Cidade pequena e alguns episódios

Dizem por aqui o quanto é bom morar numa cidade com 7.000 habitantes. Que é bom, pois todo mundo se conhece, sabe demais da vida do outro. Se por um lado há o conceito propriamente de comunidade, por outro, na minha opinião, há pouca privacidade.

Já escrevi sobre isso aqui, mas a verdade é que percebo que me incomoda um pouco o jeito de ser do povo alemão, no qual apresentam fortemente um ritmo, costumes diários nos quais parecem impossíveis de serem mudados.

Sabemos a importância da rotina, da organização, mas nem sempre precisamos seguir tudo fielmente. Percebo que há pessoas na Alemanha que dificilmente mudam seus pensamentos, hábitos e horários. Uma grande rigidez para a mudança, para o novo, desconhecido.

Quando falo de costume de conhecer o outro através da rotina logo lembro de alguns acontecimentos que merecem o registro.

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Carteiro

Desde que mudamos para a Alemanha é o mesmo mocinho que entrega as correspondências. O que é natural e acredito que aconteça em qualquer parte do mundo.

Interessante ver a relação com as pessoas, no qual as chamam pelo sobrenome e sabe um tanto da rotina (horários) e costumes quando se trata das preferências para colocar as cartas ou encomendas caso não estejam em casa.

Super educado sempre que nos vê pelas ruas faz questão de cumprimentar. O mais engraçado foi o que aconteceu outro dia.

O mesmo carteiro sabendo que não estava em casa, pois acredito que tocou a campainha, tinha uma caixa com algumas compras que havia feito na Internet. Logo teve a idéia brilhante de colocá-la no terraço, dentro da caixa de areia em formato de sapo que guardamos os brinquedos das crianças. Tamanho foi a nossa surpresa quando lemos o recado que havia deixado e, em seguida, abrimos a caixa de areia.

Uma boa idéia! Foi melhor que deixá-la na porta de casa ou no correio mais próximo. Adorei!

 
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Vizinha

Há pouco tempo atrás escrevi sobre a solidariedade da minha vizinha, o quanto é simpática e gosta de me ajudar com as crianças, porém que fazia questão de ficar com o Lucas toda perfumada enquanto buscava Felipe e Thomas na escola.

A solução que dei foi agradecê-la e começar a levá-lo comigo. Dessa forma passei a evitar com que o perfume dela impreginasse no meu filho e também na casa.

Mas que nada! Parece que outro dia quis dar o troco em mim.

Estava chovendo e a mesma falou, insistiu para ficar com o Lucas enquanto buscava os meninos. Além da insistência assumo que tem dia que acaba sendo mais prático, já que considero o tempo que o Lucas muitas vezes já ficou fora de casa quando, por exemplo, fomos as compras. Senão quando acabou de acordar, além disso é um trabalho para poucos minutos, já que é só o tempo de buscá-los e voltarmos para casa. Vale considerar que a escola de carro fica a 3 minutos de casa. Então, se pensarmos pode ser que perco mais tempo colocando-o no bebê-conforto, no carro, tirando-o, colocando no carrinho e a mesma coisa na volta.

Mas querem saber tenho assumido essa tarefa. Uma forma de não depender das pessoas, ainda mais quando você volta para casa, pega seu filho e percebe um cheiro de pum na sala. Quem foi? O bebê? Não....

O preço que pago!

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Ainda a mesma vizinha

Compreendo que tem hora que não dá para segurar o pum. Agora achei demais da conta e acho melhor nem entrar em detalhes.

Uma maravilha a simpatia e o quanto meus filhos são queridos por ela. Eles também adoram a presença dela.

Trato bem, converso, ajudo sempre que posso e sou solicitada. De modo geral, nos damos bem. Agradeço, pois confesso que já me ajudou com o idioma e em algumas situações específicas com meus filhos.

Mesmo assim, gosto de manter uma certa distância, pois além da minha comunicação ir até certo ponto para a compreensão, não gosto de escancarar a porta da minha casa. Compreendem que é necessário um limite?

Outro dia tive uma surpresa. Cheguei de um passeio com minha família, num belo sábado, no qual Lucas estava aflito para mamar.

