2 de 4 - Como nossos filhos aprendem...

Assim como contei para vocês, na última blogagem coletiva das Mães Internacionais,  darei continuidade aos aspectos culturais diferentes que pegam entre a maneira que marido e eu pensamos na criação dos nossos filhos.

O primeiro que abordarei se trata da educação, ou seja, a maneira como nossos filhos aprendem. Geralmente discutimos em torno da proposta pedagógica da escola. Isso acontecia no Brasil, enquanto era professora e trabalhava numa escola sócio construtivista, no qual sempre dizia que estudou a vida inteira numa escola tradicional e não entendia uma série de atividades e encaminhamentos que fazia com meus alunos.

Uma discussão sem fim, porém sempre explicava, argumentava e ele vinha com uma infinidade de exemplos da escola, da maneira como aprendeu. Nossas conversas sempre contribuíram muito para pensar sobre o real significado das propostas, da maneira que trabalhava em sala de aula.

Mudamos para a Alemanha. E de início, o que pensei que seria tão bacana quanto ou melhor ainda, foi tudo muito diferente. Me encantei com alguns temas dos projetos no Kindergarten (Jardim da Infância), me decepcionei com a relação professor X aluno, com muitas atividades e como são encaminhadas. Conclusão: as discussões, trocas de opiniões entre marido e eu intensificaram. Além disso, é muito diferente, ser somente professora e depois ser professora e mãe. Um olhar diferenciado, muito mais investigador, pois envolve a aprendizagem dos filhos.

Aprendi através do método tradicional, meu marido também, porém pensamos totalmente diferente. Talvez porque fiz pedagogia e estudei anos e anos sobre o processo de ensino / aprendizagem. Com meus anos de estudo e como professora acredito que através do método tradicional a criança simplesmente reproduz, faz algo mecânico, sem compreender totalmente o real significado. Que a proposta limita a criação por parte da criança. Que olha para os alunos de maneira totalmente igual, sem considerar a individualidade de cada um. Interessada em informar, em moldar os alunos ao aprendizado da mesma maneira, com as mesmas atitudes. Ou seja, no qual há pouca interlocução com a criança. 

Esses são os pontos principais da nossa discussão, pois atualmente enxergo muito de tudo isso na escola em que o Felipe estuda, a maneira como o meu filho lida com o processo de aprendizagem. Olhem que a proposta não é definida como tradicional, porém é dessa maneira que enxergo os encaminhamentos da professora.

Para ser mais clara darei apenas um exemplo simples: Nas propostas de desenho as crianças tendem a fazer tudo muito parecido, apresentando algo muito igual, próprio da realidade. Meu filho sempre faz uso das cores de acordo com os objetos reais assim como eles são, geralmente é incentivado a colocar o número de olhos, dedos ou pernas dos bichos corretamente. Há um encaminhamento dirigido para as crianças fazerem isso, para incluírem em sua produção algo visto no dia a dia, de acordo com o tema estudado ou observado nos livros. 

Isso na minha opinião limita a criação e produção da criança. Acho que a professora pode sim dar recursos, mostrar exemplos para as crianças, pois é fato que aprendemos também copiando, mas sempre essa conduta acho demais. Sabem por que? Por que meu filho em casa também requer um tanto de direcionamento para as produções. Sempre de um modelo, de alguém “ditando”, “orientando” o que deve ser feito. 

Parece-me que não tem meio termo, pois deveria ser uma parcela pequena no dia a dia, no encaminhamento das professoras. São poucas atividades e freqüência, então quando acontece a professora tem um objetivo a ser alcançado rapidamente, ao invés de incentivarem numa série de propostas.

Por outro lado, marido diz que sempre aprendeu dessa maneira e que não será isso que definirá como meu filho será no futuro, se será criativo ou não. Que mostrar o jeito certo, sempre dando um modelo, tem os aspectos relevantes para o ensino, de alcançar com êxito o objetivo, tendo clareza disso perante os alunos, mesmo que de início seja somente reproduzido.

O meu pensamento vai além, pois essa maneira também interfere na relação que o meu filho tem com o fazer e com a própria escola. Marido já diz que não vê tanta importância assim nesse processo, enfim, que o “meio” nem sempre justificará o fim.

Mas vou além, dizendo que é somente o início e que considero super importante no processo de ensino e aprendizagem durante todo o período escolar.

Será que sou exigente demais? Devo fechar os olhos quando Felipe diz que a joaninha tem 6 pernas, que fica contando enquanto desenha ou vice versa, interessado em confirmar se está correto; quando vejo as produções de Artes da escola todas com os mesmos elementos e quase todas as cores, quando vejo meu filho sendo muito “metódico”, “certinho” diante de alguns acontecimentos no dia a dia. 

