.
agiria da mesma forma.
conversaria com calma pra não assustar o filhote e deixar caminho aberto para futuras conversas.
mas celi,
eu ficaria mais atenta com o tal colega.
se ele já tem 7 anos (ou quase), já tem muito mais malícia que o felipe. ouve, vivencia, observa as coisas de maneira diferente que o felipe.
você é próxima da mãe dele?
tem liberdade?
eu tentaria uma conversa.

bjocas

Liza disse...

Celi, achei que você foi corretíssima com o Felipe. Alertou sem repreender e manteve o diálogo. Muito legal.

Quanto ao outro menino, eu falaria com a mãe ou com o pai sim. Mesmo que depois eles ficassem de cara feia contigo. Eu me coloco no lugar dela e, se fosse comigo, gostaria de saber na hora. Vai que ele está reproduzindo algo que fizeram com ele? Algo que alguém mais velho fez com ele? Sei lá. Mas na dúvida eu conversaria com os pais. Da mesma forma como você fez com o Felipe, com calma, conversando, sem intimidar e sem brigar.

bju

Pequenos Mimos disse...

Choquei aqui, que bom que seu filho te contou e que vc manteve a calma e abordou de forma tranquila, mas sinceramente não acho normal essa atitude vinda do amiguinho não.
Não sei mas será que alguém fez ou faz isso com o amiguinho? Isso não me parece algo normal não, mas não sei o que eu faria no seu lugar, talvez conversar com os pais, com o próprio amiguinho...não sei...mas enquanto você não souber o que fazer evite que eles fiquem sozinhos, pq o Felipe questionou e se ele pedir muito, talvez ele já tenha insistido..não sei.
Que Deus te oriente e ajude nessa situação delicada.
bjs

Dani Cassar disse...

Celi, ja dei varios relatos dessas coisas la no MI, por causa do sobrinho do marido com a Bella =s
E vc fez muito bem e mostrar p/ Felipe que ele pode confiar em vc e explicar que nao e uma brincadeira legal, agora eu tbm nao deixaria mais eles brincarem sozinhos, por conta do menino mais velho que o Felipe, aqui desse lado o sobrinho do meu marido eh muito p/ 'frente' p/ uma crianca de 6 anos e sabe de coisas que ate Deus duvida, infelizmente por conta da mae e dos avos que nao veem maldade, realmente crianca nao ve maldade, mas dependedo da idade ja comeca a ver e despertar certos interesses, enfim...esse assunto sempre me deixa meio estressada...rsrs...eu sou como a Ingrid nao falaria com os pais, as vezes e estress a mais e perda de tempo tbm, a nao ser que volte a acontecer que creio que nao vai mais =)
Beijos grandes

Anônimo disse...

Menina que situação delicada. Nem sei o que dizer...

Sandra Kautto disse...

Situação delicada, mas totalmente normal em milhares de lares pelo mundo afora. Curiosidade infantil existe sim, isso não podemos negar, mas é preciso ficar atenta.

Concordo com o primeiro comentário, acho que seria bom ter os meninos "perto dos olhos", nada de brincadeiras sozinhos. Você conhece seu filho e sabe a educação que ele recebeu, mas você não conhece tão bem o amiguinho dele e nem sabe como ele é educado. Isso parece muito com comportamento de criança que presenciou os pais tendo relações sexuais, ou mesmo pode ter visto em algum filme.

E pense comigo...se o amiguinho realmente não tivesse nenhum pingo de maldade pq chamaria para fazer em algum lugar escondido? O senso de culpa só existe por saber que esse tipo de brincadeira não é correta.

Você agiu da forma correta, conversou e tentou encarar na boa, não sei se teria essa calma toda...acho que ligaria na mesma hora para a mãe do menino...

Beijos

Juliana Tassi Borges Zenaide- Contos de Mãe disse...

Celi querida, voltei. Fiquei pensando tanto neste relato que mesmo depois do primeiro comentário, eu acrescentaria o seguinte: Eu tenho dois filhos e se por um acaso, um deles fizesse isto na casa de um coleguinha ou em outro lugar, eu gostaria de saber, até para poder orienta-lo ou investigar se aconteceu o mesmo com ele.
Portanto amiga, eu falaria sim com os pais do garoto e acredito que eles lhe serão gratos pelo feito.
Um beijo, Ju

LOVE MAKES A FAMILY disse...