Nesse momento encontrei com a vizinha esbaforida, solicitando um tempinho da minha presença no porão onde ficam as máquinas de lavar e secar. Só para contextualizar aqui na Alemanha é comum ter mais de uma família na mesma casa. Cada família mora num andar da casa. Há o porão com espaços em comum, por exemplo, o quarto onde ficam as máquinas.

Porém continuando... mesmo sem compreender 100% alemão fui até o quartinho das máquinas com ela e tamanho foi minha indignição quando me mostrou um produto para tirar mancha de roupa. Quis mostrar o pijama e a camiseta que estavam manchadas e pediu para eu tirar a mancha com o produto.

Juro que não acreditei no pedido. Nesse momento, achei que não havia entendido por conta do alemão. Mas foi isso mesmo...

Na hora expliquei como faço para tirar manchas (que aplico tal produto, que deixo de molho etc)

A vizinha mesmo assim não quis saber. Pediu para ler as instruções do produto e me deu carta branca para usar sua máquina de lavar.

Achei um pouco demais esse pedido... o que faria de diferente dela lendo as instruções que já haviam sido seguidas por ela e também pela nora?

Com minha correria deixei pra lá, ignorei e fingi que não entendi. Após 2 dias as roupas sumiram de lá e a mesma não tocou mais no assunto.

Tem um tanto de coisas que podemos sim pedir ajuda, solicitar para o outro. Agora, acredito que tenham maneiras corretas para isso! Não dá para impor...

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O que vocês pensam sobre isso?

30

30 comentários:

Sbmv disse...

Devido a distância dessa relação achei meio o cúmulo, acho q no Brasil só sendo muito melhor amiga p se atender a um pedido assim e olhe lá, mas por aqui vai entender

Carol Damasceno disse...

Celi sou um pouco sistemática. Não gosto de incomodar... Confesso que não sou amiga de vizinho nenhum. Morei anos em apartamento e tinha vizinho que eu nem conhecia.
Acho importante conhecermos, pois ninguém vive sozinho, e na hora da necessidade termos a quem recorrer, mas com certeza tudo tem limite... E essa sua extrapolou...hehehe
Muito complicado..

Beijos
Carol

Ingrid Gomes disse...

No Brasil minha mãe sempre morou em prédio e por trabalhar das 8 as 18:00 nunca teve tempo pra vizinhança, nossos vizinhos também eram ocupados, desse modo ao longo dos 20 anos no mesmo condominio sempre tivemos bons amigos, gente que podemos contar de verdade mas sem obrigações e sem essa coisa de manter a porta escancarada.

Aqui quando moravamos numa casa nosso vizinho era desses que não tinha hora pra bater na porta, me irritava bastante, mas ele era também o dono da nossa casa e o Karoly se sentia na obrigação de sempre atender e ser gentil.

Agora no apartamento voltamos aos moldes paulistanos, nossos vizinhos trabalham, estão sempre fora, então mantemos uma relação de cordialidade, e eu me sinto bem melhor assim, super concordo contigo, tem que ter LIMITES ahhaha.

beijocas

Cíntia disse...

Celi querida...

Você, que é uma pessoa bem desocupada, que não tem casa, comida e roupa lavada prá aprontar... Que só tem 3 filhos - sem babá ou empregada - e por isso vive num ócio danado... só faltava essa: Ler instrução em idioma que você ainda não domina, tirar manchas das roupas "DOZOTRO" e ainda cheira pum de alemão que come chucrute. Você tá arrumada hein amiga? Fala sério! Essa aí é espaçosa mesmo! Afeeee...

beijocas

LOVE MAKES A FAMILY disse...

Eu fui criada em Brasília, mas não nasci aqui. Morei em outras cidades quando mais adulta. Brasília é a cidade mais antipática do Brasil. R. é de SP, foi criada na Vila Madalena ( ninguém se fala naquele bairro!).

Bom, acho que você tem uma ideia de como somos, rsrs...Não gostamos de incomodar. Eu só sinto falta de de receber bom dia, bom tarde, troca de olhares e até sorrisos simpáticos nos supers de Brasília ( adoro isso em SP e em outras cidades que visito!).