Esse jeito de ser tem muita relação com as características da personalidade do Felipe. Ao mesmo tempo, na escola, será que deve ser incentivado para seguir pela mesma direção, pelo mesmo caminho que todos? Já não bastam as regras que encontrará no mundo?

Marido diz que sim! Que no mundo e, em especial na Alemanha, as regras, o jeito certo faz com que as coisas caminhem, haja bons resultados em todos os sentidos. Por que não mostrar desde já como as coisas são, funcionam...


30

30 comentários:

Ana disse...

Celi, acho que visões diferentes sempre enriquecem. Tanto vc pode quebrar um pouco sua forma de pensar, quanto seu marido. Justamente por isso acho importante isso tb ser apreendido na escola. Penso como vc, e gosto de pensar fora da caixa, aportuguesando a expressão. Isso pq não gosto de pensar em nós seres humanos como um rebanho (desculpe a palavra forte).

Tem criança que se sente mais a vontade, apenas copiando. Tem criança que vai pintar fora do contorno, e daí?

De um forma ou de outra, teremos sempre modelos como referência.

Eu sou um pouco revolucionária, e quando meu filho está fazendo uma tarefa aqui, em que na pergunta não está pedindo a forma de se resolver, ou não induz a um certo tipo de solução, eu adoro fazer ele expor o que ele pensa de verdade. E gosto de explicar isso a ele tb, pra ele saber que na vida tem hora que vc precisa se formatar e tem hora que pode chutar o balde!

Viva as diferenças!!!

bjs!

Dani disse...

Excelente post, Celi, nunca tinha pensado nisso! Libere seus pensamentos de educadora mais vezes! Nunca mais darei pitaco nos desenhos da Nina :)

Mari Mari disse...

Celi, tente fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Seu marido tem a otica do mercado de trabalho, assim como o meu. Meu marido diz que, no mundo corporativo, muitas vezes o trabalho nao é feito, é mal feito ou demora muito justamente porque as pessoas nao sabem seguir processos, ou os processos nao existem, ou sempre rola aquele jeitinho brasileiro de remendar aqui e ali (funciona na hora, mas a longo prazo, paga-se o preço desse remendo). Ele diz que o mundo corporativo funciona melhor quando se seguem processos. Quando voce compara países como brasil (no qual nem receita de bolo é levada ao pé da letra) e paises como alemanha ou EUA (em que até pedreiro sabe seguir processo, e foi ensinado a fazer as coisas assim), voce entende a importancia de saber seguir direcoes, processos - justamente o ponto de vista do se marido.
como voce mesma disse, o temperamento do felipe deve contar muito. Se a professora diz que a joaninha tem 6 pernas, ele vai lá e desenha 6 pernas na joaninha. Eu, enquanto crianca, nao desenharia, e simplesmente diria "eu ja desenhei joaninha com 6 pernas na semana passada, essa semana vou fazer um coqueiro". Entende? Algumas coisas do temperamento vao alem da instrucao.
Por outro lado, ha pessoas que so funcionam sob pressao (ou sob orientacao), e outras que funcionam bem sem diretriz nenhuma.
O pulo do gato, no caso do felipe, eu acho que é o seguinte: quando ele for desenhar em casa, dizer pra ele que é pra ser um desenho especial, que pode ser diferente, que ele pode desenhar um sonho, ou seja, dar uma diretriz geral (como os temas de redacao do vestibular) e incentivar que ele use a imaginacao. A palavra "especial" tem feito sucesso aqui em casa com o meu filho de 3 anos. as vezes é isso que falta, uma proposta mais ampla. Ou, por xemplo, sumir com o giz verde e pedir pra desenhar uma arvore... Tem arvores que nao sao verdes, certo?

Neda disse...

Celi, adorei o texto, penso exatamente como você. Não tenho qualquer formação na área de educação e estudei em uma escola tradicional toda a vida. O que a Mari fala é verdade, mas é importante para a formação do senso critico que a criança primeiro crie livremente e aos poucos vá aprendendo a seguir o processo das coisas. Lembro sempre da minha experiencia na Noruega e o choque que foi ver os alunos dialogando com os professores, tendo liberdade para desenvolver seu raciocínio nas redações para bem mais das miseras 30 linhas que estamos acostumados no Brasil. Lá tudo tem processo e ele é seguido, mas as pessoas são desde cedo ensinadas a avaliar as situações de forma critica e assim melhorar o processo.
Aqui com a escola meu nó é fazer com que o Guilherme aprenda a diferenciar o respeito da obediência cega, mas pelo visto é uma questão bem mais cultural e faz parte dos valores da sociedade local.
Beijos

Carol Damasceno disse...