Celi, quando o amiguinho pediu para ele sentar no colo, preocupou-me. Será que este menininho não está sendo abusado sexualmente por um adulto? Descobrir o corpo é muito normal, como você explicou bem, mas certas posturas tipicamente de adulto, como esta, fico encanada mesmo.
Sou muito ligada nesta questão, pois a pedofilia é algo que combato. Como eu já trabalhei isso na terapia, não tenho problema nenhum em falar sobre o assunto. Já superei. Relato o que me ocorreu para despertar outros adultos a educar seus pequenos com mais cuidado: Quando eu tinha 4 anos, um homem idoso, amigo da minha avó, pediu-me para eu sentar no colo dele. Sentei. E depois ele tocou nas minhas partes íntimas. Me senti perdida, sem ação e invadida. Nunca contei nada pra ninguém. Mas tinha muito medo de homem idoso, inclusive papai Noel. Minha mãe nunca entendia como eu gostava do papai Noel, mas tinha medo de sentar no colo dele na temporada de Natal. Foi a única vez que um pedófilo fez isto comigo, pois depois disto eu era arredia com as pessoas. Colinho só dos meus irmãos, mãe, avós, tios e um senhor, amigo da família, que era como um avô para mim...Eu o amava como um avô. Nem no colo das professoras eu ficava. Eu não confiava mais, sabe. Eu nunca representei isso nas brincadeiras, o que quebra a ideia tosca de quem foi abusado é abusador. Cada criança reage de um jeito. Eu superei esta dor na terapia, anos atrás. Chorei muito em várias sessões ( foi doloroso demais para mim...Eu nem sabia, mas foi), mas consegui superar e não tenho mais aversão aos homens idosos, como tinha até poucos anos.
Assim, sou neurótica mesmo com os cuidados com as crianças. E não mudarei, pois a pedofilia é uma praga que há em todo o mundo, infelizmente!
Olha, minha irmã e meu cunhado educaram as filhas deles a jamais deixar ninguém, nem mesmo criança, a tocar nas partes íntimas delas. E se algo acontecesse, que elas gritassem, e falassem com eles. Certa vez, a T. com 3 anos, estava na escola e um coleguinha estava tirando as roupas de todas as menininhas. Quando foi a vez dela, gritou tão alto, mas tão alto, que a diretora ouviu. Ele não conseguiu tocar nela e os pais foram chamados.
E assim, todos os meus irmãos educaram os filhos desta forma, Celi.
Se eu tivesse tido estas informações...Hoje minha sabe o que me aconteceu. E ela ficou muito puta da vida, com vontade de bater no cara, ( mas ele já deve ter falecido, era muito velho na época). Ela me pediu-me perdão ( como se ela fosse culpada, tadinha!) por não ter percebido minha mudança e por não ter me orientado. Claro que eu nunca a culpei, mas as mães sentem culpa de tudo mesmo.

Observando como você direcionou a conversa, percebo que foi de uma delicadeza sem tamanho! Clap, clap, clap para você!

Um beijo!

Ps.: eu procuraria os pais do pequeno, pelo bem dele.

Unknown disse...

Celi, você conduziu a situação da melhor maneira possível para seu filho. Eu não o deixaria mais brincar com esse menino sozinho, mas, a princípio, não proibiria. Mas ficaria de olho.
Quanto ao outro menino, eu falaria com a mãe dele, pois ele pode ter presenciado algo que não deveria ou mesmo pode estar sendo vítima de abuso. Abordaria o assunto com calma, ainda mais no país onde você vive, onde não têm a mesma abertura e espontaneidade dos latinos. Mas abordaria, ao menos uma vez.

Mamacrica disse...

Celi, que sufoco, hein?!

Eu ainda não vivi situação parecida, mas entendo que a primeira reação é de grande importância e pelo que contou achei que você tomou o caminho certo... conversar de forma natural e franca. As ações que irá tomar a seguir também devem ser bem pensadas, inclusive a possibilidade de conversar com os pais desse amiguinho, pois me parece que esta criança precisa de orientação, principalmente por ser mais velho, compreender melhor a situação e por ter noção de que fez "algo errado" , já que se "escondeu" para isso.

Muito obrigada por compartilhar!
Bj
Mamacrica

Carol Damasceno disse...

Celi, amiga. Posso te dar um abraço??? Acho que você deve estar precisando... Eu acho que eu precisaria...
Situação delicada... Mas, como sempre, você conduziu muito bem, com calma e tranquilidade...
A melhor coisa é que vc tem a confiança do seu filho, pois senão ele não teria te contado... E sem a menor malícia... Agora quanto ao menino maior é preciso ficar de olho... Orientar o seu filho você já fez...
Conversar com os pais dele não sei se seria uma boa idéia, devido as coisas que você diz sobre os alemães... É preciso muito tato para lidar com esse assunto...