Assim como não suporto ser invasiva, não gosto nada que invadam minha vida sem pedir permissão. É, no mínimo, educado.

Muitas vezes, há seu lado desumano. Situação 1: Semana retrasada estava fazendo um exercício no parque ( exagerei na atividade) e passei mal: fiquei sem audição, a respiração parecia sumir, tudo ficou rodando...quase desmaiei. Sentei em um banco e havia uma senhora de uns 60 anos. Eu disse que estava passando mal ( não tinha levado celular). Ela nem olhou na minha cara e ainda saiu com cara chateada, pois eu fazia barulho para tentar respirar melhor. Nossa, não sei o que foi pior, Celi. E, detalhe, havia muita gente se exercitando nos aparelhos de ginástica. Elas só se falam se conhecem você. Ninguém veio me socorrer! Restou Deus: orei pedindo a Deus calma, força e que me ajudasse a respirar, e fizesse tudo parar de rodar. Quando passou, voltei pra casa jurando nunca mais caminhar sem celular.

Situação 2: no mesmo parque que caminho/corro, vi um senhor passando mal. Ele era enorme e nem pensei como iria socorrê-lo. "Qualquer coisa, grito", pensei. Quando me aproximei do homem, ele me olhou assustado e disse: "eu sei me cuidar, menina!" E continuou a caminhar com dificuldade. Fiquei super envergonhada...Aqui as pessoas não querem contato nem para situações como estas.

Situação 3: Certo dia, nosso carro parou de funcionar na rua. A gente recebia buzinadas agressivas, xingamentos e tudo o mais...Ninguém parou para ajudar, acredita? As pessoas aqui não ajudam, as pessoas são frias.

Assim, eu gosto de viver no meio termo: não ser invasiva, mas olhar o outro como eu sou, apenas ser humano. Penso que é isso que esta cidade me deixa de lição.
Mas eu penso que você poderia dar alguns limites para esta senhora. Ela está abusando, está invasiva demais e faltando o respeito com você e sua família. Ela é chata!

Beijos,
A.!

Anônimo disse...

Vizinha invasiva, é terrivel, meus pais mudaram-se de uma boa casa em Poa, para fugir de uma vizinha
invasiva.
Atualmente sofro com a "porcaria" do prédio e tudo orquestrado pela "cínica", são 24hrs invasivos, esta insuportável.
Desejo que a tua vizinha tenha 24hrs ocupadas.
Abraços

Laiz disse...

Vizinhos são mesmo difíceis. Como é difícil lidar com pessoas diferentes e com outros hábitos dos nossos.
Agora a soluçào do carteiro achei o máximooo! Que iniciativa! Imagino a surpresa na hora que viram! hahaha
Bjocas enormeeeeeeee e uma ótima semana!!!

Ana Gaspar disse...

Menina cada coisa hem...
que atrevida sim...
Só faltava daqui a pouco ela levar a roupa pra sua casa...
Mas a do carteiro achei bem bacana da parte dele...
Aqui a cidade é relativamente grande (500 mil habitantes), logo não tenho muito contato com vizinhos... acho até bom Celi... mais em geral eles são simpa'ticos (são todos velhinhos!!!).
beijos flor..

Adri Portella disse...

É cada uma em amiga.....Fiquei imaginando sua cara quando ela te pediu para lavar as roupas, hehehe.....
Viver em outra cultura não é fácil, afinal, estamos tão acostumadas com a "nossa" que achamos que do nosso jeito é o certo.
Mas, acho que vocês já viraram "alemães" natos. Já estão com hábitos bem parecidos, rsrsrs...
Não vejo a hora!!!!!!!!!!! Tá chegando!!!!!!!!
bjs

Nine disse...

Jura que ela deixou a roupa manchada para vc lavar??? Que absurdooooo!

Celi, acho que essa reserva é natural, ainda mais quando não pertencemos a uma comunidade.

Eu tb me dou bem com vizinhos, mas ser vizinho não significa ser amigo e partilhar de sua intimidade, não é verdade?