Celi vivendo e aprendendo... Eu acredito que minha criação/educação foi assim metódica igual você descreve o exemplo do desenho do Felipe, embora nunca tenha parado para pensar sobre isso... Mas outro dia fui a o consultório do pediatra da Laura e ele tem um hipopótamo de brinquedo em cima da mesa e a Laura pegou e disse Au Au... Eu falei não filha isso é um hipopótamo e o pediatra disse assim: Laura pode ser um auau, porque não... Sua mãe não tem criatividade...hahahahaha
E depois disso passei a pensar nisso. Por que não deixar a criatividade tomar conta dela??? Tenho muito o que aprender ainda... Mas eu chego lá...

Beijocas
Carol

Dani Rabelo disse...

hahahahahaha
adorei o desenhoooo! Desculpa, adorei.

Independente do que é certo e do que é errado, você, como mãe, com certeza tem mais sensibilidade para o que eles aprendem do que o seu maridão. Não que ele não tenha, mas você, além de professora de artes, é mãe.... acho que pode avaliar melhor a situação.

Mas sem mto estress, pq não vale a pena.

Beijos grandes!

Celi disse...

Ana é totalmente verdade o que escreveu... Modelos sempre existirão e muitas vezes os mesmos são importantes em nossa caminhada.
Quanto a caminhar como um "rebanho" não acho de tudo ruim, apenas considero que podemos sim caminhar juntos, porém desde que haja senso crítico para sabermos se estamos caminhando na direção certa! Não é mesmo?
beijos

Celi disse...

Obrigada Dani. De vez em quando me empolgo e o pensamento vai longe, longe...
Mas acho que vale uma atençao para quando sua filha fazer coisas que também realiza na escola.
Agora, que bom ver você por aqui... Preciso incluir seu blog na minha lista. Beijos

Celi disse...

Mari,
Obrigada pela contribuição no meu texto. É exatamente isso... Acho que trouxe a questão importante que é o mercado de trabalho.
Quanto a atenção que devo ter com o Felipe, super relevante seus comentários. Farei isso de falar do especial, quebrarei a postura que sempre tem diante das propostas que faço para ele.
Beijos, beijos e valeu!

Celi disse...

Que bacana te ver por aqui novamente....
Neda você tocou num ponto que é exatamente o que penso... no qual as crianças não precisam de imediato o modelo, seguir fielmente como tudo funciona. Falo exatamente da importância da experimentação, de fazer do jeito delas, de criarem conforme as hipóteses e ideias que apresentam sobre as coisas, sobre como tudo funciona ao redor.
Mas já que são dessa forma, o jeito será nós, enquanto pais, fortalecermos esse jeito de ser, favorecermos um tanto dessa liberdade para criarem, fazerem.
Beijos

Celi disse...

Ai Carol.... dei risada (me desculpe)! Acho que pensando assim, talvez ela fez referência ao que é conhecido e próximo. Ela pode imaginar, mas também podemos dizer (nesse caso) que não é um cachorro e sim um hipopótamo. Damos a informação e cabe a criança fazer uso ou não, não precisamos enfatizar tanto, tanto assim... rs
Beijos

Ana Gaspar disse...

Celi!!!
li seu post três vezes... pois gostei demais!
e nesta última li em voz alta para que Ivan acompanha-se e também pudessemos discutir em cima do que você escreveu... Ivan concordou muito com você, ele disse que o modelo tradicional e a última frase do seu marido por exemplo, não deixa de ser uma realidade, porém muitas vezes pode não atrapalhar os "criativos", mas sim atrapalhar as crianças "menos criativas", as que realmente precisassem de outro modelo de educação, onde o que você discuti seria o mais correto... Bom, como você mesma disse um assunto pra dar "pano pra manga"...
Bom, não sei se você entendeu o que escrevi, mas o assunto é muito interessante... se você pudesse fazer mais um post colocando suas observações e exemplos do que você já viu nos modelos daqui da Alemanha seria muito bacana...
Bom, é isso... adorei!!!
beijosssssss

Mari disse...

Celi, preciso comentar esse post! mas a semana ta corrida pra caramba! Prometo que volto aqui outra hora pra comentar direitinho ta?

ps: tô contigo na discussão!

bjus!

Juliana Tassi Borges Zenaide- Contos de Mãe disse...