Beijocas e boa sorte!!!
Carol

Gabriela Grossi disse...

Voltando dos mundos subterâneos rsrsrs! Ai Celi, que situação amiga! Schwierig... Mas como as meninas já disseram, vc a conduziu muito bem.
Saudades suas.
Beijo

Valquíria disse...

Celi concordo com a Dani A SITUAÇÂO ESTÁ SOB CONTROLE pode ficar tranquila! Vc agiu super bem com ele mostrou o quanto é mãezona tanto que ele se sentiu à vontade p/ contar e sempre vai ver em vc uma amiga para compartilhar de tudo, essas curiosidades acontecem mesmo na infância, mas como a gente não sabe as reais intenções do colega maior melhor ficar de olho bem aberto amiga!
beijos,
Val e Gui

Dani Brito disse...

Parabéns pela sua postura e por ter conseguido manter a naturalidade. Como bem disse a Carol, isso vai manter a porta do diálogo aberta.

Estou com o coração na boca. E vou te contar um pouco da minha experiência. Qdo a Bia tinha uns 4 anos, ela pediu várias vezes pra ver o amiguinho nu, na escola. Até aí, tudo bem. Considero normal.

Já pedir pra sentar é um pouco demais. Como a criança vai saber pra que serve aquilo? Instinto? Não acredito. Ele deve ter visto ou ouvido falar ou ainda, já tenha tido uma experiência anterior. Sem falar que ele é dois anos mais velho.

Eu tentaria conversar com os pais desse garoto. E iria além, não deixaria mais ele brincar com meu filho.

Beijo

Karen disse...

Caramba Celi! Que situação, hein? Você conhece bem os pais do amiguinho? Acho que se pretende que a amizade siga adiante (sem ficar maluca com isso) é legal você, al´m de continuar instruindo e mantendo o diálogo, conhecer bem os pais do garoto. Acho que isso te dará mais segurança para permitir que os dois continum brincando juntos...

Ah, e obrigadíssima pelo comentário! Me fez sentir tão querida! Beijo!

Mari disse...

Nossa Celi, tô passada! Eu ficaria de queixo caido também! Mas acho que a tua atitude foi corretissima! Eu faria o mesmo! Não saberia te dizer se acho malicia nisso ou não mas é certo que o fato do outro garoto ser mais velho é um pouco preocupante pois ele pode "convencer" mais facilmente os menores a fazer coisas contra a vontade deles... e é ai que mora o pior perigo...
bjus!!!

Adri Portella disse...

Acho que sua atitude foi super bacana.....é isso mesmo, quanto mais natural tratarmos o assunto, melhor eles irão reagir....Penso que quando este amigo voltar a brincar com Fê, você vai precisar ficar mais de olho, pois achei um pouco estranho o amigo pedir para ele sentar no colo.....ver o pipi, faz parte, querem saber como é o do outro, mas sentar.....ele, o amigo, pode ter visto isto em algum lugar e esta reproduzindo, não imagino que tenha "malicia". De qualquer modo, em um outro momento você poderia ir perguntando para Fe se ele também brinca assim com os outros amigos, se já viu o pipi de alguém.....difícil, mas......que susto hein.....
bjs

Tamires disse...

Celi to chocada, pasma, bege.
É MUITO ruim o que vou te dizer, mas vou dizer mesmo assim.
Tenho um amigo (que escreveu um livro sobre a própria vida) e conta que nessa idade do menino que estava com o Felipe transou com outro menino. Ficou tão marcado isso na vida dele e foi tão traumatizante que ele diz ter decidido ser bisexual pra se sentir melhor. (AÍ eu me descabelo e pergunto... como crianças transam? sim, é chocante)Des de que li, fiquei/fico angustiada, essas coisas podem acontecer com qualquer um. Como escolher os amigos dos nossos filhos?

Celi, mil perdões por escrever isso, mas, não quero que nada de mal aconteça com o Felipe e que a inocência dele se perca pela má criação de outra criança, muito menos que ele fique traumatizado! Eu sinceramente cortaria relação com esse amiguinho dele.

beijos

Marina disse...

Querida Celi,
todos os comentários têm pontos em comum:

1-Concordam que você agiu da melhor forma possível.
2- Acreditam que o fato não seja nenhum pouco comum. O menino de sete anos pode não entender bem o que fez, mas se trata de uma conduta sexual.

O que eu faria?

- Limitaria o contato do Felipe para o mínimo com essa criança ou cortaria completamente a relação.

Não sabemos se essa criança é/foi vítima de abuso. Se presenciou algo em casa- desde pais fazendo sexo, viu um filme, etc...