Beijos,
Nine

Dani disse...

Celi, aqui venho eu fazer a advogada do diabo. Pela minha experiencia, os alemaes nao sao de pedir favor, e é mais, quando pedem significa que vc entrou pro rol dos "amigos para sempre". Eu leio o pedido da vizinha como uma declaracao de amizade eterna, nao uma folga. Eu passei por algo assim com a minha sogra, ela vive pedindo favor non-sense. Um dia despeitei e conversando com amigas alemas e meu marido, entendi que a mensagem subliminar era: eu confio em voce e quero voce na minha vida. Pensa por esse lado, nao pode ser seu caso??

Eu to pouco palpiteira ultimamente mas te sigo fielmente! E vc nao contou: comecou o desfralde aí ou vai ficar pra primavera?? Beijos da Italia!

Ana disse...

Pra mim o pum foi a gota. Limites são bons e a gente gosta!
imagina se ela lê seu blog! Aqui todo cuidado e pouco!!! Haha, beijos!

Celi disse...

Pois é... juro que fiquei sem entender a situação toda. Achei o pedido também num momento inoportuno.
Beijos e seja bem vinda no meu blog.

Celi disse...

Concordo totalmente com você Carol. Acho que é importante sabermos conviver com o vizinho, com as pessoas que estão a nossa volta. Agora, tudo tem um limite! O engraçado é que tem hora que parece minha melhor amiga e em outros momentos quer impor as coisas do jeito dela. Estranho demais, sabe!? beijos

Celi disse...

Você trouxe uma palavra que gostei bastante.... cordialidade! Acho que é isso! Manter uma relação de respeito e sem invadir o espaço do outro. Às vezes parece que quer ajudar demais, sabe?! Além disso, nem pergunta e vai fazendo isso e aquilo. Estou irritada, sabe! O pior é que não fico quieta, falo o que penso... dou o limite. Ela fica um tempo na dela e depois volta a fazer tudo de novo... tudo que não gosto! Será que o jeito é mudar daqui???? rs
beijos

Celi disse...

Sabia que você não deixaria de fazer um comentário assim... Morro de rir Cíntia. Mas você já viu um terço do que acontece, né?! Está de prova, não? Preciso ou não dar um basta? hahahaha
beijos

Celi disse...

A. sempre gosto dos seus comentários... me levam a tantas reflexões sobre a vida, sobre o jeito de olhar para as pessoas. Obrigada pela visita novamente! Realmente fico feliz!
Adorei seu comentário e acho que é isso mesmo... encontrarmos o meio termo para tudo. Manter uma relação cordial, de respeito e saber até onde podemos ir. Acho que ela é assim... estranha demais, no qual há momentos que deseja ser minha super amiga e tem momentos que mal quer saber se estou bem ou não.
Prefiro caminhar sozinha, sabe!? Quero que respeite meu espaço e peça permissão ou ao menos pergunte as coisas com educação. Sabe estou cansada disso! Agora, olha que não é por falta de falar, de dar o limite educadamente.. com jeitinho brasileiro. Talvez não esteja claro para ela... rs
E você, está melhor? Volte a se exercitar, porém com cautela. Ok? Se cuida! Realmente é triste ver que as pessoas são assim... Podiam considerar um pouco mais o outro. Sabe que sempre penso em fazer o que o outro gostaria de receber, melhor assim não é mesmo?
Beijos

Celi disse...

Hahahahahaha ocupada mesmo! Também gostaria que cuidasse mais da vida dela ou pelo menos que fosse mais discreta em relação ao que sabe sobre a vida dos outros.
Até...

Celi disse...

Laiz isso mesmo... prefiro ficar com a história do carteiro. Também gostamos e foi divertido!
Beijos e boa semana para vocês também.

Celi disse...

Velhinhos é o que mais tem na Alemanha.... Sei lá a impressão é que eles saem mais para as ruas. Não é mesmo? Outra estrutura física e qualidade de vida.
Também adorei a história do carteiro. Confesso que foi divertido!
Pois é morar em cidade pequena tem lá suas vantagens, porém também há algumas coisas, talvez muitas que não gosto. Será que é por conta que sempre morei em cidade grande?!
Haja adaptação...rs rs rs
Beijos

Celi disse...