Celi, a única hora pra ler o post as amigas...06h40 da matina, rsrsr
Então, compartilho muito de sua opinião e você pode ver isso nos posts onde escrevo sobre a educação e a escola suíça. Tive aqui, no início do ano passado uma situação, onde eu estava trabalhando como voluntária na escola de Gabriel e vi uma interferência na espontaneidade do desenho das crianças que me chocou. O fato é que eles direcionam mesmo e eu questionei o motivo, e a conclusão foram argumentos sem fundamentos e na semana seguinte, me orientaram a deixar o voluntariado.
Isso acontece também com os alunos questionadores. Infelizmente o que vejo por aqui (sem generalizações), é sim um espécie de escola para "bons alunos", e nós em casa acreditamos, como você, em uma educação mais livre e nem por isso, mais fraca, pelo contrário.
Mas o meu dilema não chega a ser entre o pai e a mãe, ele é pautado no meu questionamento diário entre morar ou não morar aqui e claro, nesta briga, o marido acaba levando a bronca.
Bisous, Ju

Fernanda disse...

Eu nunca tinha pensado nisso, na forma de como a escola lida com o aprendizado. Tudo realmente muito igual, muito certinho.
Helô ainda não vai na escola... Mas quando começar a ir, quero fazer de tudo para incentivá-la a usar sua criatividade em tudo o que for fazer!

Beijoos...
http://mamaetaonline.blogspot.com.br/

Luciana - Descobertas disse...

oi celi... adorei conhecer seu lado educadora/professora...concordo com a dani contribua mais com essas reflexões/informações...eu sou psicóloga e tenho irmã pedagoga que trabalhou em escola construtivista, eu estagiei nessa mesma escola ...
por isso tive oportunidade de ver na prática uma forma de ensino diferente da que eu tive que foi a tradicional. Pedro estuda nessa mesma escola, que mudou bastante comparada a minha época de estudante, mas observo as vezes o mesmo estilo de antes, quando vou deixá-lo na escola, passo entre as salas dos maiores e dá para ouvir e ver como as professoras iniciam as aulas, muitas vezes vejo os alunos copiando e elas sentadas em suas cadeiras. claro que vejo um recorte minusculo, mas minha intuição diz que o resto não é muito diferente disso. a começar pela posição das cadeiras na sala, a escola é católica e nada contra a isso, até por que a escolhi para pedro iniciar a educação infantil,mas penso muito se deixarei para os anos seguintes. aqui marido não opina muito, se preocupa com valores e segurança, cuidados. pedro ainda é pequeno, mais tarde acho que as conversas entre mãe e pai serão mais quentes sobre esse assunto. beijos.

Laiz disse...

Adoro seus posts que expõe seus cuidados a respeito da educação dos meninos, primeiro porque me interesso muito sobre o assunto e depois por que sei que entende do que está falando. O que é muito enriquecedor pra gente também! Essa "divergencia"de opiniões sobre a educação entre você e seu marido pode ser boa sim, se existir respeito e conversa sempre ela faz com que os dois sempre estejam pensando no assunto e trocando muitas informações, preocupando-se com algo extremamente importante e o que melhor podemos deixar para os nossos filhos. Eu concordo muito com a sua maneira de pensar, tanto que demorei para encontrar uma escola que se adequasse ao que eu procurava.
Os meninos já estão na frente por aí, por ter uma mãe que sabe como fazer e pode estimular também fora da escola. Muito bom isso! Acho que você pode sim fazer um trabalho conjunto com a escola, mostrando esse outro lado que ela a não tem estimulado. O que acha???
BJOOOO GRANDEEEEEEE

Fernanda disse...

Eu também AMO seus posts!!!! Olha, acho que vc está coberta de razão!!! Mas acho que seus filhos só tem a ganhar com o fato de ter uma escola que os ensina a ser "super certinhos" e uma mãe que em casa diz que pode ser diferente também!!
Outro dia lendo a história do Picasso achei muito interessante... O pai queria que ele fosse um pintor de estilo clássico como ele era e os quadros tinham que ser bem certinhos tipo foto, depois que com o tempo ele virou o que virou, com aquele estilo único. Que sorte a dos seus filhos ter uma mãe que pensa além das coisas simples da maternidade e chega a um nível destes de discussão de aprendizado.... Beijão

Cíntia disse...

Estou indo viajar de novo e quando voltar queria falar contigo. beijo, saudade

Celi disse...

Você é mesmo uma querida. Obrigada pelo carinho! Beijos

Celi disse...