Como pais e mães, nosso dever é proteger nossa prole. Seu instinto não lhe falhou. Faça o que você achar melhor, pois hoje em dia todo cuidado é pouco.

Um beijo grande

Marina

Ananda Etges disse...

Celi, parabéns pela tua conduta. Acredito que foi o melhor que tu poderia ter feito, orientar, mas sem problematizar demais a questão, tratando com naturalidade. Imagino como deve ter sido difícil. Assim como outras pessoas comentaram, também penso que tu deveria ficar de olho e procurar os pais do menino. Se envolvesse meu filho eu gostaria de saber. E independente da reação deles (nunca se sabe, né? tem toda uma questão cultural...) acredite que tu fez o teu papel de mãe.

Beijo, Ananda.

http://projetodemae.wordpress.com/

Dayane disse...

Celi do céu, que situação. Fiquei chocada. Imagino como tenha sido pra você. E te parabenizo pela atitude calma e natural, o Felipe sabe que pode confiar em você e isso é a melhor coisa. Não acho que seja natural pedir pra sentar no colo, ele deve ter visto isso em algum lugar. Eu não os deixaria mais brincado sozinhos. Situação muito complicada mas você soube agir corretamente.
Um abraço.

Fernanda disse...

Celi, li tudo, o post e os coments, estou um pouco perdida pois não sei como reagiria!! Só sei que adorei sua atitude e sou sua fã!! Quanto ao que disseram sobre a possibilidade do outro menininho estar sendo vítima de algum abuso acho super pertinente, mas pela idade dele é também possível que tenha visto por curiosidade filmes ou mesmo espiado os pais namorando. Ainda assim se eu tivesse alguma intimidade com a mãe também falaria com ela pois se eu fosse mãe gostaria de saber que isso se passou com meu filho, para estar atenta, para orientá-lo, para detectar um possível abuso.
Seus posts são mesmo de utilidade pública! Obrigada!!!! Beijos

ceila vignoni disse...

OLÁ Celi,
Eu imagino como você deve ter se sentido. Mas eu acredito que pode ter sido somente uma brincadeira e exploração mesmo do corpo. A sua abordagem foi muito boa e realmente não é fácil fazer isso. Baseado em alguns relatos e leituras concordo quando foi citado que este comportamento da outra criança pode ter sido uma repetição de algo visto. Por outro lado, pode ter sido uma ação sem malícia. Acho que vale apena acompanhar quando os dois estão juntos e qual é a brincadeira mais frequente entre eles até mesmo observar e perceber se o Felipe tem evitado brincar com ele ou não.
Beijos querida.

Mari Mari disse...

Celi, eu conversava com a diretora da escola das crianças sobre essa situações complicadas, em especial quanto ao sexo. E ela me dizia que estudiosos aconselham que, em matéria de sexo, é melhor estar dois anos adiantada do que um dia atrasada. Em outras palavras, se ele acabou exposto (sem querer, já sabemos) a uma situação sexual, é hora de EXPLICAR. é hora de pensar como é que você pode explicar para o seu filho, numa conversa franca e adequada à idade, o que é sexo, como é que faz, como é que os bebês são feitos... E na minha opinião, como o acontecido foi uma questão muito mais complicada (homossexualismo, ne?) do que, por exemplo, uma crianca que pergunta pra que serve uma camisinha ou pega os pais transando no meio da noite, acho que vale a pena enfatizar que os orgaos dos homens nao foram feitos para se conectarem como do homem com a mulher. Nao sei qual foi a intencao do amiguinho, talvez tenha sido inocente, mas seu filho foi exposto, e ele merece uma explicacao verdadeira e sincera. Porque voce pode ate cortar relacoes do Felipe com esse amiguinho, mas um outro amiguinho vai dizer que o pai tem canal de sexo em casa, outro vai aparecer com uma camisinha roubada de um criado mudo, outro vai aparecer com conteudo de internet... Nao podemos criar nossos filhos em bolhas, mas devemos ensina-los a NAO DESEJAREM e nao se envolverem em condutas improprias, ensina-los a saberem dizer nao por conta propria. E nesses casos, o mais cedo possivel. boa sorte!
(PS: converse com seu marido sobre o conteudo e os termos que vao ser usados nessa conversa. marido precisa estar a parte da situacao, e intervir com o mesmo discurso num futuro)

Celi disse...

Boa Mari! Tem razão... é melhor orientar, explicar! Estamos tendo todo um cuidado com a maneira de conduzir a conversa, porém também achamos necessário anteciparmos um pouquinho. Obrigada por compartilhar sua opinião comigo! Foi muito válida e considerarei.... com certeza!
Beijos, beijos