Susto

Não imaginava que isso aconteceria comigo! Ainda mais num belo sábado de sol.

Outro dia estava “conversando” (em poucas palavras, pois não sou fluente assim no alemão) com a mãe de um amigo do Felipe sobre “surpresas” que temos com um bebê. Ela contou que quando o filho dela era bebê engoliu um pedaço de plástico. Falou sobre todo acontecimento e que foi preciso correr para um hospital, que o bebê precisou ficar em observação e tudo mais. Na hora pensei: "Poxa vida! Como isso pode acontecer?" Mas tive a prova de que acidentes acontecem e algumas coisas são mais rápidas do que imaginamos.

Todo dia, sempre que estou fazendo alguma coisa, fico de olho nos meninos e, principalmente, no Thomas. Vejo com que está brincando e costumo deixá-lo perto de mim. Ele também pegou a chupeta e fica na curtição com ela (acho que até mais que o Felipe). Por conta disso, muitas vezes não vemos Thomas com nada na boca. Mas é lógico que ele não passa o dia inteiro com a chupeta. Então, nesse belo sábado, enquanto Boris e eu terminávamos de almoçar, Thomas e Felipe foram brincar na sala (ao lado da cozinha).

Estávamos de olho, mas em questão de segundos, Thomas aproximou-se da televisão (como de costume e adoração). Ficou mexendo no DVD (que fica ao seu alcance) e, de repente, vi que ele olhou para a cozinha, para mim. Quando ele fez isso, também vi que estava abrindo a boca, totalmente incomodado. Na hora falei: “- Boris o Thomas engoliu alguma coisa!”

Que sensação horrível. Em segundos fiquei pálida, nervosa, aflita, angustiada e querendo ajudar meu pequeno Thomas. Peguei ele no colo, coloquei meu dedo dentro da boca e nada. Assim, resolvemos observá-lo um pouco. Em seguida, vi que pegou a chupeta, colocou na boca e logo cuspiu abrindo a boca com ânsia. Na hora meu pensamento foi: O que será que engoliu? Pensei em um milhão de coisas, ao mesmo tempo, tentava me acalmar dizendo: mas estávamos olhando. Não pode ter sido nada!
Continuamos a observá-lo e ao perceber que o incomodo do Thomas continuava falei para corrermos para o hospital. Que desespero!

Na hora não pensei direito, pois teria utilizado procedimentos de primeiros socorros, assim como falaram posteriormente. Mas no momento, na hora H tudo que queria era ver meu filho bem e não imaginava que daria conta de fazer algo certo. Sei lá...

Não faço idéia de como me arrumei, como organizei as coisas para saírmos de casa. O que sei é que o único que estava animado para levar o irmão no hospital era o Felipe. Nunca vi igual. Adora dentista, médico e pediatra.

Durante o trajeto para o hospital, assim que entramos na rodovia Thomas começou a chorar e, em seguida, ao cuspir a chupeta coloquei novamente a mão na boca dele e tirei um pedaço de plástico. Inacreditável!

Observamos mais um pouco e chegamos a conclusão que estava tudo bem. Que tudo havia passado! A ânsia, o incomodo, nosso nervoso e tudo mais.

Enquanto retornávamos para casa Felipe dizia: “- Não! Não! Thomas krank (doente)! Thomas no médico!” Ele continuava insistindo que deveríamos passar a tarde no hospital.

Olha... que SUSTO!

Conversamos de onde surgiu aquele pequeno pedaço de plástico (como uma folhinha de papel) e logo vimos que Thomas havia retirado do decodificador de satélite (aparelho que fica em cima do DVD).
Mexe aqui, mexe ali! Nessas horas queria ter olhos de binóculos.


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1 comentários:

Larissa Xavier disse...

Nossa Celi só quem passa por essas coisas sabe como q é, a gente tbm observou a Giovanna mas nem precisamos levar ao médico... mas o susto nossa esse acho q nunca vou esquecer... cuidado redobrado, ainda mais q eles tem facilidade em pegar coisas minusculas, nunca vi igualll

bjocas em vcs