Considerando essa data tão especial e marcante lógico que não deixaremos passar em branco, assim como preparei com muito carinho uma festa para o Thomas e, posteriormente para o Lucas, farei também para o Felipe. Uma festa de pirata, com os amigos da escola, comes e bebes, brincadeiras, presentes e muita diversão.

Com isso tenho pensado muito, muito! Faço uma crítica para mim mesma, pois ao mesmo tempo que acredito que o dia requer uma comemoração, acho que desejo sempre fazer demais! Desejo dar tudo para meu filho! Quero vê-lo feliz! Muito feliz! Coração de mãe, coruja e que muitas vezes - sempre -só pensa nos filhos.
A festa será pequena, mas com uma bela mesa decorada. Isso me dá prazer, já falei muitas vezes aqui no blog o quanto gosto de pensar em tudo, decorar, pesquisar, me acabar :). Pois se por um lado faço tudo, por outro fico esgotada. Considerando a fase que estou vivendo, somente com minha família, sem parentes por perto, com três filhos pequenos talvez seja demais. Mas logo quando olho e vejo a felicidade deles não me arrependo nenhum pouco.
Mas pergunto para mim mesma: Será que ele não ficaria feliz com menos, sem muita decoração, sem toda essa preparação que faço sempre? Talvez um bolo bastaria para a ocasião. Confesso que me empolgo, que resolvo fazer isso, isso e mais aquilo. Enfim, sempre arrumo para minha cabeça. Marido vive dizendo que exagero, que gasto demais. Acho que tem razão...
Será uma característica de mãe coruja? Será característica de uma mãe sem noção? De uma mãe que que deseja compensar algo de alguma maneira? Sei lá! O que sei é que dá para manerar em todos os gastos, em todo o exagero. Não digo isso somente por desejar uma bela mesa de aniversário, mas em relação ao presente também.
Você sempre compra presente para seu filho? Compra tudo que ele deseja hoje e sempre? Nós temos o combinado de comprar presentes para as crianças no aniversário e também no Natal. Algo maior, desejável e querido por eles. Esse ano, por exemplo, não compramos para o Lucas. Afinal, tem um tanto de coisas herdadas dos irmãos. Mas juro que nem sempre consigo cumprir com nosso combinado. Ora vejo uma liquidação, ora quando estamos ao mercado acabo cedendo ora para o Thomas ou para o Felipe. E nesse caso sozinha com um dos filhos não tem quem me segure. Diz que não sou só eu que sou assim...
Por me preocupar com essa questão, no Natal passado encontramos uma boa liquidação de um Lego que Felipe estava paquerando. O que fizemos? Compramos o Lego e guardamos para dar no aniversário. Juro que me segurei e aqui está para presenteá-lo. Mas lógico que agora Felipe pediu, melhor, educado, disse que gostaria de ganhar, de ter um conjunto do Playmobil. O que acha que fiz?
a) Ignorei o pedido, a fala tão educada e carinhosa. Afinal de contas, já tinha comprado um presente.
b) Comprei e pronto. Nem pensei muito, afinal é aniversário. Considerei que não é sempre que ganha algo assim tão desejado e especial.
c) Comprei e fiquei com a consciência pesada por todos os gastos, pensando muito o que achará quando ganhar mais de um brinquedo desejável. Será que sempre terá tudo que deseja? Será que se tornará uma criança mimada demais?
O que sei é que tenho olhado mais para essa questão, apesar de me empolgar algumas vezes, de saber que meu filho não fica o tempo todo querendo isso e mais aquilo. Acredito que tenha consciência, que não seja uma criança que não valoriza o que tem, o que ganha... Mas é uma questão séria pra pensar... considerar...
Olhar para a formação de valores e princípios dos filhos, para o valor das coisas e a questão do consumismo. Ora dou um breque, ora me empolgo pois desejo dar o mundo para meus filhos, mesmo que não seja realmente o que querem. Engraçada essa postura de mãe: Amor, desejo de vê-los felizes, talvez de dar o que não teve.
O bom de tudo é que os três aproveitam, aproveitarão.
Mas foi bom fazer tudo isso, pois sempre pensamos em relação as nossas atitudes. Agora, convites entregues e presente comprado. Juro que continuarei cuidando dos valores, conduta e valor as coisas, a vida que desejo que meu filho tenha. Sempre fui assim, mas morar fora, na Alemanha, fez com que olhasse de maneira diferente para o valor que as coisas tem, ocupam na vida das pessoas. Um ponto positivo. Um outro estilo de vida. Tanto que quando fui para o Brasil no ano passado, lógico que revi lojas que adoro, comprei algumas - muitas - coisas para mim. Sabem que quando voltei logo me arrependi e pensei: Por que mesmo precisava disso? Por que fiz isso?
Um mudança vagarosa... passos de tarturuga! Aos pouquinhos espero me segurar mais ainda, mas não ao ponto também de ser igual muitos alemães. Quero um equilíbrio e espero encontrá-lo!