Pois é Fernanda. Não é fácil, por isso que acredito que temos que ter esse olhar cuidadoso sobre a aprendizagem dos nossos filhos. Nem 8 nem 80, não é mesmo? Vale o investimento da nossa parte também...
Beijos

Celi disse...

Tem toda razão Laiz. Acho que é válido nosso investimento também... Quanto ao marido e eu, sempre conversamos e jamais foi motivo de total discussão, sempre um diálogo, uma troca importante pensando na aprendizagem dos nossos filhos. É a vida, né?
Beijos

Celi disse...

Que bacana Luciana conhecer um tanto sobre a escola do Pedro, sobre o que você observa por lá. Acho que é muito válido termos esse olhar cuidadoso para interferirmos, incentivarmos eles para novas atividades e interesses. Boa sorte! E realmente acho que é importante desde já pensarmos no futuro escolar das crianças, assim como eu vivo por aqui me descabelando...rs rs rs Beijos

Celi disse...

Está certíssima... todo cuidado é pouco. A demanda é tao grande para os pais, mas quem disse que seria fácil, né?! rs
Beijos

Celi disse...

Ahhh Ju me conta mais sobre o que pensa sobre morar ou não continuar morando aí? Pensam em mudar por conta da educação escolar das crianças? Como é difícil isso tudo para nós, não é mesmo? Uma demanda tão grande..... Tem dia que quero gritar por socorro, quero fugir daqui. Tanta coisa me incomoda, outras tantas que gosto muito. Vai entender....
Beijos

Celi disse...

Legal Mari. Saudades... que correria é essa? Espero que esteja tudo bem! Beijos

Celi disse...

Que bacana Ana que levou o post para discutir com o marido. Difícil essa tarefa para nós. Temos que entender a proposta da escola, pensarmos em possíveis intervenções para nossos filhos avançarem, desenvolverem o lado criativo. Também acho que muitas vezes essas propostas inibem demais, deixam que as crianças menos criativas avancem como poderiam... Por isso, cabe a nós, só mais uma tarefa....rs Mas realmente estou brincando, pois acho que devemos caminhar junto da escola, lado a lado, favorecendo um tanto para nossos filhos. Vamos continuar conversando sobre esse assunto, ok? Também gostaria de posteriormente conhecer suas impressões sobre a escola da Valentina. Beijos.

Celi disse...

Divertido o desenho, não é mesmo minha amiga....rs
Pois é Dani sempre conversamos a respeito, desde que morávamos no Brasil. Não chegamos a quebrar o pau, mas colocamos frente a frente nossos pontos de vista. Acho importante. Agora, tenho lá minhas dúvidas sobre a proposta pedagógica da escola do meu filho. Mas ao mesmo tempo, não vejo muita solução a não ser fazer a minha parte em casa. Difícil, nem imagina quanto....
Beijos

Mari disse...

Celi, finalmente voltei aqui para deixar meu comentario completo! Nossa, concordo demais contigo! Em casa não preciso discutir sobre isso porque o maridão aqui concorda comigo nesse quesito. Mas ha o mundo la fora, né? E agora que a entrada na maternelle ta se aproximando também estou me questionando muito sobre essa questão do ensino tradicional que eu sempre critiquei tanto e agora la vai minha filha aprender assim. Acho que aqui na França as crianças tem um pouco mais de espaço para se expressarem do que na Alemanha (pelo que vc conta sempre) mas ainda assim o olhar da escola tradicional é muito formatado, todo mundo tem que corresponder a um padrão X que além de unico é muitas vezes ultrapassado. Essa coisa de desenhar "certo" segundo um modelo real é a melhor forma de acabar com a criatividade da criança! Cruzes, deixa a criança imaginar, criar coisas que não existem... é preciso deixar as crianças explorarem o universo abstrato e diversos materiais e suportes também ao invés de ficar impondo so a copia da realidade! Em termos de ensino de arte, isso é muito antigo, nossa!
Acho que é interessante estabelecer regras claras, principalmente regras de convivência que digam respeito a todos (aqui é assim). Cada um deve fazer a sua parte e ser autônomo nas suas tarefas do dia a dia, o que eu também acho joia. O problema é essa formatação da criatividade, da expressão individual da criança. Acho isso bem nocivo! Agora vou te contar um segredo: ja estou de olho numa escola alternativa publica que achei aqui para a Sofia! Nesse ano ela vai para a tradicional porque não tem jeito mas depois... não sei não!

bjus!!!

Celi disse...

Mari,
Nem fale querida... que difícil para nós! Mas acho que tem mesmo que ficar de olho na outra escola. Se eu tivesse alguma por perto, nem pensaria duas vezes...
Beijos, beijos