Como assim já viraram alemães natos??? Juro que não entendi... pode explicar melhor!!! rs rs rs
Beijos e até breve.

Celi disse...

Nine ela pediu meio que impondo sabe... Juro que achei demais da conta! Poxa vida estava prestes a amamentar o Lucas. Parece que tenho que fazer as coisas sempre na hora que ela quer... acho falta de respeito com a minha vida, meus horários e ocupações. Não é? rs
beijos e espero que esteja tudo bem com vocês.

Celi disse...

Sabe Dani que não havia pensado dessa maneira... Agora, estou pensando, pensando... Mas sabe que até pode ser isso, porém acho a postura estranha demais. Tem hora que mostra ser minha melhor amiga, parece que posso contar, confiar... Tem hora que mal olha na minha cara, nem quer saber se estamos bem ou não. Juro que não entendo esse jeito!
Que bacana saber que você sempre passa por aqui. Quanto ao desfralde se refere ao Thomas? Pois é, uma longa história. Pretendo contar em breve. Você agüenta? Beijos, beijos

Celi disse...

Hahahaha Ana... bem difícil, pois não tem computador. Além disso, somente uma pessoa daqui sabe que tenho o blog. Acho meio impossível, mas no fundo bem que seria bom se ela visse isso tudo... hahahaha
Beijos

Mamãe do Otávio disse...

Realmente tua cidade é beeem pequena! É quase uma família grande! Pq aqui onde moro são 25.000 habitantes e todo mundo sabe tudo de todo mundo... rsrsrs aí eu tendo imaginar aí né! hehehehe
Celi, eu acho que tua vizinha se faz de louca! rsrsrs

Celi disse...

Viu só... para quem estava acostumada em morar em SP, agora está difícil... difícil mesmo quando encontro essas pessoas, quando comentam e já sabem da minha vida. Hahahahaha
Beijos

Anônimo disse...

Celi, sua vizinha é bem cara de pau! rs

karen disse...

Que vizinha, hein Celi? Mas considere isso como um elogio. Provavelmente ela acha que você consegue tirar manchas das roupas e que você deve ter algum truque especial :-)
Beijo!

A Dona do LAr disse...

Celi eu moro no Brasil e em uma cidade de 5 mil habitantes. Vivo uma espécie de amor e ódio com a minha cidade. Gosto daqui porque as pessoas são boas, simpáticas e solicitas. Cidade pequena tem suas vantagens em relação a segurança e liberdade. Posso deixar a porta da minha casa sem tranca ou deixar a janela aberta para entrar sol enquanto trabalho, roupas no varal, ou brinquedos do Felipe no quintal. Mas, ao mesmo tempo detesto essa coisa das pessoas se acharem no direito de tomar conta da vida da gente, sinto até as minhas palavras vigiadas, nunca posso expor realmente o que penso. Para piorar meu marido é um homem público antão você imagina né!? Até as festa de aniversário do Felipe eu tenho que fazer meio as escondidas, (sempre faço na casa da minha mãe que fica numa chacara meio fora da cidade)porque se as pessoas ficam sabendo se sentem super ofendidas de não serem convidadas. Eu detesto esses tipo de intromissões, sou super discreta, a primeira coisa que fiz qdo mudamos para nossa casa foi trocar a garde por muros altos com portões fechados.
Sabe que até aqui na blogosfera me sinto sufocada, não posso falar realmente o que penso e acabo deixando de escrever várias coisas que gostaria. Tanto que já pensei seriamente em fazer um blog anonimo e poder soltar o verbo. Teve um tempo que eu estva enfrentando uns problemas com a babá e tive que ficar calada até aqui por sei que tenho leitores da minha cidade, imagina o bafafá.
bom, vc já percebeu como são as coisas. Vou parar por aqui senão daqui a pouco escrevo uns 10 posts sobre o assunto. bjo grande

Anônimo disse...

Eu tenho um amante numa cidade pequena, será se vão descobrir se eu mudar para lá?