Que tipo de avó você gostaria de ser?

Hoje sou mãe e penso que daqui a pouco serei avó. Você já parou pra pensar nisso? Pode dar risada achando que falta um tempo considerável pra isso. E falta mesmo! É tão bom aproveitar e curtir os filhos enquanto eles são pequenos. Mas o tempo passa... 

Lembro de quando tinha minhas avós por perto. Nem tão perto assim, já que uma morava no interior de São Paulo e nossos encontros eram periódicos (sempre em situações de festas, aniversários e um ou outro final de semana). Uma relação de extremo respeito, porém distante. As recordações que tenho giram em torno do maravilhoso almoço, típico mineiro, que fazia para o encontro de toda família. Acho que é tudo! 

Já minha avó que morava pertinho, sempre foi uma relação mais próxima. Havia maior demonstração de carinho, de querer proteger, ficar por perto e ajudar. Sempre uma extrema proteção, incentivo a alimentação e um bem enorme em querer ajudar a própria filha, nesse caso minha mãe. Então, tinha um tanto de ser avó mãezona, avó babá, avó cheia de opinião (no sentido de palpitar para a minha mãe fazer isso ou aquilo).

Sempre tive carinho por elas e penso que a geração fez com que as avós assumissem outro papel. Hoje, assim como antigamente, tem os mesmos tipos de avó. Cada uma com seu jeito cria uma relação com o neto, que pode ser mais próxima ou não. Tem as avós que trabalham fora e que destinam pouco tempo nos finais de semana para os netos, tem as super mãezonas que fazem de tudo e mais um pouco para agradar (mimar), tem as avós babás que dão uma super ajuda para as filhas ficando com os netos, tem as avós que adoram dar palpite e criar aquela confusão na família, tem aquelas que são distantes e não fazem questão alguma de curtir realmente os netos, tem as avós que fazem questão de ensinar tudo, tem aquelas que gostam de dizer como os netos são bonitinhos, que gostam de mostrá-los para todo mundo. Enfim, são inúmeros os tipos e podemos encontrar uma mescla em uma única avó.

Nunca pensei que observaria tanto a relação das avós dos meus filhos. Tudo bem que moramos distante e que cabe a nós fazermos com que haja aproximação, respeito e carinho por elas. Mas tem um tanto que é de cada uma, que cada avó faz e entende como seu papel também.

Fico pensando qual imagem meus filhos terão da avó. A que simplesmente é mãe da minha mãe, a avó que faz comidas gostosas, a avó que brinca muito, a avó que passeia e ensina um tanto de coisas, a mais carinhosa do mundo, a liberal, a paciente, a amiga... Quais serão as recordações que guardarão na memória?

Engraçado como cada uma tem um jeito de ser. Vejo que minha mãe e minha sogra são bastante diferentes. Não que uma dê mais carinho que a outra, mas que ambas apresentam um jeito de ser muito próprio. Uma maneira de falar, de conduzir a situação que com certeza tem influência pelo jeito de enxergar a relação avó / neto, maneira de olhar para uma criança e pensar no papel que exerce nos dias atuais. 

Meus filhos a pouco tempo tiveram a presença constante da minha mãe e, agora estão tendo da minha sogra. Eles adoraram! Uma relação que foi sendo construída dia a dia. Thomas até então estranhou um pouco no começo, mas hoje quer proximidade. Já para o Felipe a avó já é o bastante, tudo se faz, mas com a presença dela. A visita nessa hora é a maior parceira. Os pais nesse momento ficam no segundo plano, ainda mais quando a avó cede todas as vontades e preferências. E aqui não me refiro a mimar com doces, guloseimas ou presentes e sim ao carinho, a presença e atenção dada. Aquela interlocução mais pura e verdadeira, a partir de coisas tão simples que fazem juntos, gerando cumplicidade. Até eu... até você, não é mesmo? Quem é que não gosta disso tudo?

Pode ser que um tanto disso aconteça pela presença da avó praticamente o dia inteiro ao lado dos meus filhos. Tanto que ouvímos sempre: “- Cadê a vovó?”, “- Vovó, vem brincar comigo?”, “-Vovó vamos passear?”

Tudo isso é muito bom para meus filhos, esse tempo das avós para curtirem realmente os netos.

Agora, com toda a vivência e memória das minhas avós, hoje também tenho o modelo de avós para meus filhos e chego a pensar que nem sempre teremos a melhor relação, a tão esperada, entre as avós e os netos. Por inúmeras questões, por cada uma priorizar um tanto que considera fundamental no relacionamento. 

Mas enquanto isso, dá para idealizar, criar uma expectativa, guardar um tanto do que gostamos, consideramos importante para quando chegar a nossa vez. Não é mesmo? E você já pensou que tipo de avó vai querer ser?


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8 comentários:

Telma disse...

Sendo mães de meninos, para sermos boas avós primeiro precisamos nos dar bem com as noras, não acha?! Tomara que nossos filhos escolham bem! Beijos

Karen disse...

Oi Celi, obrigada pela visita lá no blog! Bom conhecer outras mamães brasileiras aqui na Alemanha! Mas pelo que li no seu outro post, você não está gostando muito, né? Vamos manter contato!

Beijo,
Karen
http://multiplicado-por-dois.blogspot.com/

Angi disse...

Celi,
bom dia!tdo bem?
Então, concordo com a Telma, nos darmos bem com a nora é tudo!
E com certeza, eu quero ser uma avó presente, plantar morango no quintal, fazer biscoitos!
Beijos

Nave Mamãe disse...

Eu penso muito nisso. Quero que meus filhos tenham uma relação de amor com os avós, diferente da que tive/tenho com os meus, de, no máximo, carinho, com alguns nem isso.
E a avó que quero ser, essa é fácil! Eu vou criar os filhos dos meus filhos! A norinha vai ser obrigada a concordar que eu fiz um excelente trabalho (se não fiz, porque casou com ele?) e vai me deixar criar todos os 4 filhos dela! Que nora legal, veja só!
Beijos

Cíntia disse...

Ai Celi que foto linda! Eu adorei o contato da minha filha com os avós. Muito boa sua reflexão. Beijo

Larissa Xavier disse...

as crianças nem devem amar essa farra com a vovó né?!

Mikelli disse...

nossa, eu realmente nem penso no assunto hehe ainda penso em que tipo de mae serei :) se bem que tb nao penso diretamente no assunto. Sei que vou fazer de tudo pra ser uma boa mae, mas que tipo serei, nao faço ideia...acho que isso tudo é natural e se eu ficar idealizando ou pensando sobre o assunto, vou acabar "estragando" =D bjs!

Mari disse...

Oi Celi!! Sobre o post, acho que não consigo imaginar que avo eu serei! Eu imaginava que seria um tipo de mãe antes de ter a Sofia e agora eu sou o oposto do que imaginei! Acho que o que eu mais gostaria é de ser uma vovo presente! Daquelas que vê sempre, que leva pra passear, conta historias do passado da familia... acho que não tenho muita referência porque a unica avo que eu tive (ta vivinha ainda!) era uma avo totalmente terrorista! Ela era uma dureza so, momentos de ternura zero!!! Sem duvida não pretendo seguir o modelo!! hehhe. Qtos aos comentarios, quéisso Celi, nem precisa agradecer, adoro seus posts e a tua forma de compartilhar as tuas experiências!!! eu é que agradeço pela tua retribuição la no meu cantinho!!! E é verdade, somos quase vizinhas! hehhe! bjus!!! :t